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Movimento Indignação
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31 octobre 2008

Os brioches do TJ

         Pessoal, estão tirando sarro da nossa cara no site do TJ!

        Eu nem ia escrever mais hoje, mas diante do que li, sou obrigada a me manifestar. Vejam a imagem que copiei:

dividas

            Quer dizer que nós, servidores do Judiciário, precisamos aprender com a juíza como evitar o superendividamento!!!

            Façamos o seguinte: troquemos de salário com ela por um mês apenas, e vamos ver quem fica mais superendividado, ok? Deixemos a Magistratura sobreviver com o que nos pagam, e vamos ver quem é que vai ter que dar curso... 

           Alguém já me disse que se trocássemos de salário um mês com Suas Excelências, haveria suicídio em massa. E ainda querem vir dar curso? Mas o que é isso? Onde é que nós estamos? Estão rindo da nossa cara, só pode ser! Mais de quatro anos sem reajuste, e ainda se admiram porque estamos endividados... francamente!

           Eu, Simone, presidente da Associação dos Contracheques Comprometidos - ACC, declaro: trabalhar no M.I.J faz mal ao seu bolso!

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           Maria Antonieta, respondendo aos apelos do povo faminto, que clamava por pão, mandou-o comer brioches, tal qual a "brilhante" iniciativa do tal curso...

           E por falar em brioches, lembro aos parentes, futuros desempregados, que além de serventuária da Justiça eu também sou culinarista e dou cursos de vez em quando. Se quiserem formar uma turma para aprender a fazer salgadinhos ou tortas, posso deixar o curso um pouco mais em conta. Só não ensino a fazer pizza, ok?

         Na foto abaixo, quiche de alho-poró, para espantar os vampiros neste Halloween!

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Beijos, bom fim de semana, beijo especial para um bruxinho lindo!

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4 mai 2011

URV: após meses de inércia, Sindjus lava as mãos na questão dos juros

Nota publicada ontem no site do Sindjus-RS:

02/05/2011]

Assessoria Jurídica produz parecer sobre juros da URV

Desde o final de 2010, quando o Tribunal iniciou o pagamento dos juros da URV, o Sindicato vem questionando a administração sobre os valores adimplidos. Embora a garantia desse direito possua respaldo nas ações coletivas ajuizadas em nome da categoria, o TJRS tem feito o pagamento de forma espontânea e sem qualquer vinculação com a decisão judicial.
O Sindjus/RS esclarece que eventuais diferenças dos valores que vem sendo adimplidos administrativamente, deverão ser cobrados no processo da execução (ainda em tramitação), onde é o foro competente e o único meio juridicamente garantido de assegurar que os valores possuam critérios de cálculos estabelecidos pelas ações coletivas, ou seja, conforme Sentença já transitada em julgado.
O Sindicato ressalta que o parecer dos peritos é de que qualquer tipo de correção do pagamento do principal, da correção ou dos juros, deverá ser feita ao final do processo de execução.
Cabe ressaltar que os servidores que ainda não ajuizaram as execuções exerçam efetivamente o seu direito. Ingressem com ações, para garantir judicialmente que a URV seja paga nos termos delimitados pela decisão judicial, conquistada pela categoria. Ou seja, o que efetivamente garantirá o recebimento de todo o valor da URV, serão as ações judiciais.
 
Assessoria Jurídica
Sindjus/RS

Se o leitor servidor do judiciário gaúcho já se encontra bastante inquieto, e revoltado, com a completa inércia assumida pela direção do Sindjus-RS nos últimos dias (que, apesar do enorme sucesso da paralisação de 28 de abril, simplesmente não moveu uma palha para arrancar uma contraproposta de reposição do Tribunal de Justiça), a matéria acima reproduzida, divulgada ontem no site da referida entidade é para desanimar de vez em relação à agilidade (para não dizer combatividade) de  nossos intemeratos dirigentes sindicais.

Causa não apenas surpresa, mas revolta profunda, que somente agora, mais de quatro meses após o início do pagamento dos Juros da URV, a direção do Sindjus venha a público tomar um posicionamento "concreto", afirmando que está "questionando o Tribunal de Justiça" desde dezembro, mas tudo quanto resta a fazer é cobrar "eventuais diferenças" em futura execução de sentença (pois a atual fase de cumprimento de sentença se encontra arquivada após sentença em embargos de devedor movida pelo Estado, cujo recurso foi recentemente indeferido - vide proc.  nº 001/1.08.0120433-http://www1.tjrs.jus.br/site/).

Durante todo este tempo, conforme já demonstramos fartamente nas matérias anteriores sobre o assunto, o patrão judiciário vem nos pagando os retroativos da URV em valores bastante inferiores aos devidos, aplicando expurgos ilógicos e inadmissíveis nos cálculos (taxa de juros de 0,5% ao mês, quando deveria de 1% e incidência da atualização monetária somente até a data em que foi pago o principal corrigido). Resultando uma diminuição drástica nas parcelas indenizatórias (que há muito servem como quebra-galho para a falta de reposição), que vem colaborando em muito para a quebradeira geral dos servidores, atolados até a goela com os juros de cheque especial, cartões de crédito, empréstimos consignados e outros tantos expedientes financeiros necessários à tentativa de sobreviver, e prover suas famílias, com um mínimo de dignidade diante do salário terrivelmente corroído.

Desde o início de dezembro de 2009 o Movimento Indignação verificou os cálculos e denunciou a sua incorreção, analisando inclusive a fórmula divulgada, enquanto o Tribunal prosseguia no pagamento insuficiente e a direção do Sindjus, no máximo, se prestava a perguntar candidamente ao patrão a razão da diminuição dos valores, chegando a divulgar referências aos meses que estariam sendo pagos, sem mais nenhuma atitude, limitando-se a contratar um perito judicial para a verificação da polêmica.

Ao invés de ter agido, como se espera de qualquer direção sindical, mobilizando seus filiados e exigindo, firme e fortemente, a retificação dos pagamentos, O Sindjus, balbuciante e preocupado antes em não incomodar a cúpula administrativa do Judiciário, do que em proteger os interesses de seus associados, simplesmente passou o verão e o início do outono, se furtando, com notas evasivas, de tomar real do assunto.

Agora, quando todos esperavam, que pelo menos o resultado da perícia contábil judicial contratada fosse divulgado, dando certeza dos erros que temos apontado, o Sindjus-RS se limita simplesmente a dar deixar a questão no ar, remetendo-a para um futuro incerto e sepultando, de vez, qualquer possibilidade de reclamar, de imediato, como o exigem as enormes dificuldades financeiras da categoria, a retificação e complementação dos pagamentos.

A reivindicação e a pressão sindical são coisas comuns e corriqueira em qualquer ramo da iniciativa privada ou pública e não necessitam de formalidades e salamaleques. Não é, portanto, porque o Judiciário está nos pagando administrativamente que pode fazê-lo sem qualquer relação não apenas com a sentença que garantiu o reconhecimento do direito, mas com as normas legais e técnicas aplicáveis. E sendo assim, cabe sim ao sindicato cobrar e fazer cumprir tais normas, por todos os meios de pressão ao seu alcance, inclusive, e principalmente, a mobilização da categoria, na sua exigência, não se limitando a petições formais ou prazos judiciais, como se fosse um mero escritório de advocacia.

Nada, portanto, justifica a atitude de nossos dirigentes, assim como não se justifica que não tenham, até o momento, aproveitado o calor da última paralisação de praticamente a totalidade da categoria, e levantado de suas fofas cadeiras no sobrado da rua 4 jacós para se dirigirem até o palácio da justiça e lá acamparem, até serem recebidos pela cúpula administrativa do TJ e obterem desta a definição quanto à reposição e demais itens da pauta reivindicatória que a massa dos trabalhadores vem defendendo, com o seu suor, dedicação e ânimo, na mobilização desencadeada desde o início de abril.

O Movimento Indignação espera sinceramente que a direção do Sindjus-RS se conscientize de que os trabalhadores da justiça despertaram para uma nova consciência, ativa, firme e combativa, e não tolerarão mais, apáticos e inertes, a postergação das iniciativas necessárias à conquista de seus mais caros interesses e necessidades, fazendo valer sua vontade independentemente da pusilanimidade daqueles que deveriam estar liderando de forma ágil e firme o movimento, ao invés de esperarem, quietos e tranquilos, em seus gabinetes um chamado do Tribunal, que espera, com a postergação da divulgação de sua proposta de reposição e em relação aos demais itens da pauta (como o plano de carreira, horário contínuo de 7 horas e o próprio pagamento da URV), nos matar de cansaço, apostando no esfriamento da indignação da categoria.



                                    movimento
                                    INDIGNAÇÃO

 

21 avril 2010

Movimento Indignação registra chapa às eleições do Sindjus-RS

Pedimos aos nossos leitores mil desculpas pela mudez das últimas semanas. Mas ela se justifica pelas peripécias  e dificuldades concretas que enfrentamos na concretização do  que era mais urgente e necessário, neste momento, para a categoria dos trabalhadores da justiça.

Contando exclusivamente com nossa inconformidade e vontade de luta, registramos, para concorrer às eleições do Sindjus-RS a chapa 2 - Movimento Indignação, cujo prazo de impugnação se extinguiu na última segunda-feira,  19 de abril, sem nenhum registro negativo.

No momento em que publicamos esta notícia nossos recursos se restringem à nossa rebeldia contra as condições absurdas de salário e de trabalho a que somos submetidos todo dia, nós, simples peões do Judiciário gaúcho, em pé de completa desigualdade com a magistratura que monopoliza para si o orçamento da Justiça, em  detrimento dos servidores e da população.

Somos um grupo que vem sentindo na carne as dificuldades e mazelas por que passa cada humilde servidor e cujo único patrimônio concreto é a vergonha na cara e a disposição de luta, mesmo com o custo financeiro e funcional que a perseguição patronal garantiu a alguns de nossos mais corajosos e incorruptíveis militantes, como Mílton Antunes Dorneles, Valdir Bergmann, Régis Pavani e Ubirajara Passos.

Temos plena consciência de que, infelizmente, o Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, o Sindjus, se tornou antes um instrumento politiqueiro do partido do poder federal (o PT) e de seus apaniguados do que  numa trincheira de luta livre, consciente, combativa e sem submissões a qualquer coisa que se oponha ao bem-estar legítimo de cada trabalhador do Judiciário,pai ou mãe de família. E de que, contra toda e qualquer pretensão intelectutalóide e cheia de si que possamos ter, só nos resta o destino de expressar a oposição à desgraça que vivem nossos companheiros e colegas de trabalho, numa conjuntura em que um simples projeto de lei de reposição das perdas inflacionárias se transformou  num monstrego absurdo de 4,76% (míseros R$ 110,00 para um escrevente) contraposto a 8,88% (R$ 1.500,00 para um juiz de entrância inicial) de aumento real dos subsídios da magistratura!

Temos ouvido nos últimos anos, da administração atual do sindicato, o discurso desgastado e desmobilizante da reivindicação responsável perante o Tribunal, mas não temos visto, nas atitudes de nossos diretores atuais do sindicato, a necessária e inarredável disposição de exigência de respeito da administração do Tribunal ao sofrimento e à realidade de doação sem volta da grande maioria de seus funcionários à instituição. E, na intenção de resgastar a dignidade de cada companheiro que faz funcionar a máquina do Poder Judiciário, apesar dos 1.800  cargos vagos e do confisco inflacionário de mais de 73% dos salários, é que nos apresentamos para concorrer, de cara limpa e consciente aos sócios do Sindjus-RS com a nominata que segue:

Coordenador Geral: Ubirajara Passos (oficial escrevente de Gravataí) ;

 

Secretários Gerais:

Régis Paulo Pavani (analista de sistemas do Tribunal) & Maria Albertina Nolasco (auxiliar de serviços gerais de Caxias do Sul);

Diretores de Finanças e Patrimônio: Valdir Antônio Bergmann (distribuidor-contador de Giruá) & Andréia Fritsch Fernandes (Oficial Escrevente do  Foro Regional do Alto Petrópolis);

Diretores de Política e Formação Sindical:

Patrícia Recski (analista de sistemas do  Tribunal de Justiça) & Jorge Correa Dantas (operador auxiliar de terminal do Foro Central de Porto Alegre);

Diretores de Imprensa e Divulgação:

Mílton Antunes Dorneles (oficial escrevente de Farroupilha)  & Gilberto Brod Júnior (operador auxiliar de terminal do Tribunal de Justiça);

Diretores de Relações de Trabalho e Assuntos Jurídicos:

Alexandre Alex Hoss (oficial escrevente de Lajeado) & Rute Cekaitis de Oliveira (escrivã aposentada de Gravataí);

Suplentes da Diretoria Executiva: Solange Maria Medeiros dos Santos (oficial escrevente de São Luiz Gonzaga); José Hamilton dos Santos Rodrigues (oficial escrevente de Santana do Livramento); Paulo Roberto Soares de Lima (escrivão aposentado de São Sebastião do Caí); Vanderlei da Silva Horz (oficial escrevente de Santo Ângelo); Cláudia Maria Weisseheimer Foza (oficial escrevente de Santo Ângelo);

conselheiros fiscais: Rogério Luiz Monteiro (distribuidor-contador de Rio Pardo); Dario Arsênio da Rosa Cândido (oficial de justiça aposentado); Roberto Freitas Silveira (oficial escrevente de Farroupilha); Marcos Waldemir da Silva Figueiró (oficial escreventede Tramandaí) & Arno Rogério Fava (oficial escrevente do Foro Regional do Sarandi);

suplentes do conselho fiscal: Lucas Cristiano Milbradt (oficial escrevente de Palmeira das Missões); Zaira Terezinha Dorneles (serviçal celetista de Gravataí); Paulo Machado da Costa Filho (programador do Tribunal de Justiça); Júlio Francisco Monteiro Coimbra (técnico em eletrônica do Tribunal de Justiça) & Cacílio Roberto Pozzo de Matos (oficial de justiça readaptado oficial escrevente de Rio Pardo).

 

MOVIMENTO
    INDIGNAÇÃO

 

                                                                                                    Mande um link a seu(s) amigo(s)

 

 

 

movimento INDIGNAÇÃO

16 septembre 2020

ADIs dos reajustes: REDUÇÃO SALARIAL PODE SER EVITADA COM UMA SIMPLES LEI ORDINÁRIA - não é preciso aceitar o PCS sem debate!

Tanto quanto a ameaça, cada dia maior, de contágio do Covid-19, ou até mais do que ela, algo apavora desesperadamente a massa da peonada da justiça estadual gaúcha: a possibilidade de ter seus salários reduzidos, de um dia para o outro em 17,52% em decorrência do provimento dado pelo STF à ADI 3538 (do governo Rigotto contra a recomposição de 8,69%), o que provavelmente também ocorrerá com a ADIs 5562 (proposta por Sartori contra a reposição de 8,13%%), que se encontra concluso ao relator desde o último dia 10 de setembro.

Ambas as ações se fundamentam no pretenso vício de iniciativa, eis que, propostos pelo patrão Judiciário, os reajustes dos seus próprios servidores deveriam ser encaminhados pelo Governador do Estado – o que, concretamente, jamais ocorreu na história do Legislativo, do Judiciário e do MP do Rio Grande do Sul desde a promulgação da Constituição de 1988.

A única forma eficaz e inquestionável de evitar que a redução salarial se torne realidade, diante do fato consumado na primeira ação referida, e do que se avizinha na segunda, é o envio pelo Tribunal de Justiça de um projeto de lei que fixe em dinheiro os atuais vencimentos e gratificações, emendando, a partir de sua vigência, o anexo único da Lei Ordinária 8917, de 29/11/1989, que (produto de uma grande greve da época) fixou a atual matriz salarial da justiça de primeiro grau e das antigas carreiras do 2.º, assim como as tabelas salariais fixadas nas leis de criação dos cargos criados posteriormente.

Pois, se tratando, de nova lei que FIXA VENCIMENTOS, e não de simples reajustamento destes, não existiria a menor hipótese de se alegar a pretensa inconstitucionalidade, já que a fixação de vencimentos dos seus servidores é matéria de INICIATIVA PRIVATIVA DO PODER JUDICIÁRIO, segundo as regras constitucionais.

Tal projeto já deveria ter sido enviado, e votado no legislativo, há muito tempo, pelo menos desde o julgamento da primeira ADI referida, tamanho e absurdo será o prejuízo e o empobrecimento ainda maior dos trabalhadores da justiça, em razão da redução salarial decorrente dos julgamentos. O patrão Judiciário, entretanto, no intuito claro de forçar a aceitação da versão de Ante-Projeto de Plano de Carreira (em discussão na Comissão formada para elaborá-lo), joga com a categoria, afirmando (conforme as reiteradas falas dos membros da comissão) que a única maneira de fazê-lo é através da aprovação do Plano de Cargos e Salários.

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A verdade pura e simples, entretanto, é que não há qualquer norma constitucional que restrinja a fixação de nova matriz salarial a leis que criem ou alterem Planos de Carreira, tanto é assim, que a atual lei estadual vigente (8917/1989) simplesmente alterou o quadro de vencimentos, consolidando e ajustando valores, sem fazer quaisquer alterações nas carreiras dos cargos a que se referiam.

Não fosse, portanto, a vontade deliberada do patrão Judiciário em nos empurrar goela abaixo uma proposta de plano de carreira cuja essência (como já publicamos no final de julho neste blog) não difere praticamente em nada das últimas versões anteriormente apresentadas, em 2011 e 2015 (rejeitadas em assembleia geral dos servidores da justiça justamente pelo seu caráter de mero instrumento de incremento, a qualquer preço, da produtividade, que não lhes traz efetivamente quaisquer benefícios ou incentivos) e o problema que nos atormenta, e perturba o sono, todo santo dia, já poderia ter sido tranquilamente resolvido.

E, uma vez afastado o fantasma da redução salarial, com a promulgação de nova lei consagrando em moeda os valores vigentes, poderíamos discutir tranquilamente o PLANO DE CARREIRA, sem pressas, nem pressões para a aceitação de um ante-projeto com possibilidades de promoção quase nulas (em razão da inexistência do critério constitucional de antiguidade nas “progressões” pelos padrões remuneratórios de cada letra), com remoção de ofício, enquadramento dos atuais servidores na carreira conforme sua entrância, inviabilizando a isonomia com a entrância final e dando maior vantagem inicial na carreira aos das últimas entrâncias), extinção de inúmeros cargos… só para citarmos as mais prejudiciais distorções, e mesmo inconstitucionalidades, constantes da última versão divulgada.

É urgente, portanto, que ao invés de se debater em inúmeras e fortes polêmicas internas entre pretensos interesses e prejuízos diferenciados de cargos dentro da categoria, em vista da falaz necessidade de aprovação, sem maiores alterações, do atual ante-projeto de plano de carreira, os trabalhadores do judiciário se UNAM FORTE E URGENTEMENTE PARA EXIGIR DO PATRÃO JUDICIÁRIO O ENVIO IMEDIATO DE PROJETO DE LEI FIXANDO EM DINHEIRO OS SALÁRIOS, GRATIFICAÇÕES, FGS E DEMAIS BENEFÍCIOS REMUNERATÓRIOS ATUAIS, DE ATIVOS E INATIVOS, MEDIANTE EMENDA DO ANEXO COM O QUADRO DE VENCIMENTOS DAS LEIS ORIGINÁRIAS QUE OS FIXARAM (NOTADAMENTE DA LEI 8917/1989) PARA QUE, NO MÍNIMO, NÃO VENHAMOS A PERDER UMA FATIA CONSIDERÁVEL E INDISPENSÁVEL DE NOSSSAS MINGUADAS E DEFASADAS REMUNERAÇÕES.

O Movimento Indignação sugere a cada companheiro que pressione, por todos os meios possíveis (do e-mail, telefonema, messagem do whats app, facebook, etc.) as direções do Sindjus-RS, Abojeris, ASJ e demais entidades de classe para que encaminhem com toda a prioridade e força esta reivindicação ao Tribunal, não deixando de envidar todo o esforço possível para sua concretização!

movimento indignação

 

 

13 octobre 2008

Sem pão, mas com circo

Vem aí o Baile do Sindjus! Um baile em que todas as máscaras, finalmente, vão cair! Pode esquecer paralisação, companheiro, reajuste, greve, novo horário, desrespeito, nepotismo e assédio moral. Vem cantar, dançar, brincar e rir até o sol raiar, afinal, o palhaço é tu mesmo, servidor otário, que achou que o sindicato ia fazer alguma coisa por ti...

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Oh... mas quanta injustiça! É claro que eles vão fazer alguma coisa! Imagina só o trabalhão pra organizar um baile, conjunto de música ao vivo, comes e bebes, garçons, balões, sorteio de prêmios e beija-mão de juízes! Como dá um trabalhão danado organizar uma festa dessas, pára de te queixar da vida e de dizer que o teu sindicato não faz nada por ti, seu mal-agradecido!

Vem comemorar, vem celebrar tua miséria, que a miséria é nossa e une os povos sofridos! Se já estamos dançando há quatro anos nas mãos do Tribunal, continuemos dançando no baile do Sindjus! Como diria Tim Maia, “quem não dança segura a criança” e “está valendo tudo”. Vamos brindar ao subsídio dos juízes, vamos brindar às ordens de serviço despóticas, ilegais, vamos tilintar nossos copos de vidro de geléia e beber à saúde de Sua Excrescência, o Exterminador do Judiciário.

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Vem, companheiro, pega um ônibus e anda trocentos quilômetros até aqui, tu, que tantas vezes já fizeste isso e acabaste sendo feito  de bobo nas Assembléias de faz-de-conta! Pega aquele teu nariz de palhaço e vem pro Baile do Sindjus!

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A direção informou que haverá sorteios de pacotes de fraldas, casacos de peles, ponchos com gola de lã e máquinas de tosa para a oposição. Quanto às máscaras, já foram abolidas, afinal, Sindjus e seu parceiro de baile Simpe já não enganam mais ninguém. O conjunto musical já fica intimado, desde já, a tocar a valsa do adeus, em homenagem à despedida da atual direção, que, doravante, não haverá de arrecadar voto nem pra quermesse da igreja ali da esquina...

E segue o baile!

Por Simone Nejar

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16 octobre 2008

Barrados no baile e no TJ

Aqui estamos de novo, apesar do nosso blog ter sido proibido de adentrar nos computadores do Egrégio Tribunal de Justiça; para isso, criamos um novo blog em novo endereço, por enquanto, acessível – www.movimentoindignacao.zip.net -  e estaremos postando concomitantemente nos dois blogs. Entretanto, se houver novos bloqueios, criaremos um terceiro, um quarto, um quinto blog, e assim por diante. Portanto, fiquem tranqüilos os nossos leitores: a informação haverá de chegar, diariamente, bem quentinha!

Superados os prolegômenos e as isagoges - por que vou escrever “noções introdutórias”, se posso usar o juridiquês para complicar? - quero nesta madrugada primaveril prestar uma pequena homenagem àqueles que me acompanham por onde quer que eu ande, seja dentro do Tribunal, seja na rua ou no ônibus... adivinharam?

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Não, não é um anjo da guarda, não; meu anjo da guarda nem é gaúcho. São uns arapongas de quinta categoria, que se acham muito espertos e ficam me olhando feio, grampeando meu telefone, meu computador, pensando que eu ainda não notei... ou são tão burrinhos que pensam que me amedrontam. Desculpe, gente, mas vocês me dão vontade de rir. Medo, eu tenho de barata. Pavor? De rato. Pânico? Lesmas... e vocês são só um montinho de cocô de cabrito...

É pena que cocô de cabrito fale pelos corredores e fique espalhando boatos, do tipo que eu sou louca e que sou uma péssima servidora. Olha... louca eu não sou, não no sentido que tentam me imputar... sou extrovertida sim, debochada, simpática e, às vezes, sulfúrica.. Quanto a ser uma péssima servidora, reconheço, com toda a humildade, que sou uma péssima empacotadora. Talvez, se o Tribunal me oportunizasse um curso de empacotamento de insumos na rede Zaffari ou no SENAC, talvez eu me saísse melhor. Realmente, não me sinto qualificada para empacotar teclados.

Acho que o dinheiro público poderia ser melhor aplicado, senhores! Pensem bem, que graça tem saber que eu estou com enxaqueca e que a minha amiga brigou com o namorado? Que graça há em saber que eu engordei uns quilinhos no inverno e estou me odiando por causa disso? Ah, façam-me o favor!

Parem de agir como o detetive Mário Fofoca, senhores! Parem de deixar furo, por favor! Bem se vê que são arapongas comissionados (aliás, como quase toda a Segurança do TJ), porque os meus colegas da Informática, que entraram pela porta da frente, são profissionais extremamente qualificados, que jamais deixariam um furo destes, caso se prestassem a isso.

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Fica aqui, então, o meu protesto, no sentido de que os arapongas que estão no meu pé, no meu computador e no meu telefone, desempenhem sua atividade com mais zelo e menos estardalhaço. Está dado o recado!

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28 octobre 2008

DIA DO SERVIDOR PÚBLICO

            Hoje, no Dia do Servidor Público, há dois serventuários da "Justiça" amordaçados neste Estado; vejam os colegas que a mordaça foi proscrita pela Constituição Federal, mas, ainda assim, o dirigente do Judiciário insiste em aplicá-la; somos os servidores da máscara de ferro, porque a verdadeira face desta Administração precisa ser escondida às pressas. Não somos nós que vamos nos retirar, eu garanto.

           Todavia, como me disse uma colega, "a verdade mora no fundo de um poço". Em breve, a chuva encherá este poço, e aí, a verdade será exposta a toda a sociedade. Hoje, lembrando meu autor favorito, Franz Kafka, vou deixar uma frase da sua obra-prima, O Processo, que tanto me vem à mente:

"A Justiça tem que estar quieta porque do contrário a balança vacila, com o que se torna impossível um juízo exato”.

E também do Kafka:

"A partir de certo ponto não há mais qualquer possibilidade de retorno. É exatamente esse o ponto que devemos alcançar."

Aí chegamos, colegas, e vamos encher aquele poço, nem que seja com copos de água, até que ele transborde. 

E repetia loucamente Dostoievski:

"A beleza salvará o mundo..."

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21 août 2008

Os agitadores

Tendo eu militado em organização comunista em plena ditadura militar, estou, por estes tempos, desanimado e frustrado com a pusilanimidade dos meus ex-camaradas e companheiros. No tempo dos milicos – vade retro satanás, o embate era mais nítido e aguerrido. Hoje, não há mais manifestações em praças e ruas. O PT(Partido dos Trabalhadores)(?) virou a casaca simplesmente. Outras tantas agremiações de esquerda estão com ele, acampados, com suas bandeiras cor-de-rosa, sobre os tapetes vermelhos do neoliberal Lula da Silva, curtindo seus intermináveis pique-niques.

Mas a mãe natureza rege-se consoante a Dialética. Nós, humanos, filhos dela, igualmente. Nosso comportamento social e político não poderia ter-se saído bastardo: é filho do pai e neto da avó! Vai dali que, tendo parte dos defensores da classe trabalhadora resolvido ouvir o canto da sereia de Wall Street, ocorreu o esperado: como não existe espaço vazio no campo político, este foi invadido pela mais variada fauna de sangue-sugas do suor de quem trabalha: empresários, políticos vigaristas, saqueadores de beira de estrada(pedágios) e de linha(financeiras, telefônicas, televendas etc.), genericamente chamados de neoliberais.

Aqui no Estado do Rio Grande do Sul, os chefes dos três poderes contribuem com seu toque de qualidade. Reajustam seus próprios salários em até 143% e deixam o quadro de servidores vários anos sem reposição. E por que tudo isso? Fazer com que sobre mais dinheiro nos cofres para conceder generosos incentivos fiscais aos grandes empresários; para fazer vistas grossas à sonegação de impostos, por parte desses mesmos empresários, cujo montante chega a 17 bilhões de reais, segundo dados oficiais.

vigaristas_chiquesPara isso vale tudo, principalmente pisotear a Constituição Federal. O Tribunal de Justiça concedeu reajuste de 70% a sua cúpula e nada para seus servidores, que estão há quatro anos e meio com o mesmo salário nominal, com uma defasagem de 66%. E a Carta Magna não deixa dúvidas: manda conceder reajuste uma vez ao ano, na mesma data e em percentual idêntico para todos.

E assim nos pampas a ira produz suas vinhas com qualidade total, embalada pela Dialética. Paradoxalmente, os outrora temidos “comunas” nem fazem tanta falta assim. Os chefes dos três poderes, com seu séquito de empresários sangue-sugas, conseguem atropelar a tudo e a todos com sua charrete movida a matungos feudais. O ódio de classe que conseguem fomentar é bem superior àquele que produziria um caminhão lotado de agitadores vermelhos.

                                                             Por Valdir Bergmann         

1 novembre 2008

Cale-me, se for capaz!

         Aproveitamento de concursados e ampliação do horário são elogiados pela Federasul 

           O Presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul -FEDERASUL    encaminhou correspondência ao Presidente do Tribunal de Justiça, Desembargador Arminio José Abreu Lima da Rosa, em que aplaude iniciativas da Administração.

         José Paulo Dornelles Cairoli  afirma que “é elogiável o exemplo que o Poder Judiciário anuncia, não só no aproveitamento de funcionários concursados, mas também na valorização da qualidade e agilidade de atendimento dos usuários, com a ampliação do horário de funcionamento desse essencial serviço para a população”.

          Diz também o Presidente da Federasul que o Desembargador Arminio “realiza uma verdadeira revolução silenciosa na reorganização administrativa do Tribunal de Justiça do RS”.

          do site do TJ

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           José Paulo Dornelles Cairoli está mal-informado: não sabe, por exemplo, que o Des. Armínio desrespeita os servidores concursados, promovendo ao seu bel-prazer alterações na Lei 10.098, tentando legislar por atos administrativos, retirando direitos nossos como o limite de 60 minutos de tolerância no horário, a participação em atividade sindical, o pagamento antecipado de diárias, a folga para estudo em dias de prova, etc.

           Também não sabe que a alteração do horário, depois de prática reiterada por 22 anos, é uma afronta à segurança jurídica e ao próprio servidor, que só prestou concurso lá por causa do horário. Além disso, o novo horário, por óbvio, não se aplica aos gabinetes, feudos com regras e regalias próprias.

           Vamos lembrar também que faz mais de quatro anos que não recebemos qualquer tipo de recomposição salarial, enquanto que o subsídio está chegando para Suas Excelências ano que vem. Nós continuamos a ver navios, neste mar que não está para peixe, mas só para tubarões.

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           Quanto à revolução silenciosa, só pode ser a mordaça que está tentando colocar no Bira e em mim, para que sirva sua façanha de modelo a todos os servidores. Abaixo a censura !!!

           E os 1800 cargos vagos, enquanto o quadro de CCs está completo? São mais de 60% de comissionados contra menos de 40% efetivos. E eu vou contar qual a grande jogada, a meu ver, do Des. Armínio: a propalada exoneração dos CCs, as declarações à imprensa sobre a redução dos comissionados, verdadeira cortina de fumaça, como sabiamente captou o editor do Vide Versus, sabem o que é?

           Ora, está na cara!!! Ele vai exonerar os parentes e ainda quer ser aplaudido por isso, como se estivesse reduzindo os comissionados, ou seja, a velha filosofia do cavalo em parada de 7 de Setembro: andando, defecando e ainda sendo aplaudido! (desculpem, não posso escrever "cagando" porque poderia ser reputado ofensivo pela arapongagem. Pensando bem, eles podiam lançar um dicionário, né? Aí eu saberia que palavras devo evitar. Por que não convidam para elaborar o trabalho aquele araponga bobalhão de 2 metros, com cara de surfista aposentado?Dizem que a redação dele é primorosa!!!)

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          Os trinta e poucos CCs nada mais são dos que os bebês que estão escondidos lá dentro! As exonerações já começaram, e vamos publicá-las aqui, uma por uma, para mostrar à sociedade, à imprensa e a todos que porventura um dia tiveram dúvidas, QUEM, afinal, é denuncista! Vamos mostrar quem falta com a verdade (já que a censura araponga vetou o Arminóquio); aliás, o araponga denunciante já está mesmo de saída: é um daqueles zumbis referidos ontem.

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          E, respondendo a um simpático colega meu, que olha pra mim e diz que "morto não fala", carinhosamente me sugerindo "toma cuidado, guria!", eu respondo com o Mário Quintana:

           " Todos esses que aí estão atravancando meu caminho,eles passarão...eu passarinho!"

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         Bom final de semana!

4 novembre 2008

E AGORA, QUEM É DENUNCISTA, INFAME E IRRESPONSÁVEL?

DEP. DE RECURSOS HUMANOS
BOLETIM Nº 23.196
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, DESEMBARGADOR
ARMINIO JOSÉ ABREU LIMA DA ROSA, NO USO
DE SUAS ATRIBUIÇÕES, RESOLVE:
2032/00-0 1- EXONERAR, A PEDIDO, A CONTAR DE
31-10-2008, CRISTIANE MOURA SLEIMON, MATRÍCULA
1406 5851, DO CARGO EM COMISSÃO DE ASSESSOR
DE DESEMBARGADOR, PADRÃO 3.2.11, DO QUADRO
DOS CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES GRATIFICADAS
DOS SERVIÇOS AUXILIARES DESTE TRIBUNAL,
JUNTO AO GABINETE DO DES. SÉRGIO FERNANDO S.
DE VASCONCELLOS CHAVES.

5709/01-0 2- EXONERAR, A PEDIDO, A CONTAR DE
31-10-2008, VIVIANE MOURA SLEIMON, MATRÍCULA 1422
7363, DO CARGO EM COMISSÃO DE ASSESSOR DE
DESEMBARGADOR, PADRÃO 3.2.11, DO QUADRO DOS
CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES GRATIFICADAS
DOS SERVIÇOS AUXILIARES DESTE TRIBUNAL, JUNTO
AO GABINETE DO DES. SÉRGIO FERNANDO S. DE
VASCONCELLOS CHAVES

2936/98-5 3- EXONERAR, A PEDIDO, A CONTAR DE
31-10-2008, HÉLIO SAUL MILESKI JÚNIOR, MATRÍCULA
1321 8387, DO CARGO EM COMISSÃO DE ASSES
DEPSOR SUPERIOR, PADRÃO 3.2.11, DO QUADRO DOS
CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES GRATIFICADAS
DOS SERVIÇOS AUXILIARES DESTE TRIBUNAL, JUNTO
À 1ª VICE-PRESIDÊNCIA.

SECRETARIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, 31-10-2008.
DES. ARMINIO JOSÉ ABREU LIMA DA ROSA,
PRESIDENTE.
REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE.
BELA. LILIANA MARIA GIORA,
DIRETORA ADMINISTRATIVA.

             Estes são apenas três dos parentes que eu denunciei. Aqui está a prova de que eu não menti. Aqui está a prova da retaliação que venho sofrendo por ter denunciado essas e muitas outras situações irregulares dentro do Tribunal "transparente". A exoneração "a pedido" é só para inglês ver. Mas nem português vai acreditar nessa, Presidente! Não cola...


              Pois agora eu vou dar o MEU despacho: registre-se, publique-se e intime-se, em nível nacional, que eu não sou Simonóquia! Aos colegas, que vêm acompanhando o meu sofrimento em razão de estar suspensa por ter denunciado a imoralidade administrativa, peço encarecidamente que espalhem ao vento A VERDADE.

           Servidor público efetivo é garantia à sociedade.  Servidor público comissionado é marionete nas mãos do patrão. Se um CC fizesse o que eu fiz, estaria na rua há horas... ou alguém duvida disso? Servidor público amordaçado e intimidado serve para compactuar com a imoralidade administrativa. Abra a boca e denuncie, colega! Só assim poderemos prestar um serviço público de qualidade à população que paga os seus impostos.

             Ajude o Movimento Indignação a gritar:

             - NÃO À MORDAÇA NO SERVIDOR PÚBLICO !

             - NÃO À DITADURA DO PODER JUDICIÁRIO !

            Espero que aproveitem a lição de cidadania, colegas. Ela tem me custado muitas lágrimas, mas sei que a causa é justa. E por uma boa causa, eu luto até o fim!

             A seguir, com muito orgulho dos colegas cariocas, que estão em greve há mais de 40 dias, batalhando por seu reajuste, vou anexar a imagem da moção que recebemos por intermédio do Diretor Francisco Fassano, do Sind Justiça, agora à tarde:

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12 novembre 2008

João Velhaco

Não tenho a menor idéia do porquê, mas o fato é que, desde os tempos de guria da minha avó, rezava a tradição popular que "quarta-feira é dia de namorar". Aliás, remonta já aos tempos da vovozinha a existência, considerável estatisticamente, de um personagem, hoje, cada vez mais raro e menos valorizado (em tempos de "foda" livre e nenhuma liberdade de expressão): a solteirona.

E é para que alguma eventual representante desta espécie, tomada de tédio infinito, possa se divertir um pouco ao terminar esta tarde - quando seus instintos gritam furibundos por vingança contra todos os enamorados que possuem uma felicidade mágica a ela negada - que eu, que há pouco me escapei de permanecer um solteirão, resolvi publicar algo menos árido e agressivo do que as discussões que passam costumeiramente por este "obsceno" blog.

Resolvi, portanto, postar um poema. Mas não um reles poema açucarado, lírico e choroso. Algo que entretenha sim, mas que seja também instrutivo e edificante. E, como eu e a Simone estivemos, ontem, em visita à Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa gaúcha, me lembrei de um velho personagem em cuja homenagem eu e o companheiro Valdir Bergmann escrevemos um poema a "quatro patas", que já publiquei, há alguns meses, no "imoral e injurioso" blog Bira e as Safadezas... Aí vai, portanto, o produto burlesco da nossa imaginação... e da pobre realidade política e sindical do nosso Estado. Antes que alguém se sinta injuriado, e queira vestir a carapuça do seu protagonista, vou avisando: no caso do pelego do poema, qualquer semelhança é mera coincidência.

João Velhaco

Dizem uns, foi em Pelotas,
Outros em Arroio Grande -
Lá pelas bandas do sul,
Nasceu há uns bons trint'anos
O bebezinho João!

Joãozinho, lindo moço,
Tão simpático e envolvente,
Rechonchudinha criança
Desde cedo revelou-se
Um primor de rebeldia!

 

 

Na festa de formatura,
Orador, do pré-primário,
Encantou toda assistência
Com um discurso veemente:
Cola tenaz (não havia
Ainda a super bonder)
Jogar aos cabelos da "tia"
Era um tremendo protesto
Contra os maus-tratos à infância!

Já jovenzinho, criado
Na escola forense da vida,
De pai Oficial de Justiça,
João, embora panfletário,
Da pompa dos gabinetes
Tanto viu-se fascinado
Que integrou-se ao Judiciário.

Mas ao pai que era o exemplo
Joãozinho não suplantou!
Fez-se apenas escrevente
E, rebelde novamente,
Resolveu ser o momento
De fazer algo medonho:
Tornou-se sindicalista
Pra balançar toda gente!

 

 

Greve, passeata, discursos -
Discursos e mais discursos -
João era um temporal!
E da sua boca saia
Não o inconformismo apenas!
Seu palavrório era belo,
Tão lógico, tão perfeito!
João, bonachão gordinho,
Homenzinho sem defeito,
Era a estrela do dia!

Mas, como isso não rendia
Nem um tostão, nem trazia
Fama maior, iracundo,
"Don Juan", gay enrustido,
Na comarca, furibundo,
Frustrou-se e se foi ao mundo.

 

 

Como quando piá havia
Na primeira vez levado
Um tarugo na sua bunda,
Nosso caro Don Juanzito,
"Trespassado" de entusiasmo,
Finalmente descobrira
Como ser "alguém",
Sem ser profundo!

Tornou-se mais contudente,
Relinchou, deu coice, fez-se
Tão intenso e Presidente
Já era do sindicato!
No cargo, traiu, roubou,
Praticou todos conchavos
Que a arte da vigarice
Supõe e, sempre irado,
Aos traídos encantou.
Enrustiu, como enrustido,
Veado ele sempre fora!

 

porcos

 

Até que, em recompensa,
De um bode velho e safado,
Demagogo deputado,
Nos braços foi elevado
Ao gabinete. Assessor,
Hoje a João todos conhecem
E proclamam, com estrondo,
"Um roliço burguês redondo!"

Entre Vila Palmeira e Santa Rosa, 18/19 de setembro de 2004

Ubirajara Passos & Valdir Bergmann

 

*************************************************************

 

 

Nossas reverências ao poeta e político Ramiro Barcelos, cujo poema Antônio Chimango transmitiu o seu espírito, inconscientemente, ao nosso João Velhaco, na época em que o escrevemos.


movimento INDIGNAÇÃO

15 novembre 2008

REPROCLAMANDO A REPÚBLICA !

LIÇÕES SOBRE RESPONSABILIDADE

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(Uma carapuça para o Sindjus)

            Quando os meus colegas da Informática me elegeram como sua representante sindical, eu assumi um compromisso com eles mas também comigo mesma: o de sempre defender aquilo que é justo, que é legal, e que privilegie, não só o pessoal da Informática, como também todos os servidores concursados do Tribunal.

            Em pleno ano de 2008, não é mais crível que haja protecionismo, paternalismo, nepotismo e outros ismos dentro de um Tribunal de Justiça. Parece por demais absurdo que os magistrados, que são tão bons para julgar os outros, não tenham a auto-percepção de que têm que dar o exemplo, começando por si próprios.

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           Eu me considero responsável na medida em que aceitei o encargo que me foi confiado pelos colegas. Duvido que um deles diga que eu não os represento com responsabilidade e afinco. Representantes sindicais não podem ter medo. Representantes sindicais não podem se encolher diante dos obstáculos. Também não podem reproduzir o discurso do patrão, porque o discurso do patrão não vai nos outorgar direitos, a menos que o patrão seja justo. E, no nosso caso, sabemos que não é.

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            Portanto, esse tal Sindjus, que diz que representa a nossa categoria, nada mais é que um marionete da Presidência. Ontem, na tal reunião de representantes, que eu só fui para ver o que ia sair dali, muitos devem ter estranhado que eu nem pedi a palavra. Achei que falar ali, no meio daquela gente pelega, medrosa e ímproba, ia me fazer gastar saliva desnecessariamente.

            O que mais se ouviu ali foram os pelegos representantes parabenizando o sindicato pelego, que, pela primeira vez na história do sindicato, conseguiu abrir um canal de comunicação com a Presidência do Tribunal. Mas é claro que sim, afinal, por que o presidente não receberia o sindicato submisso que conseguiu segurar até agora a deflagração da greve e que murcha sempre as orelhas diante da autoridade patronal? Por que razão, então, eles não seriam recebidos, se dizem amém para tudo, se depois fazem reuniões para referendar as falácias em que fingem acreditar?

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            O que se ouviu ali foi uma quantidade enorme de discursos vazios e recheados de medo, sob um pseudo manto de responsabilidade. Eu posso até perdoar a tal da Rose, que veio com suas habituais asneiras, porque a falta de massa cinzenta ali é evidente. Quando o diretor Luiz Mendes começou a falar, senti que tinha incorporado nele o Armínio: o pelego só falava em responsabilidade. E a responsabilidade dele, que foi eleito para representar a categoria, onde fica? Onde está a sua ética, Luiz Mendes?

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            A minha responsabilidade é defender a categoria, e isso eu faço com a consciência muito tranqüila. Quando denunciei aqui o nepotismo, quando denunciei a empresa do irmão do presidente, quando denunciei a tentativa de legislar por atos administrativos, o fiz em consonância com a Ética e com a responsabilidade que tenho. E é em nome desta responsabilidade, que tenho para com os meus colegas, para com a sociedade e para com os meus filhos, que continuarei denunciando!

            Nada me deixaria mais triste do que um filho meu dizer que a mãe se acovardou diante da repressão do Tribunal de Justiça. Assim agindo, ensino à minha descendência que ela deve ter responsabilidade social e andar de cabeça erguida. A MÃE DO GIOVANNI E DO GÜNTER é honesta, é cidadã, e luta pelo cumprimento das leis.  E você, Luiz Mendes e companhia, onde anda a sua responsabilidade?

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            Os colegas do Rio de Janeiro estão  em greve há mais de quarenta dias, por uma reposição salarial de 30%. O sindicato defende a sua categoria e mostra o que é responsabilidade. Tomara que consigam tudo o que pretendem. Eles são machos, no melhor sentido da palavra; lutam pelos seus direitos! Visitas de cortesia à AJURIS, mateadas, reuniões com a Presidência que só servem para dar balão nos servidores jamais trarão a nossa tão necessária reposição salarial. Estamos falando da comida da nossa família, senhores!

          Já tive oportunidade de constatar que o Tribunal tem o péssimo hábito de legislar por atos administrativos quando bem lhe convém, ainda que ao arrepio da Constituição. Querem alguns exemplos? A criação do Núcleo de Inteligência;  o aviltamento da Lei 10.098 (violação de vários dispositicos, entre eles o limite da tolerância de horário, o pagamento antecipado de diárias, o direito à participação em atividade sindical); a mudança de horário prevista para 2009 (e vamos lembrar que já há jurisprudência em Brasília, anulando o ato do Presidente do TJ do Amazonas, que atropelou o Tribunal Pleno de lá). Portanto, não estamos diante de um Tribunal que faz cumprir a lei e a respeita, mas, antes de um tudo, de um Tribunal que pensa ser a própria Lei.

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            Querem mais? As tais Câmaras Especiais, cheias de juízes convocados, violando o princípio do Duplo Grau de Jurisdição; a salinha da “Solução Imediata” da Brasil Telecom dentro do Foro Central de Porto Alegre, em clara confusão entre o público e o privado; as 47 serventias privatizadas, os apenas 1064 servidores concursados no universo de 8000 servidores em todo o Judiciário. E vocês querem que eu me cale? Alguém aqui pensa que eu tenho medo porque eu sou servidora e “eles” são desembargadores? Nada disso: o meu direito vale tanto quanto o deles; sou espiritualista e para mim o rei não é melhor do que o mendigo; o que vale é a essência do ser humano, e não a sua roupagem.

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           Como posso temer alguma coisa, se não sou eu que estou errada? Como posso respeitar uma desembargadora que vem ao meu blog me ofender e me chamar de incompetente? Como posso respeitar o Presidente de um Tribunal que no passado lutou pela moralização do Poder Judiciário e hoje o desmoraliza? Como posso respeitar quem não me respeita? Como posso ficar calada quando vejo um sindicato frouxo, imoral, repetindo as palavras do patrão em prejuízo aos colegas? Eu não posso, gente...

            e é por isso também que eu não vou declinar nunca o nome dos colegas que me ajudaram nesta caminhada. Não adianta NEM mandar O ANTÓNIO BANDERAS AQUI me perguntar quem foi: eu nunca vou dizer! EU NÃO ESTOU À VENDA, SENHORES, SERÁ QUE VOCÊS AINDA NÃO NOTARAM?

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              É por isso, gente, que hoje eu quis falar sobre responsabilidade: eu tenho!

        Vai te esconder, Sindjus: vocês são a vergonha da categoria!

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16 octobre 2008

Sindjus: pela diplomacia, ainda que contra a categoria!

           Em sua página na internet, o mui valoroso sindicato traz um texto bastante explicativo sobre o porquê de sua postura contra o ajuizamento de ações contra o Tribunal. Logo chegam as desculpas esfarrapadas, no sentido de que “conhecendo a estrutura e o comportamento do judiciário como nós conhecemos como profissionais que operam diariamente com processos, não podemos achar que o tratamento e a interpretação dedicada as nossas questões são idênticas às de um processo comum” (sic)

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            Mais uma vez, ou o sindicato aposta na ingenuidade dos leitores, ou aposta na própria incompetência, e eu vou dizer exatamente por que devemos, sim, ajuizar ações contra o Tribunal, como forma de obrigar a Administração a alcançar os nossos direitos. Ora, o processo é público, e pode – e deve! – ser acompanhado por toda a sociedade, até como forma de fiscalização. Se houver desmandos, ilegalidades, abusos, através da imprensa, da internet e da comunicação em geral, a sociedade também fica sabendo, e este sim, é um perfeito mecanismo de controle das decisões judiciais, que não devem ficar restritas aos gabinetes, até como forma de proteção aos eventualmente prejudicados.

midia

            Em suma, ninguém vai ficar quietinho aturando os arroubos ditatoriais de Sua Excelência, o Exterminador de Servidores Concursados. Ajuiza-se a ação, sim, e, pelo princípio da Publicidade, tudo o que for feito, despachado, concluso e sentenciado, haverá de ser repassado para a mídia, a fim de que a população tenha total conhecimento do que acontece nos bastidores do Poder Judiciário. Isso sem falar na gama recursal prevista no Código de Processo Civil, bem como o acesso às instâncias superiores, às quais o Judiciário Gaúcho deve obediência. Eu não vou aqui dar aula de juridiquês, porque prefiro deixar a maçônica verborragia para os burocratas que têm que justificar o injustificável perante a sociedade.

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            Na verdade, o que existe é um jogo entre os amigos Sindjus e Armínio. Soa como piada quando o sindicato bailarino (à espera do baile) diz que “estamos no auge de uma campanha salarial, com mobilizações que crescem a cada dia e que já proporcionou significativos avanços”. Sim, senhores, vale lembrar alguns destes significativos “avanços”, protagonizados pelo Sindjus:

- Negaram-se a impetrar mandado de segurança coletivo para que todos pudessem ir à Assembléia do dia 1º de agosto, inobstante o malfadado ofício ilegal;

- Desmarcaram uma segunda assembléia, marcada anteriormente pela base, soberana,em uma simples reunião de representantes

- Convidaram para palestrar no congresso dos servidores um juiz, naquele momento de crise, como afronta à categoria

- Convocaram o Conseju apenas para tentar modificar o Estatuto, retirando da categoria o poder soberano de tomar decisões em Assembléia Geral (não conseguiram, hahaha)

- Recusaram-se a ajuizar ação rescisória, a fim de ressarcir os cofres do sindicato das vultosas indenizações por dano moral levadas pelos parentes

- Aliaram-se ao bonitão-e-pelego diretor do Simpe, que conseguiu desmobilizar totalmente a última Assembléia, a fim de que não fosse deflagrada a greve.

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            Portanto, caros leitores, acho patética a manifestação do sindicato avestruz-e-pelego, sempre subserviente à vontade do Extermínio e ainda por cima mantendo o silêncio quando deveria estar, inclusive, pagando matérias nos jornais, a fim de informar a população sobre o desrespeito às leis que vem ocorrendo dentro do Judiciário.

            Apenas para finalizar, gostaria de me dirigir à pessoa que escreveu que  “mandado de injunção serve para obrigar o Legislativo editar leis previstas na Constituição Federal” – e, à semelhança de um certo Tribunal de outro Estado, eu gostaria de sugerir que essa pessoa se matriculasse com urgência em algum bom curso de atualização em Processo Civil, porque a nova orientação dos Tribunais Superiores sobre a injunção é concretista, isto é, no caso concreto, para aqueles que ingressaram com a ação, o Tribunal cria a lei e manda aplicá-la, imediatamente, em benefício do autor da ação. No nosso caso, reajuste na hora, havendo ou não a edição da tal lei faltante.

            Novamente, Simone ensinando padre a rezar missa, mas, enfim...

            Tenham um bom dia, e lembrem-se!

             BOCA NO TROMBONE!!!

            

25 novembre 2008

Haja Detefon!!!

         Bom dia! Ontem à noite recebi um e-mail do meu amigo, Delegado Tubino. Leiam com atenção o absurdo que é a retaliação contra quem mostra a verdade. Assim como fizeram comigo, com o Bira,com o Sadao e com o Denior, agora também o Tubino sofre retaliação ao arrepio da Lei, praticada, vejam só, mediante conluio entre o Chefe de Polícia e o nosso já conhecido Conselheiro João Osório, pai do nepote Marcelo Albarello Martins, assessor do Des. Luís Augusto Coelho Braga. Bem-vindo ao time dos perseguidos, amigo! Mas não se preocupe, está todo mundo sabendo, e trataremos de informar aos desavisados. O assédio moral está à solta no pampa gaúcho. Conta o Tubino:

"Prezados amigos, ai está a matéria do Videversus, do Jornalista Vitor Vieira, para quem gentilmente ofereci uma carona até o litoral dia 13/11 para que  ele obtivesse comprovações para seu "blog",no interesse jornalístico, em assunto do João Osório -nepotismo e patrimônio, publicada inicialmente dia 06/11, com a resposta do JO no dia 10/11; face ao direito de resposta foi o jornalista buscar novos elementos para a matéria que publica hoje..........dia 20/11 o Conselheiro visita o chefe da pc e imediatamente sou removido para o DPM, que segundo a imprensa seria um "plantão" da zona norte de POA, num atropelo a lei (12.102/04 no art. 15 que alterou o 7º da lei 10994/97) que garante a prerrogativa de lotação no CSP a ex-chefes de polícia."

http://www.videversus.com.br/index.asp?SECAO=76&SUBSECAO=0&EDITORIA=11065

       Vejam, leitores, a que ponto chegamos! O Conselheiro nepotista, feliz proprietário da mansão mostrada no site Videversus, resolveu "aconselhar" o chefe da Polícia Civil a remover o Tubino. E o chefe, por seu turno, obedeceu, mesmo que contrariando expresso dispositivo de Lei.

       Pois é, amigo Tubino: somos os heróis da resistência contra a nova ditadura.

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      E, para finalizar o meu informe da manhã, vou deixar a letra de uma música para o Marcelinho e seu pai curtirem um som...

mutley

Bichos Escrotos

Titãs

Bichos!

Saiam dos lixos

Baratas!

Me deixem ver suas patas

Ratos!

Entrem nos sapatos

Do cidadão civilizado...

Pulgas!

Que habitam minhas rugas

Oncinha pintada

Zebrinha listrada

Coelhinho peludo

Vão se fuder!

Porque aqui

Na face da terra

Só bicho escroto

É que vai ter...

Bichos Escrotos

Saiam dos esgotos

Bichos Escrotos

Venham enfeitar

Meu lar!

Meu jantar!

Meu nobre paladar!...

Bichos!

Saiam dos lixos

Baratas!

Me deixem ver suas patas

Ratos!

Entrem nos sapatos

Do cidadão civilizado...

Bichos!

Baratas!

Ratos!

Cidadão civilizado

Pulgas!

Oncinha pintada

Zebrinha listrada

Coelhinho peludo

Vão se fuder!

Porque aqui

Na face da terra

Só bicho escroto

É que vai ter...

Bichos Escrotos

Saiam dos esgotos

Bichos Escrotos

Venham enfeitar

Meu lar!

Meu jantar!

Meu nobre paladar!...

baratas

6 novembre 2008

Troquei a pilha hoje... preparem-se!

Bom dia!

           Feitas as primeiras exonerações com base na Súmula 13 do STF (embora o "a pedido" conste nos boletins), ao que parece, o Presidente do TJ entendeu que o tempo de encher a casa de rebentos chegou ao fim. Entretanto, a cada dia que passa, mais rebentos são denunciados, numa manifestação inequívoca de que o Feudalismo não acabou ...

          Iniciei a minha cruzada com vinte e poucos nepotes denunciados, e hoje o número já passa dos 40; por isso, estou protocolando uma nova denúncia, agora no Conselho Nacional de Justiça, além, é claro, de alimentar, rectius, aditar, a minha ação popular, que vai muito bem, obrigada, aguardando o julgamento do meu agravo regimental. Abaixo, o andamento processual, informação de hoje:

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          Parece que tem muito mais parente do que, na minha vã filosofia, eu supunha... tem mulher de desembargador trabalhando no gabinete do próprio, tem ex-mulher de desembargador trabalhando no gabinete do amigo, tem companheira de desembargador trabalhando (seria uma nova forma de minoração de pensão alimentícia?), enfim, aquilo lá está minado de parentes! Há mais gente do Tribunal de Contas do que o noticiado, também. Tem gente que teve filho com a secretária, e pensa que eu não sei... coitada da guria, haja estômago! Bem, eu não vou me meter na vida privada de ninguém , não quero e nem tenho tal direito. Todavia, levar para a vida pública o que se faz na privada... hahahaha... isso não podemos permitir, não é verdade? Basta de cacas no Judiciário!

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          Pois ontem o presidente que afirma que eu sou denuncista baixou um ato sobre nepotismo. Leiam a notícia:

Presidente do TJ baixa Ato sobre a prática de nepotismo

O Desembargador Arminio José Abreu Lima da Rosa, Presidente do TJRS, assinou nesta quarta-feira (5/11), o Ato nº 040/2008-P que regulamenta na Justiça gaúcha a aplicação da Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal que ratifica a vedação à prática de nepotismo no Poder Judiciário introduzida anteriormente pelo Conselho Nacional de Justiça pela Resolução nº 7/2005.

Para o Chefe do Poder Judiciário, “trata-se do início do cumprimento da promessa de extinção de cargos de confiança, e se pretende extinguir outras, dentro do princípio de que a via de acesso é a competição aberta a todos, sem distinção”.

Os servidores indicados para cargo em comissão ou detentores de função gratificada deverão indicar em Declaração a existência ou a inexistência de relação familiar ou de parentesco com magistrado ou servidor investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento no âmbito: do Poder Judiciário Federal, do Estado do Rio Grande do Sul, de outros Estados e do Distrito Federal, ou, ainda, com agente político ou servidor investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento integrante da Administração Pública direta ou indireta dos Poderes Legislativo e Executivo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive Ministério Público e Tribunais de Contas.

O Ato do Presidente do TJ atualiza o texto das declarações já realizadas pelos servidores desde 2000. As declarações deverão ser renovadas anualmente ou sempre que houver alteração da função ou do Cargo em Comissão, ou, ainda, da lotação.

             Pois eu gostaria que ele mostrasse, na prática, que está disposto a acabar com o nepotismo e realmente valorizar o servidor concursado. Não foi uma boa idéia agredir a mim e ao colega Bira com a abertura de dois processos ridículos, com base no que escrevemos aqui. Está na cara que é pura retaliação, e todo mundo já viu isso. Nós, sim, sem falsa modéstia, somos os verdadeiros ícones da transparência, porque falamos a verdade; nada de juridiquês para justificar o injustificável! Nada de palavras pomposas para dizer que o Tribunal é impecável e que os servidores rebeldes devem ser punidos. Nós, sim, somos transparentes, porque mostramos a verdadeira face da justiça gaúcha. E reconhecemos, também, que existem magistrados, promotores e procuradores que enobrecem a sociedade brasileira, sim!

               Vou confessar que acredito em heróis, sim! Vejam só o Perseu! Vai decapitar a Medusa, sem dó nem piedade, lavando a alma de toda a sociedade gaúcha... lindo, honestíssimo, correto, exemplo para o país inteiro! Só não vou pedi-lo em casamento porque ele deve ser casado... um homem maravilhoso daqueles não fica sozinho! kkkkkk  (bom, pensando bem, eu sou maravilhosa e modesta e estou sozinha...   perdoem o desabafo...   :-)

mutley

              Brincadeiras à parte (não quero dar uma de Paulo Santanna, o cara se acha..hehe), a verdade é que quanto mais pegarem no nosso pé, mais abriremos a boca para denunciar a todos o que estamos sofrendo! Usar uma lei obsoleta, da época do Castelo Branco, para tentar amordaçar o servidor público, é algo desprezível, vil e abjeto! É a aplicação prática dos "princípios" consagrados pelo Kafka em seu Processo (por coincidência, meu livro favorito. Virei personagem...)

              Invocar a tal lei de 1966, que não foi recepcionada pela Constituição, é simplesmente abominar o Estado de Direito. Digam-me, por favor, que tipo de Tribunal é este, que tenta calar a voz do servidor honesto? Que tipo de Tribunal é este que faz ameaças veladas a quem ousar criticá-lo???

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              Não seria melhor que Mr. Extermínio baixasse mais um ato proibindo os jornalistas de se manifestar? Não seria melhor acabar logo com a imprensa? Por que ele não edita mais um Ato declarando fechado o boteco da  notícia neste país? Aliás, digno de nota o curso que será ministrado aos jornalistas: aposto que haverá muita repressão embutida no conteúdo, para que vejam com quem estão lidando!

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             O jornalista, assim como o servidor público, tem todo o direito de se manifestar! Se alguém, pessoa física, reputar-se ofendido, que processe civilmente o autor da notícia. Aqui neste blog, mesmo,há vários comentários, provavelmente advindos dos Suseranos, que tentam bater no Indignação. Aceitamos todos! Podem discordar, podem escrever, podem até xingar a minha mãe, ela nem liga. Ela processa! (Tenho a quem puxar...rsrs)

            AMORDAÇAR, NUNCA! Somos democráticos, acima de tudo.

            E como eu exerço na minha vida todos os direitos que a Constituição me assegura, e não tenho medo de lei fajuta, nem de araponga comissionado (puxa-saco), eu prometo divulgar nos próximos dias mais uma daquelas listas de nepotes escondidos no Tribunal. Corre, Armínio, exonera logo antes que todo mundo saiba daquela gente toda que eu não denunciei antes mas que vem chegando na segunda remessa de pimpolhos... manda  a cegonha levar de volta as encomendas, que eu não estou mais para brincadeiras! Sem reajuste, sem respeito, suspensa, a paciência chegou ao fim... mas relaxem... o bom-humor é a última coisa que morre, aqui!

          E vê se retira esses dois processos escatológicos contra mim e o Bira, porque, pode acreditar, o chumbo que vem vindo aí vai ser grosso! Aqui não é o Big Brother, mas tá todo mundo de olho!!!

bbb

I WILL SURVIVE !!!

odalisca

8 décembre 2008

Tô vendo tudo!

O meu país

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo

Um país que crianças elimina
Que não ouve o clamor dos esquecidos
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem deus é quem domina
Que permite um estupro em cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram - se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país

Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo incomum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é com certeza o meu país

Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à global vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diz
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do carnaval
Mas não é com certeza o meu país

Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde escola não ensina
E hospital não dispõe de raio - x
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é com certeza o meu país

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo

Um país que é doente e não se cura
Quer ficar sempre no terceiro mundo
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura
Um país que engoliu a compostura
Atendendo a políticos sutis
Que dividem o brasil em mil brasis
Pra melhor assaltar de ponta a ponta
Pode ser o país do faz-de-conta
Mas não é com certeza o meu país

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo

Zé Ramalho

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15 décembre 2008

QUEM É DENUNCISTA, MESMO, PRESIDENTE?

Boa tarde!

Transcrevo a seguir boletim publicado no Diário da Justiça de hoje. Esclareço que dos quinze exonerados, eu denunciei Maria Augusta Santos dos Santos e Mariana Vernieri Machado. Também fiquei surpresa ao constatar que havia (e há) muito mais parentes do que eu supunha, como salientei à  Ministra Cármen Lúcia, Relatora da minha ação popular no AO 1531 no STF. Observem os sobrenomes!!!

DEP. DE RECURSOS HUMANOS

BOLETIM Nº 23.403

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, DESEMBARGADOR

ARMINIO JOSÉ ABREU LIMA DA ROSA, NO USO DE

SUAS ATRIBUIÇÕES, RESOLVE:

- EXONERAR, A CONTAR DE 15-12-2008, DO CARGO

DE ASSESSOR DE DESEMBARGADOR, PADRÃO 3.2.11,

DO QUADRO DOS CARGOS

EM COMISSÃO E FUNÇÕES

GRATIFICADAS DOS SERVIÇOS AUXILIARES

DESTE TRIBUNAL, JUNTO ÀS CÂMARAS ESPECIAIS,

OS SERVIDORES A SEGUIR:

10473/02-0 1- CAROLINA VALENTINI TOMIELLO, MATRÍ-

CULA 1422 9846;

1549/00-4 2- CRISTIANO CERUTTI PANOSSO, MATRÍ-

CULA 1406 5495;

1514/08-0 3- GUSTAVO FONSECA DUTRA, MATRÍCULA

1474 0494;

18103/03-0 4- JOAQUIM FAVRETTO, MATRÍCULA 1451

1649;

9713/04-0 5- KARINA MARIOTTI, MATRÍCULA 1451 3749;

160/01-1 6- LETÍCIA MOURA MORO LEITE, MATRÍCULA

1422 5700;

15802/02-4 7- MARIANA VERNIERI MACHADO, MATRÍ-

CULA 1423 2243;

216/97-1 8- MICHELA ANDRADE COSTA, MATRÍCULA

1398 2095;

10951/02-2 9- ROBERTA CENTENO DOS SANTOS

BUSATO, MATRÍCULA 1423 0097.

- EXONERAR, A CONTAR DE 15-12-2008, DO CARGO

DE SECRETÁRIO DE DESEMBARGADOR, PADRÃO

3.2.10, DO QUADRO DOS CARGOS

EM COMISSÃO E

FUNÇÕES GRATIFICADAS DOS SERVIÇOS AUXILIARES

DESTE TRIBUNAL, JUNTO ÀS CÂMARAS ESPECIAIS,

OS SERVIDORES A SEGUIR:

1636/08-8 10- CAROLINE COELHO LEAL, MATRÍCULA

1495 2807;

14906/05-0 11- KAIO KNAUTH DE SOUZA, MATRÍCULA

1451 9224;

18162/04-6 12- MARIA AUGUSTA SANTOS E SANTOS

FAYET DE SOUZA, MATRÍCULA 1451 3056;

11727/02-4 13- MARIANA PINTO DE ARAUJO, MATRÍ-

CULA 1423 0518;

2986/96-8 14- MARILENE ROSA CERVO PAGNON, MATRÍCULA

2222 5919;

7325/08-2 15- MOZARTH BIELECKI WIERZCHOWSKI,

MATRÍCULA 1477 9706;

5070/05-4 16- SABRINA DOYLL DE CARVALHO, MATRÍ-

CULA 1451 5113;

5172/02-3 17- TALVANI POERSCHKE, MATRÍCULA 1422

9102;

1620/06-3 18- VERIDIANA BROCK, MATRÍCULA 1452

0869.

SECRETARIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, 11-12-2008.

DES. ARMINIO JOSÉ ABREU LIMA DA ROSA,

PRESIDENTE.

REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE.

BELA. LILIANA MARIA GIORA,

DIRETORA ADMINISTRATIVA.

Parece que o Tribunal finalmente começou a passar a vassoura, né?

Esperemos que sim... até agora, dos meus denunciados, saíram apenas cinco. Ainda tem muita gente lá dentro pra sair, mas continuaremos batendo nesta tecla!

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14 novembre 2008

CAÇA ÀS BRUXAS ESCANCARADA NO TRIBUNAL

            Atenção, atenção! Agora liberou geral...agora vale tudo!

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           Hoje o Tribunal de Justiça resolveu escancarar a caça às bruxas, abrindo sindicância contra os colegas Denior Machado e Sadao Makino, também representantes do Departamento de Informática. Aliás, este mesmo departamento está perdendo horrores de funcionários, a olhos vistos, colegas qualificadíssimos que estão prestando outros concursos e caindo fora. Só essa semana, o Tribunal perdeu dois expoentes na área para outros órgãos. Bem-feito!

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         Pois os colegas Denior e Sadao são acusados de promover burburinho dentro do Departamento de Informática, organizando Plenárias e passando abaixo-assinados pelo Tribunal. Sem nenhum constrangimento, o Tribunal "de Justiça", novamente reeditando a Inquisição, relotou os colegas para a Corregedoria-Geral de Justiça. Lá, com certeza irão conhecer a nepote Adriana Barcelos da Silva, mulher do araponga Ivan Carlos Ribeiro. Embora os cargos dos colegas sejam da Informática, foram eles mandados para a Corregedoria, com certeza, para serem "corrigidos".

palmadas

         Estávamos nós em mais uma reuniãozinha pelega do Sindavestruz, quando os colegas Denior e Sadao se retiraram para a tal "reunião-armadilha" na Direção Geral. Digna de nota a conduta da direção do sindicato, que colocou dois seguranças vultuosos à nossa volta, para tentar intimidar nossas manifestações. O sindicato pelego, assim, demonstra sua postura perfeitamente sintonizada com a Administração do Tribunal, apelando para a baixaria, a intimidação e o apoio irrestrito à ditadura do Judiciário. Mostra, o sindicato, que defende o patrão que nos tortura. A resposta, colegas? Nunca mais votem naqueles traidores, que denigrem  a imagem dos servidores do Judiciário. Bando de safados!

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         O Movimento Indignação vai denunciar a todos os meios de comunicação, às entidades de proteção e defesa dos direitos humanos neste país, à Organização Internacional do Trabalho e ao Ministério Público do Trabalho, todas as ilegalidades que estamos sofrendo. Agora, já somos quatro: Bira, eu, Sadao e Denior.

        Estão provocando, e vão levar o troco!!!

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24 novembre 2008

Vivendo na Matrix

          Outro dia, num destes finais de tarde, num animado happy hour com o Bira e outros amigos da Resistência (sim, ela existe!) enquanto discutíamos os rumos do Movimento Sindical no Estado,  e já sob o efeito de uma que outra cerveja, resolvi filosofar. Será que alguém me explica que fenômeno é este que transforma o ébrio em filósofo? Por que, no caminho para a fase do porco, do macaco ou do leão, sempre “incorpora” um filósofo pelo caminho?

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          Bom, como um copo de cerveja me derruba (tenho o estômago reduzido e não posso beber) eu estaciono sempre na fase do filósofo. Depois disso, tomo uns goles de coca-cola, ou peço uma batata frita, me levanto e vou embora. Deixo a reunião prosseguir, porque, a partir da aí, já não consigo e nem posso acompanhar...

cerveja

           Mas como eu dizia, numa dessas manias de filosofar, eu resolvi indagar o que está acontecendo com o mundo. Vivemos no tempo da completa inversão de valores sociais e morais: vejam o meu caso e o do Bira (não vão interpretar mal essa, hein? Eu sou o protótipo da mulher honesta do Código Penal!): por denunciarmos as improbidades de Suas Excrescências, digo, Excelências, fomos suspensos e corremos  risco de demissão. Concursados perseguidos, parentes comissionados mantidos. É o Apocalipse chegando ao Judiciário! Sinistro...

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           Nós simplesmente fizemos aquilo que o Sindjus  deveria ter feito e não fez: se, inicialmente, faltou macheza pro sindicato pelego, hoje sobra oportunismo e falta de caráter... mas isso todo mundo já sabe. Fatos notórios independem de prova, como se diz no Direito.

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           E aí eu lancei a grande pergunta ao pessoal: num raio de 100 m da nossa mesa, gostaria de encontrar alguém que não estivesse vivendo abaixo de antidepressivos; gostaria de encontrar alguém que, como eu, não precisasse de ansiolítico, de ritralina, ou de sei lá o que, para conseguir segurar o tranco... porque, sinceramente, não se sabe se o mundo é real ou se é uma fantasia coletiva barbitúrica, num Planeta bem sofrível para se viver.

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           Será que a solução está correta? Encher a cara de remédio e viver sorridente, fazendo de conta que está tudo bem por conta do efeito dos remédios? Será que eu deveria procurar um médico, relatar o que estou passando por conta da perseguição de gente sem escrúpulos nem caráter, e pedir um remedinho pra ficar bem quietinha e parar de fazer tanta denúncia?

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           Não. Não mesmo. Sou avessa a remédios. Tomo um paracetamol  lá de vez em quando, mais as vitaminas por conta da redução do estômago. Nada mais. No dia em que eu morrer, podem ter certeza, não vai ser a esperança que vai se apagar por último: vai ser a lucidez, mesmo. Não abro mão da minha lucidez por nada! Eu não vou viver na Matrix, gente, nem que apareça o Keanu Reeves, opa, o Neo, em pessoa!

keanu

            Prefiro brigar acordada a ser feliz dormindo. Meu espírito é forte.

            Eis a minha contribuição ao rol das filosofias de boteco. Como hoje eu estou tristinha, fico por aqui. Segunda-feira, ninguém merece!

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26 novembre 2008

TEORIA DA CONSPIRAÇÃO

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Não acretzicto em brujas, mas elas eczistem.
Padre Quevedo sobre a Teoria da Conspiração
Eu não acredito em Gnomos. Eles mentem muito.
Oscar Wilde sobre a Teoria da Conspiração
Por favor olhe para essa luz vermelha.
Agente Jay sobre a Teoria da Conspiração

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         Boa noite!

        Após a valorosa contribuição do colega que enviou o magnífico relatório postado logo abaixo, hoje vamos trabalhar em cima da Teoria da Conspiração. Só assim poderemos entender, também, o porquê do impedimento de muito mais da metade dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul para julgar a minha ação popular por improbidade administrativa por prática de nepotismo. Vamos  explicar a grande Teoria da Conspiração no Judiciário Gaúcho, e como ela se materializa para manter o silêncio.

        Atenção, leitores: essa postagem é coisa séria!

       A Teoria da Conspiração materializa-se, basicamente, através de quatro processos básicos, elementares: o nepotismo cruzado, as ligações perigosas, os mecanismos de repressão e a outorga de CCs e FGs . Juntos, funcionando concomitantemente, o objetivo é atingido, que é o de manter as coisas exatamente como estão e calar a boca dos servidores.

       Vamos lá?

      O nepotismo cruzado nada mais é do que aquela velha história de que uma mão lava a outra, e as duas... bom, deixa assim. Eu exporto os meus filhos para o Tribunal de Contas, e o meu amigo, o conselheiro, bom para julgar as contas alheias, me manda os meus afilhados. Fica tudo em casa, mesmo.

       Ligações perigosas: aqui entra o substituto natural do nepotismo, doravante chamado neo-putismo, embora já seja uma prática bastante corriqueira. É a explicação para aquelas assessoras saídas de  certames de beleza, que abundam pelos corredores, batendo o tamanquinho no chão e, via de regra, histéricas. Quem não sabe por que, não é mesmo?

       Também no quesito ligações perigosas temos as rodas maçônicas, com conseqüente troca de favores e ajuda mútua, como é sabido. Pois muitas Excelências teimam em agir como se o Tribunal fosse uma Loja. Aliás, os colegas já repararam como o Pleno, lá no 12º andar, se parece com um templo? Observem bem a posição das colunas, o chão, e verão como se disfarça um Tribunal em templo maçônico. Incrível, mas “eles” estão por toda a parte. Arquitetura não é coisa para pobre, filho.

       Os mecanismos de repressão são variados, e vão desde o simples assédio moral e reles sindicâncias de encomenda até os tenebrosos processos administrativos disciplinares, como estes que supositoricamente recebemos, Bira e eu. A argüição de dispositivos de leis obsoletas, que tentam amordaçar os servidores, também é uma forma de repressão. Temos, ainda, o terrorismo “branco”, como eu chamo, que consiste nas ações tramadas pelo núcleo de desinteligência, bem como a colaboração dos puxa-sacos de plantão: grampo telefônico, ameaças variadas, pessoas estranhas rondando a nossa casa, trotes telefônicos, etc.  Hoje mesmo havia um sujeito caminhando atrás de mim. Atravessei a rua três vezes e o sujeito atrás, até que eu parei e fiquei olhando pra ele. Terá me achado bonita?

       Em todos os casos, o objetivo é a pura intimidação. Deve funcionar com alguns, mas comigo, infelizmente, não cola. Já avisei que quanto mais fizerem isso, mais eu vou denunciar e incomodar. E, na hipótese de me matarem, o que se admite apenas pelo amor ao debate...kkkk..brincadeira... eu continuarei incomodando do outro lado... serei como aquela menina da corrente do orkut...uauauaua. Ai que “meda”, como costuma dizer um certo brinquedinho que eu conheço...

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        A Teoria da Conspiração também se perfectibiliza pela outorga de CCs e FGs, método muito eficaz de calar a boca alheia. Era muito utilizado por Dom Pedro I, por sinal. Consiste em dar um cargo comissionado ou uma função gratificada para aquele sujeito que está incomodando, criando tumulto e levantando os colegas contra as irregularidades presenciadas. Eu mesma passei por isso: denunciei o nepotismo à  OAB num dia (não formulara ainda essa Teoria da Conspiração) e no dia seguinte, pela primeira vez, em quase dez anos de trabalho no Tribunal, recebi um convite para ser assessora no Gabinete de um Desembargador. Só não vou citar o nome dele porque não sei se ele sabia o porquê de estar me convidando, ou se foi envolvido numa jogada maior, em que figurou como mero laranja, digamos assim. Declinei do convite, é claro, porque não estou à venda.

         Foi o segundo convite que recebi para trabalhar como assessora. Como o primeiro veio precedido de um comentário sobre a minha suposta bela retaguarda, eu o ignorei. Pois bem, o segundo convite veio consubstanciando a mencionada técnica a serviço da Teoria da Conspiração. Mas ela funciona com muita gente. Funcionou, por exemplo, com um presidente de entidade de classe, hoje totalmente pelego e vendido, que, em troca de uma função gratificada e um cargo vitalício de  diretor, parou logo de piar.

         E já que falamos no CEJUS, vou antecipar que a postagem de amanhã vai trazer todos os podres do Centro pelego de funcionários do Tribunal de Justiça: você, que tem celular Claro, vai saber o que o CEJUS, “organização criminosa”, nas palavras do Promotor de Justiça, andou aprontando com o seu dinheiro, objeto de ação criminal. Fique ligado!

      

14 juillet 2009

Debilidade, confusão ou corrupção?

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– Alô! Boa tarde! Gostaria de falar com a juíza... – solicita, entre pilhas invencíveis de processos a cumprir, descontraído trabalhador de um dos poderes da República, o Judiciário, bravo trabalhador entre aqueles menos retribuídos pelo desempenho de suas atividades.

– Como assim só juíza? Não te dei essa intimidade!!! Quem tá falando? Juíza é excelência!!! Mas o que tu qué? – pergunta e esbraveja ao mesmo tempo uma boçal trabalhadora do Poder Judiciário que se preocupa, sobretudo, em garantir a perpetuidade de uma imagem de superioridade que conquistou ao exigir dos outros submissão, mediante ameaças. Na ocasião, a ligação telefônica lhe estorvou diante de mensagens compartilhadas no mensageiro da Microsoft, que funciona a todo o vapor.


Fiquei pensando nos últimos dias sobre o teor de meu discurso entre os incríveis do Grupo 30. Poderia tomar caminhos de um discurso filosófico, mas decidi simplesmente denunciar literariamente a alienação de alguns agentes do Poder Judiciário.

Ao narrar o diálogo abestalhado, pretendo inaugurar debate público sobre fraquezas mentais ou espertezas teatrais já testemunhadas por trabalhadores do Poder Judiciário. Como sabemos, alguns trabalhadores subitamente esquecem a condição humana de fragilidade e finitude, sobretudo entre aqueles que personificam órgãos estatais. Proferem discursos a partir de um púlpito mesclando religiosidade com obsessões por superioridade. Não agem como hierarquicamente responsáveis pelos serviços judiciais prestados, mas como se integrassem uma espécime privilegiada ou raça superior, para usar a terminologia do nacional-socialismo alemão.

Que me perdoem desembargadores, juízes e escrivães de boa índole, inteligentes e sensíveis, mas ao que parece a praga da empáfia corre solta.

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Oriunda de um longínquo rincão da província do Rio Grande do Sul, uma guria, futuramente titular do cargo de juíza, vem ao mundo do mesmo modo que outras criaturas de características humanas. Criada à base de polenta e leite, ingressa na escola e depois de muito aperto conclui o ensino médio. É aprovada em vestibular e ingressa no curso de direito. A partir daí a esquizofrenia de superioridade começa a ganhar contornos mais precisos.

A estudante, com dificuldades de escrever e sobretudo de interpretar textos, logo começa a conhecer seu principal defeito, a irritabilidade e a sensação de superioridade, que não se confunde com auto-estima. Julga-se forte, competente e capaz de opinar sobre tudo e todos. Quando algum parente lhe solicita pareceres, sua voz se torna alta e os termos soam rebuscados. Surge até uma que outra expressão em latim durante o discurso. Ninguém entende bem o que ela tenta expressar.

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Algum tempo depois, a jovem, de cabelos e cutículas bem cuidados, arrecada um namorado bem posicionado financeiramente, que também pensa “em chegar na frente” ou “vencer na vida”. Ele logo é integrado ao serviço público com remuneração de nobre, situação que viabiliza patrocinar os cursinhos da bela guria especialmente após a graduação.

                      Concluída a graduação, a garota sofre o impacto de um forte momento de angústia. Reconhece a fragilidade de sua condição. E agora, o que fazer? Não sabendo lidar com angústias e frustrações, logo “incorpora” espírito de representante da lei e de defensora de um Estado que ela mesma não faz idéia de como foi conquistado. Trata as leis como tábuas descidas do céu, infelizmente dispensando o pensamento, atividade constitutiva e distintiva do ente humano. Ela não sabe distinguir Estado de democracia e emperra ao discursar sobre a arquitetura especulativa de uma República.

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Ao participar de cursinho na AJURIS aprende que qualquer pessoa provida de capacidade de memória pode “chegar na frente”. Depois de muito esforço, consegue ser aprovada em concurso para juiz. Esse concurso mede muitas coisas, mas não necessariamente o caráter de quem atuará nos julgamentos. Convenhamos, para ser juiz o mais difícil é superar a chatice de sessões doloridas de estudos e desenvolver o palavrório jurídico, tanto oral como escrito. É necessário ainda evitar enfrentamentos durante a vida pregressa. O mérito está aí. Pessoas bem treinadas para dizer o direito.

                  E agora guria bonita? Você é orgulho da família, mas o que sente acerca do próprio comportamento?

Muitos processos e a corregedoria no encalço, sempre cobrando resultados em escala industrial. Alguns corregedores lembram a formação de uma tropa de choque ao tratar oficiais escreventes como uma raça inferior, formada por criaturas incapazes de alcançar os “sofisticados” pensamentos que somente eles conseguem conceber.

– Se não tá satisfeito, tem fila pra entrá no Judiciário. Vocês tem que se contentá, porque ganham até bem perto de outros no mesmo tipo de emprego exprime desvairado um jovem corregedor que manifesta o mesmo ranço autoritário de seus avós simpatizantes de militares e de oligarquias tradicionalmente protegidas no Brasil.

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Ora, senhor corregedor, não haveria também fila de cidadãos habilitados a ser desembargador, corregedor ou juiz? Não aja precipitadamente por medo de perder seu espaço, não temos interesse nesse lugar por enquanto! Só peço que deixe de asneiras e respeite os interesses e a intelectualidade dos cidadãos!

A conversa fiada do corregedor é um anti-discurso, ofende quem pensa por si mesmo e não se submete a mecanismos de dominação. Seu papo seria mais preciso se dissesse:

– Vocês não tem direito de reivindicar, aceitem a mordaça, calem a boca escreventes nojentos e seus comparsas comunistas!!!

Antes que censurem a linguagem deste ensaio literário, por não ser “culta”, “honorável” ou “honrosa”, incito que assistam sessões do Congresso Nacional e, porque não dizer, do Supremo Tribunal Federal.

O corregedor que pronunciou as asneiras passou ileso e sua conversa produziu efeitos. Trabalhadores de base do Judiciário deixam de reivindicar tratamento digno, melhores salários e planos de carreira diante das ameaças constantes que recebem (processos administrativos, corte do ponto etc.).

                    No embalo dessa cordeona, torna-se inexplicavelmente urgente e decisiva a extinção do cargo de escrivão, substituído pela livre nomeação de trabalhador “de confiança” do juiz, que por sua vez também deve ser “de confiança” da presidência do Tribunal. Será “melhor” para os Cartórios Judiciais gaúchos, dizem os administradores judiciais no poder. Convenhamos, poderá ser pior aos trabalhadores, aos estudantes interessados em cargos públicos e aos cidadãos usuários. Emergindo o poder de controle perigosamente apenas da vontade do juiz, anuncia-se o crescimento de uma classe de “puxa-sacos” submissos, talvez mesquinhos e descompromissados com o bem-comum.

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Resolvi divulgar aqui uma suspeita que até então havia mantido em segredo: a administração judicial central ocupa parte de seu tempo fiscalizando o que alguns trabalhadores escrevem na imprensa e se utilizando de serviços de inteligência para violar a privacidade de emails. Um administrativo aqui e outro lá, por crime de opinião, e segue o baile no tom autoritário. Não é absurdo anunciar que neste início de século observamos o crescimento vigoroso de um regime autoritário das cúpulas do Judiciário sobre os trabalhadores cartorários que constituem e sustentam as atividades desenvolvidas por esse poder da República.

É justo dizer que nem todos os desembargadores, juízes e escrivães agem autoritariamente em desobediência aos princípios republicanos (liberdade de expressão, igualdade de condições, humanidade, laicidade, direito de resistência à opressão, dignidade etc). Seja o que for, urge estimular, no caso do Rio Grande do Sul, a conquista de novos espaços para a difusão de uma perspectiva de mundo e de justiça mais civilizada e igualitária, o que implica eleger uma nova presidência para o Tribunal de Justiça, que se ocupe mais em efetivar propósitos de acesso popular aos direitos individuais e coletivos do que em achincalhar trabalhadores.


A “excelência”, que também pode ser chamada pelos íntimos de doutora, em que pese não possuir esse título, sempre que pode se põe na ponta dos cascos ante um trabalhador comum. Ela ainda se julga imortal. Diante do coice que levou, o trabalhador solenemente ousa responder, soando irônica sua humildade:

– Excelência, perdoe esse pobre criado; não sabia que era tão importante para a Excelentíssima Senhora Doutora ser chamada dessa forma. Conceda o direito de falar a esse humilde súdito!

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A juíza lá dos rincões já não é mais a menina serena e simpática da mocidade. Agora é, antes de tudo, juíza, julga-se confirmada pelos deuses para essa atividade, tal como uma profeta bíblica. É uma pessoa que “deu certo na pista de corrida da vida”. Agora escreve expressões em latim, como padres durante a Idade Medieval, talvez para não se fazer entender.

            Que vidinha medíocre essa de “assediadora moral”! O cargo que conquistou mediante concurso, de órgão do Estado, é agarrado com unhas e dentes com pouco juízo, sem equilíbrio, sem sensatez.

  Resta-nos a atividade de classificar o infame: a juíza do conto literário ou é deficiente mental (esquizofrênica) ou é muito confusa (em outras palavras, confunde esse cargo republicano com uma benção divina incorporada). A última hipótese é que seja corrupta, isto é, que se aproprie do espaço público para alavancar interesses privados, bem ao tom do ditado popular: “faz-se de leitão vesgo para mamar em duas tetas”.

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O Grupo 30 luta pelo aprimoramento republicano do Poder Judiciário, para que se torne cada vez mais célere e eficiente na prestação de serviços jurídicos, o que implica contratar mais servidores, com garantia de dignidade em trabalho e aumento de sua remuneração.

À luta trabalhadores cidadãos da República e artífices desta nação! RESPEITO e LIBERDADE DE EXPRESSÃO!!!

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Tiago Jacob


22 octobre 2009

Umberto Eco e a liberdade de imprensa - artigo para uma reflexão

(Segue artigo copiado do sítio BN Bahia Notícias)

O INIMIGO DA IMPRENSA

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Umberto Eco

O primeiro ministro italiano, Silvio Berlusconi, quer calar a imprensa. E numa sociedade doente como a italiana, a maioria da população parece estar disposta a aceitar essa perigosa prevaricação. Um famoso intelectual diz: "Eu não concordo".

Seja devido ao pessimismo da idade avançada ou à lucidez da maturidade, a questão é que sinto certa perplexidade e desconfiança ao intervir para defender a liberdade de imprensa a convite do semanário L'Espresso. Quando alguém tem que intervir para defender a liberdade de imprensa, significa que a sociedade, e com ela boa parte da imprensa, está doente. Nas democracias que definiríamos como "fortes" não é necessário defender a liberdade de imprensa porque ninguém pensa em limitá-la.

Esse é o primeiro motivo para a minha desconfiança. Silvio Berlusconi não é o problema da Itália. A história (gostaria de dizer que desde a época de Catilina) está repleta de homens atrevidos e carismáticos, com pouco sentido do papel do Estado e altíssimo sentido dos seus próprios interesses. Homens que almejaram instaurar um poder pessoal, desbaratando parlamentos, magistraturas e constituições, distribuindo favores aos próprios cortesãos e (em certas ocasiões) às cortesãs, confundindo o prazer pessoal com o interesse da comunidade. Esses homens nem sempre conquistaram o poder que queriam porque a sociedade não permitiu. Mas quando a sociedade permite que eles cheguem ao poder, por que responsabilizá-los? Por que não responsabilizar a sociedade que lhes dá carta branca?

Sempre me lembrarei de uma história que a minha mãe me contava: quando ela tinha vinte anos conseguiu um bom emprego como secretária e datilógrafa de um deputado liberal, extremamente liberal. No dia seguinte ao que Mussolini chegou ao poder, esse homem disse: "No fundo, dada a situação que a Itália está vivendo, talvez este homem encontre a forma de colocar as coisas nos seus lugares". Dessa forma, quem estabeleceu o fascismo não foi a energia de Mussolini (ocasião e pretexto), mas a indulgência e permissividade desse deputado liberal (representante exemplar de um país em crise).

Portanto, é inútil revoltar-se com as atitudes de Berlusconi, porque ele está apenas cumprindo o seu papel. Foi a maioria dos italianos que aceitou o conflito de interesses, que aceita as patrulhas cidadãs, que aceita a Lei Alfano com a garantia de imunidade para o primeiro ministro e que agora aceitaria com bastante tranquilidade se o Presidente da República não tivesse se manifestado pela censura à imprensa (colocada provisoriamente a título de experiência). O próprio país aceitaria sem pestanejar (e com certa cumplicidade, até) as escapadas extraconjugais de Berlusconi se a Igreja não tivesse intervindo na consciência pública com uma cautelosa censura (que será rapidamente esquecida porque desde que o mundo é mundo os italianos e, em geral, os cristãos, frequentam prostíbulos mesmo que o padre diga que não se deve fazê-lo).

Então, por que alarmar-se com um número da L'Espresso, se sabemos que a revista chegará àqueles que já estão convencidos dos riscos que a democracia está correndo e não será lida pelos que estão dispostos a aceitar tudo desde que não lhe falte a sua dose diária de Reality Show, embora saibam muito pouco a respeito dos assuntos político-sexuais porque a informação controlada (que é a maioria da informação) nem mesmo os menciona?

Por que se preocupar? Muito simples. Em 1931, o fascismo impôs aos professores universitários, 1.200 na época, um juramento de fidelidade ao regime. Apenas 12 (1 por cento) se negaram a fazê-lo e perderam seus cargos. Alguns dizem que foram 14, mas isso nos confirma até que ponto esse fato foi irrelevante naquela época, deixou poucas lembranças. Muitos, que depois seriam personagens eminentes do antifascismo pós-bélico, aconselhados inclusive por Palmiro Togliatti ou por Bendetto Croce, juraram fidelidade para poder continuar ensinando.

Talvez os 1.118 que ficaram tenham tido razão, por diferentes motivos, todos respeitáveis. Mas aqueles 12 que disseram que não, salvaram a honra da Universidade e, em definitivo, do país.

Por isso, às vezes é preciso dizer que não, embora, com pessimismo, saibamos que não servirá de nada. Pelo menos para que algum dia, alguém possa dizer que o fizemos.

* Umberto Eco é filósofo, escritor, titular da cadeira de Semiótica e diretor da Escola Superior de Ciências Humanas na Universidade de Bolonha, Itália. 

CONFIRA NOSSA FONTE

Artigo publicado originalmente no The New York Times                                                   

26 décembre 2009

Queremos confraternizar com você

O Movimento Indignação, inspirado nos seus princípios mais caros, de defesa da dignidade e liberdade dos servidores do judiciário e de todos que criam com o seu trabalho, debaixo da pior opressão, as riquezas do Brasil e do mundo, deseja, neste Natal e Ano Novo, que a luta de cada trabalhador e de cada ser humano justo e sincero seja coroada com o início de uma sociedade mais livre, em que possa vicejar realmente a vida, prazenteira, espontânea e acolhedora, para todos nós!

Assista nossa mensagem no Youtube


1 octobre 2010

No próximo domingo faça algo ÚTIL para si mesmo

Companheiro servidor:

 

durante a campanha eleitoral você recebeu promessas e propostas dos mais diversos candidatos. Inclusive de muitos colegas que se autodenominam defensores dos interesses da categoria. A maioria, apesar da criatividade e do glamour de suas mensagens, peca terrivelmente nos itens sinceridade e disposição concreta de luta. Muitos querem apenas o teu voto para perpetuar o jogo de interesses que infelicita a grande massa da população brasileira e nos mantém num os bolsos e as condições de trabalho em situação precária.

Por isto, às vésperas desta eleição, queremos te fazer um alerta final e te lembrar que há alguém, realmente, cujo único interesse é te representar, defendendo na ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA os nossos mais sonhados e necessários direitos básicos.

Não é possível que os nossos reajustes salariais, por exemplo, continuem a ser debatidos e votados por deputados que não tem a menor noção do que se vira um servidor da justiça durante o mês para sobreviver com o salário que recebe. Precisamos de alguém que conheça na própria pele a nossa realidade e que esteja disposto a ser a voz forte e contundente dos servidores no legislativo. Sem jamais corromper-se ou comprometer-se com interesses contrários a nós peões do judiciário.

E esta pessoa existe e provou na prática, sofrendo na própria carne a retaliação patronal, o seu destemor e o seu compromisso inabalável com a luta pela moralidade pública e pelos direitos dos servidores. Por denunciar, dando nome a cada parente, o nepotismo vigente, tanto no STF quanto na imprensa, foi processada e demitida arbitrariamente pela alta cúpula do Judiciário gaúcho. Passou fome e dificuldades para sobreviver, juntamente com seus filhos, e hoje, advogada, é candidata a deputada estadual.

Não só para combater no nepotismo e toda imoralidade e corrupção que desgraçam nosso Estado há décadas, como para propor projetos de altíssima importância para os servidores. Entre eles:

- a regulamentação do mandamento constitucional que determina o reajuste anual da inflação para todos,

- a revogação do artigo do estatuto dos servidores que permitiu sua demissão, e a suspensão dos companheiros  Bira e Valdir, por falar a verdade, fazendo críticas às autoridades públicas,

- e uma nova lei anti-assédio moral no Estado, que efetivamente penalize, com as condenações mais severas, as autoridades que oprimam trabalhadores da iniciativa pública e privada.

Esta pessoa é 

 

SIMONE NEJAR

deputada estadual

14555

foto_perfilsimone_nejar

 

VOTE CONSCIENTE

VOTE A SEU FAVOR!

24 octobre 2020

A. S.G.s e Ajudantes requerem ao Sindjus a suspensão da Assembleia Geral e pressão para que o TJ reabra as negociações do PCS

Publicamos abaixo requerimento encaminhado pelos representantes dos Auxiliares de Serviço Geral e Oficiais Ajudantes, dois cargos mantidos em quadro de extinção na atual versão nefasta de Plano de Carreira, ao SINDJUS-RS, solicitando ao sindicato que suspenda a Assembleia Geral plebiscitária de terça-feira e pressione o Tribunal de Justiça a reatar as negociações, possibilitando ajustes do Projeto de Plano de Carreira que garantam um mínimo de justiça e dignidade para os trabalhadotes do judiciário:

 

 

 

 

 

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Um blog para lutar em defesa dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul. Os autores propugnam pelos princípios republicanos; almejam uma sociedade justa

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