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sindjus-rs
14 juin 2007

SINDJUS-RS TRANSFORMOU-SE NUM APARELHO DO PT

Se boa parte dos associados do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul rechaçou a diretoria que encerrou o mandato na tarde anteontem, sob o pretexto de que esta aparelhara o sindicato em prol do PSTU, e desconheceu a ligação, documentalmente comprovada, com a pelega e governista “Central Única dos Trabalhadores (a CUT), o ato de posse da nova diretoria, ocorrido no dia dos namorados, se constituiu na primeira decepção dos iludidos apaixonados que a elegeram.

Bem ao contrário de suas suposições, o sindicato (em cuja direção estavam representadas as mais diversas correntes políticas, inclusive os anarquistas, sem predomínio de nenhuma delas) agora tem partido e é o fascista e anti-trabalhador PT! A prova disto foi a presença dos parlamentares e políticos mais proeminentes do partido no ato, como os deputados estaduais Raul Pont e Elvino Bonh Gass, a vereadora Sofia Cavedon, representantes dos deputados federais Henrique Fontana e Tarcísio Zimerman e do senador Paulo Paim, além do presidente metropolitano do referido partido, Francisco Vicente e da própria CUT e sindicatos por ela atualmente aparelhados, como o Simpe e CEPERS-Sindicato, o que caracterizou a posse como uma verdadeira festa petista e cutista.

E comprova o envolvimento do próprio governo Lula nas últimas eleições a fim de garantir o apoio do que era um dos raros sindicatos combativos do Rio Grande do Sul e do Brasil às futuras reformas previdenciária (que envolve a elevação da idade mínima para aposentadoria para 65 anos), trabalhista (revogação do 13º salário e do direito a férias, entre outras) e sindical (possibilidade de fundação de sindicatos de cúpula, a partir das centrais, extinção da unicidade sindical - só um sindicato em cada categoria de cada região - e revogação, na prática, do direito à greve, com a exigência absurda do comparecimento de 60% da categoria na Assembléia Geral que a deflagre).

Muito significativa, aliás foi a presença da entidade patronal, a Ajuris, e de representante do próprio patrão, o Tribunal de Justiça, o que comprova definivamente o caráter pelego e subserviente que deverá tomar o sindicato nos próximos três anos.

Aos iludidos tomados de surpresa pela notícia, fica o meu convite, como ex-candidato da derrotada chapa 1 - Sindicato é pra Lutar - agora (a única) de oposição, a nos acompanharem no rechaçamento da transformação do Sindjus em uma entidade de joelhos frente ao governo Lula e ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. E àqueles para os quais a massiva presença petista na posse ainda não convenceu-os do novo caráter de aparelho partidário do sindicato, fica o alerta: esperem as reformas serem encaminhadas e confiram a reação (inexistente e colaboracionista) que a nova diretoria do Sindjus tomará.

Ubirajara Passos

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27 février 2007

Nosso reajuste em perigo

Por Valdir Bergmann

Depois da batalha pela aprovação do nosso reajuste de 6,09%, pela Assembléia Legislativa, o veto da Governadora Yeda Crusius. Seria lógico e coerente que os Deputados derrubassem o veto, já que a maioria votou a favor do reajuste. Mas não é tão simples assim. Coerência não é o forte da nossa classe política. Pelo que noticia a imprensa, por enquanto, só temos 12 votos a nosso favor(PT e PSB), quando são necessários 28. Os demais, estão em dúvidas, cedendo a cantilena da Governadora de que o Estado não tem dinheiro. É impressionante a falta de vergonha na cara de nossa classe política burguesa. Sempre o mesmo e surrado argumento de que o Estado está quebrado. O mesmo é dito diuturnamente sobre a Previdência Social. Não pode uma geração inteira viver sua única vida com restrições só porque o Estado capitalista está sempre quebrando. Não seria, então, o caso de se dar o ponta-pé de misericórdia nele, para quebrar duma vez por todas, e instituir um regime socialista, proporcionando uma vida digna à classe trabalhadora, a esmagadora maioria da população? Não é o caso de se questionar se o Estado está realmente quebrando. A pergunta que se deve fazer é por quê? Analistas dão conta que o Estado do RS perde algo em torno de seis bilhões anuais devido aos incentivos fiscais concedidos. É dinheiro público doado de mão-beijada às grandes empresas. Outros dezessete bilhões são tidos como sonegados pelas mesmas empresas. Sonegar impostos é recolher estes valores do contribuinte ao passar pelo caixa do estabelecimento e, ao invés de recolhê-los aos cofres públicos, metê-los nos cofres privados. É crime de apropriação indébita. Um exemplo típico disso é o Grupo Gerdau. No ano de 2005, recebeu 300 milhões de reais do Estado do RS em forma de incentivos. Obteve um lucro líquido de 3,5 bilhões de reais no mesmo período. Na última campanha eleitoral, além de fazer outras contribuições, doou à então candidata Yeda Crusius a bagatela de 500 mil reais, segundo fartamente noticiado pela imprensa. Com esses dados, percebe-se o porquê de  o Estado estar sempre quebrando e a quem a Governadora Yeda Crusius, e seus aliados na Assembléia, querem beneficiar. O dinheiro não passa de símbolo da riqueza produzida por quem trabalha, equivale dizer, nós, a classe trabalhadora. O reajuste vetado pela Governadora representa, apenas, uma parte da inflação havida no ano de 2004. Inflação é a desvalorização da moeda, causada pelo aumento dos preços das mercadorias, praticado por esses mesmos empresários, amigos de Yeda Crusius. São os causadores da inflação e provocam-a para se locupletar. O Estado, visto que a maioria dos impostos incidem sobre os preços das mercadorias, recebe, já no primeiro mês,  os benefícios do reajuste dos preços. Essa bandalheira toda acontecendo, e a Governadora vetando o reajuste sob o argumento de que o Estado tem um deficit pouco superior a dois bilhões de reais? Pois que pare de conceder incentivos fiscais a seus amigos empresários; que cobre com todo o rigor os bilhões sonegados e terá um acréscimo de nove bilhões nos cofres. Querer atribuir esse déficit a nós trabalhadores, justamente os únicos que produzem as riquezas deste Estado, é um ato de indignidade que não podemos aceitar!

Resta-nos, pois, fazer uma grande mobilização nos próximos dias. Todos os Colegas devem procurar os Deputados de sua região e exigir coerência. Os políticos do PTB e PDT – que têm em sua sigla a denominação “Trabalhista”, devem ser questionados se estão ao lado dos trabalhadores ou dos grandes empresários. Vamos lotar as galerias da Assembléia tantas vezes que isso for necessário.

Publicado no jornal “Lutar é Preciso” nº 100

16 septembre 2006

OH, INSENSATEZ…

GASTOS COM CCs PERMITIRIAM NOMEAR MAIS 2.114 ESCREVENTES Ao contrário da canção de Tom e Vinicius, de mesmo título, a realidade não é nada estimulante. Conforme tabela divulgada no “Lutar é Preciso” da 1ª quinzena de agosto (pág. 6) a folha de pagamento dos CCs do Judiciário gaúcho atinge, mensalmente, o valor total de R$ 4.787.056,86.
Dinheiro, pra que dinheiro? Esta inocente cifra (qualquer quantia de milhões de reais é coisa banal nos orçamentos públicos), oculta, entretanto, uma perversidade inacreditável. Com ela (considerado o salário básico de um Oficial Escrevente de entrância intermediária: R$ 2.264,52) seria possível nomear (se não estivesse destinada a pagar o luxo de assessorias desnecessárias) 2.114 novos escreventes, sem gastar um centavo a mais do orçamento!
E isto quando a própria administração do TJ admite, na imprensa, faltar cerca de 1.700 servidores para atender à atual demanda de serviço.
É claro que tais vagas não se compõem somente de escreventes (há muitos cargos não providos de Escrivão, Oficial Ajudante, Oficial de Justiça, etc. neste total), mas, como o salário do “rato de cartório” está na faixa média das remunerações do Judiciário, pode-se afirmar, com toda segurança, que a grana gasta com os CCs apadrinhados permitiria nomear todos os servidores necessários e ainda sobraria dinheiro!
O fim do martírio - O que significaria o fim do drama diário de todo nós, o fim das enormes pilhas de processos se acumulando sobre as mesas, das horas extras impagas infindas a que muitos companheiros se submetem, na tentativa de dar algum atendimento digno ao público.
Estariam resolvidas as centenas de casos de servidores deprimidos, neuróticos, acometidos de Lesão por Esforço Repetitivo e outras mazelas que transformam a Justiça Estadual numa fábrica de loucos e inválidos!
Os chefetes autoritários e os apóstolos da Qualidade Total não precisariam mais se preocupar em sofisticar seus métodos de pressão, tortura psicológica e assédio moral, na busca de uma produtividade inalcançável (pois o acúmulo de serviço é resultado da falta de funcionários e não da “vagabundagem” dos servidores).
Um judiciário para o povo - E, sobretudo, a população teria o plena e rápida tramitação de suas demandas judiciais (sem os atrasos e contratempos que entulham os balcões diariamente) além de um atendimento realmente “de qualidade”, feito por funcionários bem humorados e atenciosos e não por sofridas carrancas estressadas.
Entretanto, ao que parece, a prioridade da Administração do Tribunal é outra!
A propósito: ainda que algumas atividades dos CCs possam ser necessárias, nada impede que sejam realizadas por funcionários de carreira, mediante o pagamento de FGs, cujo custo seria bem inferior!

ONDE É MESMO QUE VOCÊ VÊ ISTO TODO DIA?
 Dar tarefas sem sentido ou que jamais serão utilizadas, ou, mesmo, irão para o lixo
 Dar tarefas através de terceiros ou colocar em sua mesa sem avisar
 Controlar o tempo de idas ao banheiro
 Repetir a mesma ordem para realizar uma tarefa simples centenas de vezes até desestabilizar emocionalmente o trabalhador ou dar ordens confusas e contraditórias
 Desmoralizar publicamente, afirmando que tudo está errado ou elogiar, mas afirmar que seu trabalho é desnecessário à empresa ou instituição
 Não cumprimentar e impedir os colegas de almoçarem, cumprimentarem ou conversarem com a vítima, mesmo que a conversa esteja relacionada à tarefa. Querer saber o que estavam conversando ou ameaçar quando há colegas próximos conversando
 Exigir que faça horários fora da jornada
 Mandar executar tarefas acima ou abaixo do conhecimento do trabalhador
 Espalhar entre os colegas que o trabalhador está com problemas nervosos
 Divulgar boatos sobre sua moral
 Controlar as idas a médicos, questionar acerca do falado em outro espaço, impedir que procurem médicos fora da empresa
 Desaparecer com os atestados, exigir o Código Internacional de Doenças (CID) no atestado, como forma de controle
 Colocar um colega controlando o outro colega, disseminando a vigilância e desconfiança
 Usar frases do tipo; “Ela faz confusão com tudo… É muito encrenqueira! É histérica! É mal casada! Não dormiu bem… é falta de ferro. Vamos ver que brigou com o marido!”
As atitudes listadas acima são quotidianas para a maioria dos servidores e se repetem, ano após ano, pelo Estado a fora, tomadas por magistrados, escrivães, chefes em geral, ou até mesmo oficiais escreventes ou quaisquer colegas de mesmo cargo entre si. E por serem tão freqüentes (é difícil encontrar um funcionário que ainda não tenha passado ou pelo menos presenciado qualquer uma delas) acabamos por achá-las “normais”. Ou, no máximo, nos conformamos com o racicínio de que elas fazem do parte do sistema, de que o mundo do trabalho necessita mesmo de disciplina e, por mais aburdos que tais atos possam ser, são exercidos para o perfeito andamento do serviço.
O que a grande maioria não sabe, ou não se dá conta, é que são típicos casos de assédio moral (todos os itens da lista acima foram fielmente reproduzidos do site www.assediomoral.org) contra o qual já existe legislação específica em todo o Brasil, tendo sido recentemente aprovado projeto-de-lei a respeito pela Assembléia Legislativa gaúcha.
O absurdo é que tais atos de opressão e humilhação são tão comuns em nosso ambiente de trabalho que sequer nos damos por conta de seu caráter profundamente opressivo e inaceitável, que atinge o âmago de nossa dignidade não apenas como trabalhadores, mas como seres humanos.
E enquanto aceitarmos esta realidade passivamente, continuaremos a engrossar as filas dos deprimidos, hipertensivos, portadores de tendinite e outros cuja maior doença é o próprio trabalho.

radicalizar é preciso!

Diante das práticas “administrativas” adotados pelo Tribunal, cujo caráter repressivo e dessintonizado das necessidades de servidores e população vem sendo incrementado nos últimos anos (vide o Projeto de Quebra da Estabilidade) só nos resta dois caminhos. Ou nos conformamos com a situação de moleques de internato e o tratamento de cão viralata, ou reagimos à altura dos ataques que o patrão nos desfere.

E o primeiro passo para tanto é se conscientizar da própria opressão.

O segundo é alertar os companheiros próximos e nos organizar, com convicção e coragem como categoria! Não adianta esperar que a direção do sindicato lute, só e sem nosso respaldo, nas instâncias oficiais. É necessário que o Sindjus esteja presente nas veias de cada servidor. E, sobretudo, é necessário que nos ergamos das nossas cadeiras e tomemos as ruas e praças para gritar QUE SOMOS GENTE, de carne e osso, e com DIREITO À DIGNIDADE! 

Porto Alegre, setembro de 2006

GRUPO 30 DE NOVEMBRO

5 janvier 2005

Quem USA a CUT?

Por Valdir Bergmann

A Central Única dos Trabalhadores – CUT - surgiu na década de oitenta com propósitos legítimos: defender os interesses dos trabalhadores nos níveis estaduais e federal. Iniciou com práticas democráticas, porquanto se construir com discussões das bases dos trabalhadores. Dirigida predominantemente por militantes do Partido dos Trabalhadores – PT, a este também serviu, o que também era legítimo, na medida em que as duas agremiações tinham os mesmos propósitos. Os anos foram passando e com eles os embates foram se acirrando. A CUT prestou relevantes serviços à classe trabalhadora.

Atingiu o auge com a eleição de Lula a Presidente. Este, nos dois primeiros anos, frustrou completamente as expectativas de seus eleitores, principalmente da classe trabalhadora. Desperdiçou o maior patrimônio político que possuía: os milhões de eleitores, os quais dispersou, pensando ingenuamente que a faixa presidencial era o suficiente para levar a cabo as grandes transformações que a sociedade estava a exigir. A direção da CUT limitou-se a apoiar formal e burocraticamente seu líder maior.

Pois ambos caíram na mesma armadilha. As elites poderosas de sempre, bem organizadas, tomaram Lula refém de seus interesses. O governo que se pretendia popular e democrático, em nada conseguiu se diferenciar de seu antecessor.A CUT, com o discurso ilusório de que podia promover as mudanças em palácio, igualmente desmobilizou suas bases. Sem o poder real dos trabalhadores nas ruas, transformou-se em força auxiliar-formal de Lula, que se limita a cumprir o receituário neoliberal ditado pelo FMI.

Os trabalhadores, não podemos mais resistir a tanta inércia. Os servidores públicos estão sem reajuste salarial há anos, sob o olhar cúmplice dos dirigentes de nossa ex-combativa CUT.
Temos que reordenar nossas mobilizações. A Coordenação Nacional de Lutas – CONLUTAS - pode ser uma nova esperança. Afinal, para nós, trabalhadores, a CUT é bananeira que já deu cacho.

Publicado no Jornal do Comércio de 05-01-2005, pag. 04

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Um blog para lutar em defesa dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul. Os autores propugnam pelos princípios republicanos; almejam uma sociedade justa

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