PARA CONQUISTAR NOSSA REPOSIÇÃO, PRECISAMOS MUDAR AS TÁTICAS!
Rumando ao 5º ano sem reposição salarial, sem termos até o momento iniciado uma campanha salarial decidida, com a direção do sindicato totalmente passiva - como de costume nas duas gestões que esteve à frente do sindicato - eduas chapas disputando as eleições sindicais onde a Chapa 1 da situação mantém sua velha forma patronal de conduzir o sindicato e a Chapa 2 não apontando de forma concreta como pretende arrancar do patrão a reposição das perdas salariais destes cinco anos, que ultrapassam 20%, e as perdas históricas que passam de 80%.
Em tempos de ataques violentos ao funcionalismo e ao serviço público, escolhidos como bodes expiatórios da crise do capitalismo que se alastra pelo mundo todo desde 2008, a vida dos trabalhadores do judiciário não será fácil aqui no estado. Com a legislatura atual da Assembleia Legislativa, com maioria de direita e disposta a votar o que puder contra os trabalhadores do serviço público e sofrendo pressão da grande mídia contra a concessão de qualquer reposição salarial, a famosa tática do “convencimento” dos deputados, com as suas inevitáveis peregrinações pelos corredores da AL implorando aos deputados que votem a nosso favor, infelizmente parece fadada a repetir o fracasso dos últimos anos.
A atual direção do sindicato, na Chapa 1 tenta confundir a categoria com um discurso antipedagógico e despolitizado de que a solução para as nossas lutas é um "sindicato sem partido", como se seus membros não tivessem suas ligações partidárias. Faz desse discurso o caminho para a permanência na direção do sindicato com os mesmos métodos, descumprindo deliberações de assembleias gerais e apostando nas conversas de gabinete e submissão à direção do TJ.
Nós precisamos de unidade na luta para garantir nossas reivindicações, mas para tanto é preciso que a próxima direção esteja disposta a mudar os métodos de atuação e principalmente ser a impulsionadora da categoria a acreditar na greve como o principal meio de arrancar do TJ a recuperação das perdas salariais. Nesse sentido a chapa 2 precisa deixar claro para os trabalhadores do judiciário quais seus compromissos e suas propostas. Não podemos reincidir nos erros do passado com direções acomodadas e burocratizadas que impedem a organização pela base e transformam o sindicato num mero balcão de negócios. Portanto é urgente uma direção disposta a organizar a categoria nos seus locais de trabalho para pressionar antes de tudo o TJ, nosso patrão, para que assuma sua responsabilidade de manter o nível salarial dos trabalhadores do judiciário, exercendo pressão decisiva sobre a AL para aprovação dos projetos. E esta pressão precisa ser feita de forma decidida, utilizando todos os meios que dispomos, inclusive o mais importante de que dispõe a classe trabalhadora, que é a deflagração da greve.
UMA REFORMA ESTATUTÁRIA É NECESSÁRIA!
O estatuto de nosso sindicato encontra-se defasado para as necessidades dos tempos atuais. Necessitamos urgente de uma reforma estatutária que aumente a democracia sindical e obrigue as direções a cumprirem as decisões das várias instâncias deliberativas. Precisamos empoderar a base para a destituição a qualquer momento dos dirigentes sindicais que não atendem aos anseios da categoria, sem a necessidade de esperar as eleições sindicais de 3 em 3 anos, além de outras modificações. Esperamos que a próxima direção viabilize esta reforma estatutária, chamando os sindicalizados a participarem ativamente deste processo.
PELA DEMOCRACIA E UNIDADE, PROPORCIONALIDADE NA DIREÇÃO!
Em todo o mundo os trabalhadores cada vez mais se afastam dos sindicatos, sua principal organização de defesa de direitos, e buscam formas alternativas de luta. Direções burocratizadas e afastadas da base, formas ultrapassadas e pouco ousadas de luta, falta de representatividade entre o conjunto das categorias representadas, dado o número reduzido de sindicalizados em relação ao conjunto dos trabalhadores e de direções que representam o pensamento de apenas uma parte dos sindicalizados.
No momento atual, frente aos violentos ataques sofridos pelos trabalhadores, que buscam a retirada de direitos básicos como a aposentadoria e reposições salariais que pelo menos mantenham o poder de compra, mais do que nunca a unidade deve ser uma das prioridades. E esta unidade jamais será conquistada se na direção de um sindicato não estiverem representadas todas as correntes de opiniões presentes entre os trabalhadores da categoria. Frente a isto, nosso sindicato necessita de uma reforma estatutária onde esteja prevista a proporcionalidade na Direção Executiva, Conselho Geral e Conselho Fiscal, evitando que direções soberbas e todo-poderosas decidam tudo, fragilizando a luta ao representarem apenas uma parcela da categoria.