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Movimento Indignação
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27 février 2007

Nosso reajuste em perigo

Por Valdir Bergmann

Depois da batalha pela aprovação do nosso reajuste de 6,09%, pela Assembléia Legislativa, o veto da Governadora Yeda Crusius. Seria lógico e coerente que os Deputados derrubassem o veto, já que a maioria votou a favor do reajuste. Mas não é tão simples assim. Coerência não é o forte da nossa classe política. Pelo que noticia a imprensa, por enquanto, só temos 12 votos a nosso favor(PT e PSB), quando são necessários 28. Os demais, estão em dúvidas, cedendo a cantilena da Governadora de que o Estado não tem dinheiro. É impressionante a falta de vergonha na cara de nossa classe política burguesa. Sempre o mesmo e surrado argumento de que o Estado está quebrado. O mesmo é dito diuturnamente sobre a Previdência Social. Não pode uma geração inteira viver sua única vida com restrições só porque o Estado capitalista está sempre quebrando. Não seria, então, o caso de se dar o ponta-pé de misericórdia nele, para quebrar duma vez por todas, e instituir um regime socialista, proporcionando uma vida digna à classe trabalhadora, a esmagadora maioria da população? Não é o caso de se questionar se o Estado está realmente quebrando. A pergunta que se deve fazer é por quê? Analistas dão conta que o Estado do RS perde algo em torno de seis bilhões anuais devido aos incentivos fiscais concedidos. É dinheiro público doado de mão-beijada às grandes empresas. Outros dezessete bilhões são tidos como sonegados pelas mesmas empresas. Sonegar impostos é recolher estes valores do contribuinte ao passar pelo caixa do estabelecimento e, ao invés de recolhê-los aos cofres públicos, metê-los nos cofres privados. É crime de apropriação indébita. Um exemplo típico disso é o Grupo Gerdau. No ano de 2005, recebeu 300 milhões de reais do Estado do RS em forma de incentivos. Obteve um lucro líquido de 3,5 bilhões de reais no mesmo período. Na última campanha eleitoral, além de fazer outras contribuições, doou à então candidata Yeda Crusius a bagatela de 500 mil reais, segundo fartamente noticiado pela imprensa. Com esses dados, percebe-se o porquê de  o Estado estar sempre quebrando e a quem a Governadora Yeda Crusius, e seus aliados na Assembléia, querem beneficiar. O dinheiro não passa de símbolo da riqueza produzida por quem trabalha, equivale dizer, nós, a classe trabalhadora. O reajuste vetado pela Governadora representa, apenas, uma parte da inflação havida no ano de 2004. Inflação é a desvalorização da moeda, causada pelo aumento dos preços das mercadorias, praticado por esses mesmos empresários, amigos de Yeda Crusius. São os causadores da inflação e provocam-a para se locupletar. O Estado, visto que a maioria dos impostos incidem sobre os preços das mercadorias, recebe, já no primeiro mês,  os benefícios do reajuste dos preços. Essa bandalheira toda acontecendo, e a Governadora vetando o reajuste sob o argumento de que o Estado tem um deficit pouco superior a dois bilhões de reais? Pois que pare de conceder incentivos fiscais a seus amigos empresários; que cobre com todo o rigor os bilhões sonegados e terá um acréscimo de nove bilhões nos cofres. Querer atribuir esse déficit a nós trabalhadores, justamente os únicos que produzem as riquezas deste Estado, é um ato de indignidade que não podemos aceitar!

Resta-nos, pois, fazer uma grande mobilização nos próximos dias. Todos os Colegas devem procurar os Deputados de sua região e exigir coerência. Os políticos do PTB e PDT – que têm em sua sigla a denominação “Trabalhista”, devem ser questionados se estão ao lado dos trabalhadores ou dos grandes empresários. Vamos lotar as galerias da Assembléia tantas vezes que isso for necessário.

Publicado no jornal “Lutar é Preciso” nº 100

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5 février 2007

A reforma do estatuto

Por Valdir Bergmann
Vanderlei S. Horz
Zenaide Bartos

Já passa de 40% nossa perda salarial na última
década e meia, por conta da não-reposição
da inflação. Sendo o reajuste salarial mero reparo
do valor real do salário, a omissão do governo
neste particular não se justifica, mesmo porque
os impostos são automaticamente indexados
com o aumento dos preços das mercadorias. A
irredutibilidade salarial é preceito constitucional.

Por outro lado, temos pendentes nossos créditos
retroativos, devidos por processo judicial.
Outras demandas importantes também vão ficando
no meio do caminho, como é o caso do excesso
de serviço por conta da não-nomeação
de novos colegas.

Com nosso sindicato, já obtivemos vitórias
importantes desde sua fundação, destacando-se
a conquista da URV na gestão da presente
diretoria. Mas temos muito a aprender e necessitamos
avançar mais, seja em termos de consciência
política, seja na forma de organização.

O sindicato é – e deve ser - uma organização.
Neste particular, todas as organizações se assemelham.
Deve haver os princípios e diretrizes
maiores, expressos em nosso estatuto. As instâncias,
em que acontecem os debates, e o espírito
democrático que permite à maioria eleger a
diretoria, ficando a minoria incumbida de fiscalizar
e exercer o poder da crítica.

Com o sistema de organização que tem hoje,
o Sindjus não consegue desempenhar bem seu
papel de direção da categoria. Mas estamos diante
de uma oportunidade ímpar para melhorar
nossa entidade. É a reforma estatutária, aprovada
na Plenária de meados do ano findo. Prevê a
eleição dos mesmos onze membros para a Diretoria
Executiva. Mas inclui uma proposta bastante
positiva: a criação das macrorregiões. Assim, dos
onze colegas eleitos, apenas cinco ficarão na
diretoria central em Porto Alegre. Os demais
seis, permanecerão liberados nas regiões onde
eleitos, mantendo contatos permanentes com os
colegas nos locais de trabalho. O diretor do nú-cleo
regional será o candidato da chapa que mais
votos obtiver na respectiva região.

Tal instância é de fundamental importância. A
maior força que temos não está na cúpula, cabendo
a esta a coordenação geral. Nosso poder
maior está na base, na qual se encontra a maioria.
E os novos diretores dos núcleos macrorregionais
terão condições de servir como elo de
ligação, já que estarão liberados do expediente
para tanto, situação que não ocorre com os atuais
diretores de núcleos, daí seus desempenhos
comprometidos.

Inova, também, o novo estatuto,
na fiscalização da base sobre a atividade dos
diretores. Os colegas liberados para cuidar das
macrorregiões deverão prestar contas de suas
atividades e gastos mensalmente. E, a qualquer
momento, todos os membros da diretoria poderão
ter seus mandatos cassados.

A participação de todos é, pois, a força relevante
de nosso sindicato, imprescindível para fazermos
frente ao novo jeito de a Governadora
Yeda Crusius beneficiar os empresários de sempre.
E essa participação maciça já se espera
para a Assembléia-Geral do próximo mês de
março, ocasião em que a reforma do estatuto será
submetida ao referendo.

Façamos, então, nossa
parte, aprovando um estatuto mais inovador, dinâmico
e em condições de melhor organizar a
categoria. Afinal, lutar é preciso, e o Sindjus somos
todos nós!

Publicado no “lutar é Preciso” n° 99

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Um blog para lutar em defesa dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul. Os autores propugnam pelos princípios republicanos; almejam uma sociedade justa

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