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Movimento Indignação
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19 août 2008

É 30% já ou a Justiça vai parar!

Atenção, trabalhador do judiciário que se afoga todo dia num mar de processos e padece, há mais de quatro anos, o confisco quotidiano do seu bolso. Você que já não sabe como vai pagar as contas no fim do mês, que está dilapidando a URV para tapar os furos do orçamento, e tem de gastar mais ainda com anti-depressivos, ansiolíticos, remédios para pressão arterial, e outras tantas medicações, para amenizar o resultado de um trabalho exercido sobre pressão permanente e sem reconhecimento. NÃO SE DEIXEI ILUDIR! ABRA BEM OS OLHOS, veja o que estão fazendo os teus dirigentes sindicais. E, DEPOIS, ABRA BEM  A BOCA PARA EXIGIR RESPEITO ÀS TUAS DECISÕES E NECESSIDADES COMO CATEGORIA!

Apesar do nosso ALERTA, feito neste blog (que, durante dois dias, recebeu apoio, repercutindo a indignação, de centenas de servidores), por ocasião da famigerada mensagem do dr. Armínio, parece que os nossos iluminados diretores do Sindjus ainda não deixaram de usar fraldas e acreditam em Coelhinho da Páscoa ou em Papai Noel!

Num momento em que deveriam estar engrossando as manifestações de inconformidade da categoria, na capital e pelo Estado a fora; em que é preciso aprofundar a disposição sem volta da grande maioria de ir à greve por uma reposição decente (67,38% já se manifestarem assim em enquete no site do sindicato), e não abrir a guarda, no primeiro recuo da intransigência patronal - saindo por aí comemorando com corneta, balão e língua de sogra - veja o que declararam, ontem, no Correio do Povo:

CORREIO DO POVO

PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 18 DE AGOSTO DE 2008

Sindjus acredita na reposição salarial

O Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) reafirmou que está disposto a enviar ao Legislativo projeto de lei que fixa reposição das perdas salariais dos servidores do Judiciário, maior pleito da categoria. O comunicado da presidência do TJ foi recebido com animação pelo Sindicato dos Servidores do Judiciário do RS (Sindjus/RS), que quer um encontro com o presidente, desembargador Armínio José Abreu Lima da Rosa. O TJ mantém a disposição de enviar o projeto à Assembléia. Diante da manifestação, as direções do Sindjus/RS, Sindicato dos Servidores do Ministério Público (Simpe/RS) e Associação dos Oficiais de Justiça (Abojeris) – que fazem campanha salarial unificada – realizaram reunião para avaliar a posição do presidente do TJ. Segundo o Sindjus/RS, o arrocho salarial dura mais de quatro anos e as perdas ultrapassam 66%. O coordenador-geral do sindicato, Valter Assis Macedo, acredita que o TJ chamará em breve uma nova audiência. 'Os trabalhadores estão em estado de greve e as mobilizações crescem. Por isso, é urgente o envio de um projeto que reponha as perdas salariais', ressalta ele.

(a cor vermelha e o negrito nos trechos principais foram introduzidas por nós, ao reproduzir a matéria neste blog).

Não estivéssemos todos sofrendo as conseqüências, e a decepção, da malfada promessa do Marcão, no ano passado, de que enviaria reajuste até o início deste ano, e poderíamos até vacilar por um instante! Mas está mais do que evidente que o Tribunal pretende apenas nos passar mais uma vez a mansa conversa para que nos tranqülizemos e continuemos a trabalhar, calmos e cabisbaixos, sem pensar em greve, na esperança de uma minguada reposição! Que, se vier pela exclusiva vontade do TJ, com certeza, não ultrapassará os 10% e manterá o enorme buraco negro nos bolsos de cada servidor. E aí, depois de implantado o subsídio de 70% para os magistrados, vamos ter de esperar, e espernear, mais dez anos, por outra ocasião para acrescentar mais uns níqueis ao que será, então, uma remuneração famélica!

O IGPM, índice que o Tribunal adota para nossos reajustes, só no período  de janeiro de 2004 até julho de 2008 (não reposto ainda) foi de nada mais, nada menos que 38,37%! A Assembléia Geral do dia 1.º decidiu (e assim consta do documento entregue à administração) pedir a concessão imediata de, pelo menos, 30% neste ano, e o restante da perda total, de 66,74%, até o ano que vem, como a mínima proposta razoável. E, com estes números, se vê que já estamos tendo o máximo de paciência e "desapego" possível na exigência salarial! Menos que isto é simplesmente desistir da própria luta e conformar-se a um empobrecimento inédito e sem volta.

Mas os nossos caros diretores não tem pejo de afirmar, em matéria da última sexta-feira, no site da entidade que: "Assim, uma vez definido pela Administração do TJ a decisão da remessa do projeto de reajuste ao legislativo, falta apenas a definição do índice. Para os sindicalistas, isso com certeza será feito em audiência, já solicitada pelas entidades e reiterada logo após a última assembléia geral da categoria, em 01 de agosto, quando os trabalhadores foram até as sedes do TJ e MP para entregar documento com as reivindicações."

(...) "Por fim, as entidades aguardam o agendamento de audiência com o presidente do TJ para os próximos dias e desde logo, solicitam cálculos ao Dieese acerca das perdas salariais, inclusive dos quatro anos em que os salários ficaram congelados, dados que serão importantes na construção do índice do projeto de reposição salarial que o TJ remeterá ao Legislativo em breve".

Pelo amor de Deus! Mas o que é isto, companheiros? O índice necessário já foi DEFINIDO, POR NÓS, TRABALHADORES DA JUSTIÇA, EM DECISÃO SOBERANA DA ÚLTIMA ASSEMBLÉIA GERAL! Qualquer contador judicial pode verificá-lo, basta emitir um relatório do IGPM-Foro no calc.pro.

E, além do mais, cabe ao conjunto da categoria decidir sobre, no máximo, um possível parcelamento do que foi reivindicado, em Assembléia Geral e não em nenhuma audiência de membros da executiva do Sindjus, da Abojeris ou da ASJ com o dr. Armínio! Qualquer alteração de valor, que não contemple a totalidade das perdas, e o mínimo imediato de 30% , deve ser considerada alta traição! Não houve, nem haverá, qualquer autorização de Assembléia Geral dos servidores da justiça para "negociar" algo menor do que aquilo que nos foi roubado pela falta de reposição, ano após ano!

Se o dr. Armínio tem uma contra-proposta séria e discutível que apresente logo, que nós todos, a categoria, vamos discuti-la em Assembléia, sem arredar pé de um mínimo de decência.

Qualquer coisa que não traga, PELO MENOS, o garantido no art. 37,X da Constituição Federal, repondo INTEGRALMENTE a inflação ocorrida desde o último reajuste, é indecente. É UM ATENTADO AO PRÓPRIO ESTADO DE DIREITO. Deve ser desconsiderada. E a resposta é a GREVE!

Este deveria ser o pensamento dos dirigentes do Sindjus, mas, ao que tudo indica, pretendem se conformar com qualquer migalha jogada das alturas por um todo poderoso e prepotente patrão! Não se sabe se ingenuamente, ou por que espécie de acordo político extra-categoria (pois tudo é possível quando o dr. Flávio Koutzii, membro partido a que pertence a maioria dos diretores do sindicato, atualmente, é assessor da presidência do TJ), mas estão esquecendo os seus compromissos como dirigentes e desrespeitando a decisão da Assembléia, a que estão obrigados pelo Estatuto!

Não queremos, nesta hora, pregar a divisão, nem acirrar os ânimos dos companheiros contra sua própria entidade. Sabemos que o momento deve ser de máxima coesão e unidade na luta! Mas não podemos deixar de ver o que está acontecendo, denunciar e alertar. Não para desmobilizar, mas para que os companheiros cobrem de nossos representantes a coerência responsável, o respeito às nossas decisões legítimas e à nossa própria Constituição, o Estatuto do Sindicato!

Mais do que qualquer crítica, entretanto, esta nossa manifestação é no sentido de que os trabalhadores que nos lêem neste momento não esmoreçam, mas redobrem a mobilização indignada. Pois não será nos salões dourados do palácio da Justiça, mas nas ruas, na luta viva e sem tréguas, que conquistaremos o direito a uma vida de gente, e não de gado! Participe das mobilizações, das reuniões na tua comarca, e diga para o teu representante sindical, que irá discutir a continuidade da luta, no próximo dia 29, que

SE O ARROCHO CONTINUAR A JUSTIÇA VAI PARAR!

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Um blog para lutar em defesa dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul. Os autores propugnam pelos princípios republicanos; almejam uma sociedade justa

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