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Movimento Indignação

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12 novembre 2008

João Velhaco

Não tenho a menor idéia do porquê, mas o fato é que, desde os tempos de guria da minha avó, rezava a tradição popular que "quarta-feira é dia de namorar". Aliás, remonta já aos tempos da vovozinha a existência, considerável estatisticamente, de um personagem, hoje, cada vez mais raro e menos valorizado (em tempos de "foda" livre e nenhuma liberdade de expressão): a solteirona.

E é para que alguma eventual representante desta espécie, tomada de tédio infinito, possa se divertir um pouco ao terminar esta tarde - quando seus instintos gritam furibundos por vingança contra todos os enamorados que possuem uma felicidade mágica a ela negada - que eu, que há pouco me escapei de permanecer um solteirão, resolvi publicar algo menos árido e agressivo do que as discussões que passam costumeiramente por este "obsceno" blog.

Resolvi, portanto, postar um poema. Mas não um reles poema açucarado, lírico e choroso. Algo que entretenha sim, mas que seja também instrutivo e edificante. E, como eu e a Simone estivemos, ontem, em visita à Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa gaúcha, me lembrei de um velho personagem em cuja homenagem eu e o companheiro Valdir Bergmann escrevemos um poema a "quatro patas", que já publiquei, há alguns meses, no "imoral e injurioso" blog Bira e as Safadezas... Aí vai, portanto, o produto burlesco da nossa imaginação... e da pobre realidade política e sindical do nosso Estado. Antes que alguém se sinta injuriado, e queira vestir a carapuça do seu protagonista, vou avisando: no caso do pelego do poema, qualquer semelhança é mera coincidência.

João Velhaco

Dizem uns, foi em Pelotas,
Outros em Arroio Grande -
Lá pelas bandas do sul,
Nasceu há uns bons trint'anos
O bebezinho João!

Joãozinho, lindo moço,
Tão simpático e envolvente,
Rechonchudinha criança
Desde cedo revelou-se
Um primor de rebeldia!

 

 

Na festa de formatura,
Orador, do pré-primário,
Encantou toda assistência
Com um discurso veemente:
Cola tenaz (não havia
Ainda a super bonder)
Jogar aos cabelos da "tia"
Era um tremendo protesto
Contra os maus-tratos à infância!

Já jovenzinho, criado
Na escola forense da vida,
De pai Oficial de Justiça,
João, embora panfletário,
Da pompa dos gabinetes
Tanto viu-se fascinado
Que integrou-se ao Judiciário.

Mas ao pai que era o exemplo
Joãozinho não suplantou!
Fez-se apenas escrevente
E, rebelde novamente,
Resolveu ser o momento
De fazer algo medonho:
Tornou-se sindicalista
Pra balançar toda gente!

 

 

Greve, passeata, discursos -
Discursos e mais discursos -
João era um temporal!
E da sua boca saia
Não o inconformismo apenas!
Seu palavrório era belo,
Tão lógico, tão perfeito!
João, bonachão gordinho,
Homenzinho sem defeito,
Era a estrela do dia!

Mas, como isso não rendia
Nem um tostão, nem trazia
Fama maior, iracundo,
"Don Juan", gay enrustido,
Na comarca, furibundo,
Frustrou-se e se foi ao mundo.

 

 

Como quando piá havia
Na primeira vez levado
Um tarugo na sua bunda,
Nosso caro Don Juanzito,
"Trespassado" de entusiasmo,
Finalmente descobrira
Como ser "alguém",
Sem ser profundo!

Tornou-se mais contudente,
Relinchou, deu coice, fez-se
Tão intenso e Presidente
Já era do sindicato!
No cargo, traiu, roubou,
Praticou todos conchavos
Que a arte da vigarice
Supõe e, sempre irado,
Aos traídos encantou.
Enrustiu, como enrustido,
Veado ele sempre fora!

 

porcos

 

Até que, em recompensa,
De um bode velho e safado,
Demagogo deputado,
Nos braços foi elevado
Ao gabinete. Assessor,
Hoje a João todos conhecem
E proclamam, com estrondo,
"Um roliço burguês redondo!"

Entre Vila Palmeira e Santa Rosa, 18/19 de setembro de 2004

Ubirajara Passos & Valdir Bergmann

 

*************************************************************

 

 

Nossas reverências ao poeta e político Ramiro Barcelos, cujo poema Antônio Chimango transmitiu o seu espírito, inconscientemente, ao nosso João Velhaco, na época em que o escrevemos.


movimento INDIGNAÇÃO

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12 novembre 2008

Manhã transfigurada

                 Bom dia!

                 Hoje é dia de Santa Inquisição novamente! Chegou a vez de ouvir aqueles que vão testemunhar contra mim, aqueles que leram este blog e, exercendo um direito de representação personalíssimo, resolveram representar em nome do presidente do Tribunal, como se fossem mandatários daquele. Aliás, não foi nem em nome do presidente, foi em nome do Tribunal, mesmo. Preparem-se, juristas do mundo inteiro, para a criação de um novo instituto jurídico: o crime contra a honra de um prédio. Sim, o prédio da Borges e /ou o prédio da Praça da Matriz sentiram-se ofendidos com as nossas denúncias aqui no blog! Inacreditável, não é mesmo? E pensar que dizem que objetos inanimados não têm alma!!! Ah, se aquelas paredes falassem!

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                        Gostaria de lembrar aos queridos leitores que enquanto eu estou suspensa, os parentes continuam lá; não se teve ainda notícia da saída da querida Neka, Maria Teresa Nedel Duarte, secretária CC; também não li ainda no Diário a saída da Mileskinha, do Gervásio, da Mônica, da Ana Lia Vinhas Hervé e seu filhote Rodrigo, muito menos do filho do conselheiro João Osório, o nepote Marcelo Albarello Martins. Pô, Des. Voltaire, quer dizer que o senhor não sabia de toda essa gente?

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                Quer dizer que eventualmente algum nepote pode ter sido contratado? Ai, que falta de ar self me dá tanta inverdade! E, para completar, fui chamada de incompetente pela Dra. Scalzilli aqui no próprio blog. Quem não lê os comentários às nossas crônicas está perdendo o melhor da festa. Leiam os comentários, gente! Tem um ali, fresquinho, em que a Dra. Scalzilli me chama de incompetente. É risível... porque, ao que parece, competente deve ser a irmãzinha dela, que é secretária CC, uma aberração jurídica!

              Não preciso provar a minha competência para ninguém. Até porque, reconheço - sou uma péssima empacotadora de teclados lá na Informática. Reconheço. Se entrei pela porta da frente e mesmo assim sou incompetente, então alguma coisa está errada com o concurso do Tribunal. Foi isso o que a senhora quis dizer, Desembargadora? Por favor, esclareça; o espaço é todo seu. Esclareça, também, como anda o recurso de sua irmã no STF, cuja informação trago a seguir. O populacho quer saber por que a Súmula 13 do STF não se aplica ao Egrégio Tribunal de Justiça Gaúcho.

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               Este blog é democrático: aqui não temos conchavos maçônicos, publicamos tudo o que mandam, não censuramos nada nem ninguém, e ainda damos direito de resposta. Aguardamos sua nova manifestação, desembargadora.

              E por falar em nepotismo, vou deixar uma belíssima poesia do meu tio. Aliás, para quem não sabe, ele é Procurador de Justiça concursado, óbvio, e aposentado, hoje Imortal da Academia Brasileira de Letras (o primeiro gaúcho que entrou). Usufruam da "mediocridade literária" da família Nejar, que não precisa de favores. "Somos todos concursados" é o nosso lema:

Giordano Bruno fala aos seu julgadores

Carlos Nejar

 
Não é a mim
que condenais.

Nada podeis
roubar-me.
A verdade sofreu
e eu sofri
no grão dos ossos.

A vida não me veio
para mim.
E servirei de vau
a seu moinho.

Não cedo
o que aprendi
com os elementos.

Prefiro o fogo,
à vossa complacência.
E o fogo não remói
o que está vendo.
Abre flancos
no avental
das cinzas esbraseadas.

O fogo
de flamejante língua
e sem coleira:
morde.
E  testemunha
sem favor dos anjos.

Não é a mim
que condenais.

A  Inquisição
vos fragmentou
e ao vosso juízo.

A ciência toda
é aparência de outra
que nada em nós
como se fora água
do coração.

Eu me fiei
ao universo
e sou janela
de  harmonia
indelével.

Não vos julgo.

O que se move
é a história
no caule da fogueira.

Sou de uma raça
que procede do fogo.

Não podereis calar-me.

             Tenham todos um bom dia!   

12 novembre 2008

Denúncia das perseguições à Anistia Internacional e aos Repórteres sem Fronteira

O Movimento Indignação, cada vez mais indignado e descrente nos órgãos do oficialismo estatal brasileiro, após contatar a Conlutas e a OIT, prosseguiu, na madrugada deste dia, denunciando, às entidades internacionais de defesa da liberdade e dos direitos humanos, a sanha raivosa e fascista do patrão, empenhada em calar a boca e manietar os braços e as mentes dos trabalhadores da justiça gaúcha, pelo exemplo da decaptação política e do banimento sócio-econômico dos companheiros Bira e Simone.

Apesar dos motivos alegados pela administração do TJ e pela corregedoria, todos sabemos que não é a simples defesa da hipocrisia moralista e "educada" a causa principal da perseguição contra as duas principais figuras públicas do Indignação, mas sim a necessidade de dar o recado intimidatório a todo servidor que ainda preze sua dignidade e a capacidade de pensar e possa se revoltar, exercendo legitimamente a reivindicação e a contestação, com as condições inumanas de trabalho e salário que padece há décadas (e que só recrudescem cada vez mais): "Olhem bem o que fazemos com os revoltados! Não ousem pensar, e, se ousarem, nem pensem em falar, nem reclamar publicamente, porque gente mal-educada como estes ativistas sindicais pra nós só tem um destino: nós os demitimos e banimos do sacrossanto judiciário para que cessem de macular a pureza do poder com seus protestos!".

Pois é para que este tipo de intimidação autoritária e descabelada não fique circunscrita às fronteiras do galinheiro do Luís Inácio, que acabamos de postar denúncia semelhante às demais enviadas ontem perante a Anistia Internacional e a organização "Repórteres sem Fronteira".

11 novembre 2008

Movimento Indignação denuncia perseguição do Tribunal à OIT e Conlutas

O Movimento Indignação acaba de levar ao conhecimento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) - órgão da ONU encarregado das questões referentes às relações  entre patrões e peonada, a retaliação brutal que os companheiros Bira e Simone estão sofrendo por defenderem a decência, a liberdade de imprensa e o fim dos privilégios. Foi encaminhada, igualmente, denúncia à Conlutas. Segue abaixo o texto enviado à OIT, que só diverge do destinado à central combativa e classista na introdução formal:

O Movimento Indignação, fração de oposição do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul – Sindjus-RS, vem perante a Organização Internacional do Trabalho requerer providências por violação da liberdade sindical e do direito de organização praticada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, República Federativa do Brasil, consubstanciado na intimidação, mediante processos disciplinar ilegal e ilegítimo dos sindicalistas do setor público, abaixo nominados, em razão do exercício de suas atividades sindicais, que fere as convenções 87, 98 e 151 (especialmente), conforme narrado a seguir.

Os sindicalistas Ubirajara Passos e Simone Janson Nejar, servidores concursados e representantes de local de trabalho, respectivamente, do Departamento de Informática do Tribunal de Justiça e da Contadoria da Comarca de Gravataí, setores do Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul, República Federativa do Brasil, estão sendo retaliados, e ameaçados de demissão de seus cargos públicos, em razão de terem denunciado, através do blog do Movimento Indignação (corrente de oposição interna do Sindjus-RS - Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, de que são militantes), cujo endereço é grupo30.canalblog.com, e do blog pessoal de Ubirajara Passos, upassos.wordpress.com, a prática ilegal de nepotismo no Tribunal de Justiça, bem como por se manifestarem contra o arrocho salarial e a falta de condições de trabalho sofridos pela categoria (em cujos quadros há mais de 1.800 cargos vagos não providos há anos).

A sindicalista Simone denunciou, não somente no referido blog (que é o site oficial do movimento Indignação, nele publicando artigos os sindicalistas Ubirajara Passos, Simone Janson Nejar e Valdir Antônio Bergmann), mas através de ação popular impetrada no Supremo Tribunal Federal, a lista de ocupantes de cargos em comissão parentes de juízes e desembargadores, cuja presença neles constitui infração à Súmula 13 da suprema corte brasileira, assunto este que vem sendo coberto pela imprensa local e nacional.

Como resultado, e a pretexto de utilizarem nos artigos por eles assinados, expressões injuriosas, caluniosas e difamatórias às autoridades públicas e ao Poder Judiciário, a administração do referido tribunal, através da 2.ª vic-presidência, e da Corregedoria-Geral de Justiça, abriu processos administrativos contra Simone e Ubirajara, suspendendo-os de seus cargos, "preventivamente", e enquadrando-os no dispositivo da Lei Estadual 5256/1966, promulgada durante a ditadura militar, que permite a demissão de trabalhadores públicos em razão de "referência injuriosa, caluniosa ou difamatória à Justiça, autoridades públicas, ás partes e a seus advogados" (art. 757, VI, d) - artigo este eivado de completa inconstitucionalidade frente ao art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada por ocasião da restauração democrática em 5/10/1988, que garante a liberdade de expressão.

Apesar do pretexto legalista e autoritário do "crime de opinião", que é mero expediente para demitir os sindicalistas, os processos objetivam realmente é intimidar e calar as vozes críticas dos membros do movimento sindical referido e dos militantes sindicais do poder judiciário do Rio Grande do Sul. Não por acaso foram iniciados logo após a denúncia, no blog do movimento, de contratação irregular de empresa de manutenção de ar condicionado em que consta como sócio o irmão do Presidente do Tribunal de Justiça, pelo Poder Judiciário. As manifestações "injuriosas" são expressões e frases de efeito dos artigos publicados pelos sindicalistas nas denúncias referidas.

No caso do sindicalista Ubirajara Passos, a sanha persecutória chega às raias da insanidade, da malícia e do pior preconceito sócio-cultural. Militante do Sindjus-RS há mais de 17 anos (desde 1991), Ubirajara Passos ocupou neste período os mais diversos cargos de dirigente sindical, como representante de local de trabalho, 3º e 4º Vice-Presidente do Sindjus-RS, membro do Conselho Deliberativo, do Conselho Geral e Coordenador do Núcleo Regional da Grande Porto Alegre, na referida entidade, possuindo  grande liderança e popularidade entre os servidores do judiciário, de há muito, tendo sempre se manifestado e atuado com a maior combatividade e radicalismo pelos direitos trabalhistas da categoria, sem quaisquer hipocrisias e de forma contundente.

Para disfarçar a perseguição política escancarada, entretanto, o Tribunal de Justiça embasou o processo administrativo a pretexto da publicação, no blog pessoal do sindicalista, de uma crônica satírica que expõe o ridículo de norma que determina à segurança do palácio-sede do poder a coibição de "encontros excessivos de namorados" (de suposta natureza sexual), se utilizando de palavras "chulas" (termos sexuais na linguagem popular). O referido blog, em que Ubirajara publica desde comentários políticos a poemas de sua autoria e ensaios antropológicos e políticos, possui em seu conteúdo toda a sua obra literária, na maior parte impublicada, mas a portaria que instaurou o processo visando sua demissão, classifica seu conteúdo de "obsceno", em clara imputação preconceituosa e moralista, de cunho patriarcal e conservador, e em evidente tentativa de desqualificação da liderança e do discurso político e sindical de seu autor.

Anexamos manifesto lançado pela corrente sindical referida, em apoio aos trabalhadores perseguidos e moção de repúdio do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Rio de Janeiro sobre o caso.

Porto Alegre, 28 de outubro de 2008

Valdir Antônio Bergmann

Mílton Antunes Dornelles

Ubirajara Passos

Simone Janson Nejar, pelo

Movimento Indignação (organização de oposição do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul/Sindjus-RS)

10 novembre 2008

Estamos no You Tube!!!

http://www.youtube.com/watch?v=aNDmAtOxHpg

Vai lá, dá uma conferida e espalha por aí, colega!

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10 novembre 2008

Da série: literatura a uma hora dessas???

     LA VENDETTA È UN PIATTO CHE VA SERVITO FREDDO ! 

            Para preparar um bom prato de vingança, há que se ter a pimenta preparada de véspera. No pior momento de dor, tome um vidro novo e encha três quartos de sua capacidade com pimenta malagueta, de preferência do quintal do vizinho, que é mais vermelha. Convém fazer uns talhos nas pimentinhas para que elas melhor absorvam o líquido. Depois é completar com vinagre de boa qualidade, e deixar tomando gosto. Esqueça do frasco, de preferência, na geladeira, para que, no momento em que começarem a esquecer, você tenha a pimenta à mão, bem ardida, para preparar a vingança.

            Agora vamos aos conselhos: vingança não se prepara no dia, para servir quentinha, à mesa. O princípio do arroz e do suflê não serve também para este prato: o arroz e o suflê não esperam pelos convidados, devendo ser servidos quentinhos, assim que saírem da panela e do forno, respectivamente. No nosso caso, pelo contrário, a vingança espera, pacientemente, pelo comensal. Será servida fria, logo depois da sobremesa, para tirar o doce da boca de quem a saboreia. Neste caso, o doce passará à boca de quem preparou o prato. A isso chamamos de transferência gustativa.

           Não queira, portanto, oferecer este prato no calor da demanda, na ira dos ânimos arrevesados, porque a indigestão será quase certa. Em qualquer caso, não deixe de usar um pouco de tempo para condimentar o acepipe. Sem ele, a vingança se revestirá de um caráter de resposta imediata, o que poderia comprometer o sabor do prato, podendo não ser bem assimilado. Daí a necessidade de se macerar bem a vingança com um bocado de tempo, deixá-la tomando gosto, até porque o prato original, servido com estilo, tem um toque de sabor pedagógico.

         Pedagogia, assim, é um dos componentes do sabor que vingança oferece. Quem a degusta acaba por entender o porquê da necessidade do uso do tempo e da pimenta; poderá usar todos os sentidos para compreender que a atitude que ensejou o preparo da iguaria teve lá a sua razão de ser. Ninguém serve vingança por nada. A ofensa prévia, desta forma, é um pré-requisito degustativo. E sempre há que se aprender um pouco com tudo, até com a vingança. Aprende quem degusta, aprende quem serve. Muito temos a aprender com o inimigo, e, como já dizia minha avó, “pimenta nos olhos do outro é refresco”, e “o saber não ocupa lugar no espaço”. Que Deus a tenha.

         Pronto, citada a vovó, explicitada a pedagogia, a epistemologia e tangenciada a escatologia da coisa, ainda podemos tergiversar um pouco sobre este prato incrível, unilateralmente delicioso, chamado vingança. Além da pimenta, que vai curtindo aos poucos, enquantos os ânimos acirrados se vão serenando (jura!), um punhado de tempo (punhado é o que cabe na mão, para quem não entende de termos culinários) e uma pitada de pedagogia (pitada é o que cabe entre dois dedos) sempre darão sentido à vingança. E só quem sabe usar o tempo a seu favor é capaz de dosá-lo corretamente. Embora seja apreciada fria, uma boa dose de uísque pode dar um certo glamour ao prato. Use-o para flambar diretamente na travessa. Sem exageros, por favor.

        Por fim, falemos na apresentação da iguaria. Como primeiro comemos com os olhos, a apresentação do prato é fundamental. Capriche nos detalhes visuais, sirva sobre toalhas de renda, valorize afinal o seu trabalho. Vingança bem preparada, afinal de contas, dispensa maiores comentários. Bom apetite!

Boa semana a todos... minhas pimentinhas já estão de molho!

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8 novembre 2008

Marisa e as empadas

           Engana-se quem pensa que eu só vou bater na tecla do nepotismo; na verdade, como sabiamente já disse o filósofo-e-tarado Bira, o nepotismo é só a ponta do iceberg. E isso me dá uma falta de ar self danada, gente! Tanta transparência já deixou à mostra os fundilhos do Egrégio... então, enquanto aguardamos ansiosamente as demais exonerações, vamos falar em assédio moral, este velho conhecido nosso, que faz com que tenhamos de andar de bota dentro do prédio!

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          Existe uma lei complementar estadual, a Lei 12.561/2006, que diz o seguinte:

            Art. 2º Considera-se assédio moral, para os fins do disposto nesta Lei Complementar, toda ação, gesto ou palavra que, praticados de forma repetitiva por servidor público, no exercício de suas funções, vise a atingir a auto-estima e a integridade psicofisica de outro servidor, com prejuízo de sua competência funcional.

    Parágrafo único - Evidencia-se o assédio moral a servidor público quando:

  1. forem-lhe impostas atribuições e atividades incompatíveis com o cargo que ocupa ou em condições e prazos inexeqüíveis;

  2. for ele designado para exercer funções triviais, em detrimento de sua formação técnica;

  3. forem-lhe tomadas, por outrem, propostas, idéias ou projetos de sua autoria;

  4. forem-lhe sonegadas informações que sejam necessárias ao desempenho de suas funções;

  5. forem contra ele praticadas ações, gestos ou palavras que denunciem desprezo ou humilhação, isolando-o de contatos com seus superiores hierárquicos e com outros servidores; e

  6. forem-lhe dirigidos comentários maliciosos, críticas reiteradas sem fundamento, ou houver a subestimação de esforços que atinjam a sua dignidade." (grifo meu, para lembrar que trabalho empacotando teclados e que sou "doutora", nota dez no exame da OAB em 1998)

            Existe, também, o Ministério Público do Trabalho, local onde está a denúncia que o Movimento Indignação fez sobre o vilipêndio à Lei Complementar 10.098 e à Constituição Federal. E existe, também, o sindicato.. peraí.. cadê o sindicato? Ah, ta organizando o baile... então tá. Por que não disseram logo?    

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           E por falar em assédio moral, hoje fiquei sabendo como é gentil e cordial a Desª  Marisa Santos, do Juizado Especial Federal de São Paulo. Dirigindo-se aos cães, perdão, aos servidores, ela pode servir de exemplo para todos: exemplo de como assediar moralmente os funcionários do cartório. Observem a transcrição da gravação que os colegas paulistas fizeram de um dos habituais "desabafos" da Dra. Marisa:

          "Vocês são péssimos! Agora, isso aqui que aconteceu é uma ação orquestrada, e eu sei por quem... por um imbecil que orientou as três comadres a não colocarem azeitona na empada da Dra. Marisa, das Marisas e da Marli Ferreira, mas eu quero avisar pro imbecil o seguinte: as nossas empadas têm recheio suficiente, ta certo?"   

           Em outra passagem, ela vai além:

           "Se tivesse prova de dignidade no concurso várias pessoas que estão aqui não teriam passado"

          Aí, Senhora Desembargadora, sou obrigada a concordar. A senhora mesmo, se tivesse sido submetida a uma avaliação psicológica mínima, também não teria passado. Realmente!

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          Pelo jeito, a Desembargadora é chegada numa empadinha; e o Sintrajud, por sinal, mostra que sabe defender a sua categoria, ao contrário de certos sindicatos pelegos, não é? Já sei, já sei: estão organizando o baile. Como eles querem dançar mesmo, tudo bem...

           Mas se os leitores pensam que eu vou ficar só na empadinha paulista, estão enganados; a verdade é que há muitas empadas por aqui, principalmente dentro do M.I.J. Como exemplo, cito várias chefias insanas, cujos prontuários médicos desfiam rosários intermináveis de CID F 33.2 (psicose maníaco-depressiva ou transtorno bipolar). Todos conhecemos as lendárias figurinhas! Há quem tenha mania de perseguição, há quem grite tresloucadamente, e há quem pense que é dono do campinho.

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          A velha mania de tratar o Tribunal como a própria casa faz com que dinastias inteiras de nepotes dominem o pedaço; aliás, fiquei sabendo que existe um Departamento que foi criado apenas para empregar os filhos dos desembargadores, que, rebeldes, trocaram o Direito pela Engenharia. Lamentável, isso. Dizem que naquele local está saindo CC pelo ladrão, e que continuam pendurados nas vigas! Que cabidão concreto de emprego, né? E, como corolário lógico, o belo prédio administrado pelos nepotes nem mesmo habite-se tem. Mas segunda-feira irei à SMOV ver como andam as coisas em relação àquele prédio. Falta o habite-se lá, mas sobra o tempo aqui, ufa...

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          E por falar em tempo, acho que vou preparar umas empadinhas para o fim de semana. Bem recheadas, por sinal. Voltaremos!

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7 novembre 2008

SBT RIO GRANDE 06/11

CONTRA O NEPOTISMO!

Acesse o programa pelo link abaixo:

http://cwaserver.no-ip.org:81/download/tv/06112008-125605-sbt.wmv

Viu, gente? Não é só o Marquinho que aparece na TV, brincando de forte apache. Eu também apareço, fazendo bum, bum, bum, nos bandidos.

6 novembre 2008

ABRACADABRA!

           E amanhã é a vez da Santa Inquisição interrogar o companheiro Bira. O 31 de outubro já passou mas o Halloween continua no Judiciário. Por isso, vamos nos encontrar defronte ao Palácio da Justiça, na Praça da Matriz, a partir das 13h 30 min, para dar um apoio moral e de quebra ainda fazer um despacho bem feito por lá. Vamos apoiar o nosso Boca do Inferno, porque, se o Eros Grau pode, o Bira também pode!

         Bira, deixo aqui pra ti alguns trechos da obra Triângulo no Ponto, do Ministro Eros Roberto Grau:

         “Vânia tinha uma válvula de sucção no lugar do sexo e soltava sonoras flatulências vaginais pós-coito. (...) Pedia-me, enquanto nos amávamos, que inventasse estórias sobre ela mesma estar    sendo possuída por mais de um homem, concomitantemente, dois ou três ocupando todas as suas frestas... (pag. 25)
         " Sílvia se faz de besta, finge que não é com ela, mas tome beijo na boca, goza, de repente estão os dois estão em uma loja, vestidos, compram umas gravuras, o sujeito que relata o sonho encoxa Sílvia, Sílvia sente a coisa de Xavier entre seus dedos, agora é a coisa do outro, um ferro em brasa... (pag. 51)

        (Gente, fiquei envergonhada só de copiar e colar isso aqui...)

       Portanto, Bira, segue o conselho da Suplicy, meu caro...  porque o exorcismo fica por nossa conta!

Abaixo, segue a foto do tarado do Poder Judiciário!

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6 novembre 2008

Jornalismo de verdade!

Do site Vide Versus de Hoje... colocar o link é pouco! É preciso copiar e colar!

Conselheiro João Osório também é um nepotista, com filho no Tribunal de Justiça

João Osório, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, é outro nepotista influente no Estado. Ex-deputado estadual pelo PMDB, ele colocou seu filho, Marcelo Albarello Martins, empregado no Tribunal de Justiça gaúcho, como assessor de desembargador. O nepote Marcelo Albarello Martins estava empregado como CC, no cargo de secretário do desembargador Luis Augusto Coelho Braga, Padrão 3.2.10, até o dia 27 de novembro do ano passado, quando foi exonerado pelo Boletim nº 21.758. Mas, no mesmo dia, o feliz nepote Marcelo Albarello Martins foi readmitido, agora no Padrão 3.2.11, para exercer, junto ao mesmo desembargador Luis Augusto Coelho Braga, o cargo de assessor de desembargador.

O conselheiro João Osório Ferreira Martins é um homem feliz. Começou na vida como um cabo da Brigada Militar (polícia militar do Rio Grande do Sul), onde chegou até sargento. E hoje está garantido, com a pensão de marajá que conseguiu assegurar como futuro aposentado do Tribunal de Contas. Amanhã os leitores de Videversus saberão um pouco sobre o patrimônio do conselheiro João Osório. Enquanto isso, segue sem explicação a manutenção no Tribunal de Justiça da nepote Aline Mileski, filha de Hélio Saul Mileski, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul.

Presidente do Tribunal de Justiça gaúcho baixa ato sobre a prática de nepotismo

O desembargador Arminio José Abreu Lima da Rosa, presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, assinou nesta quarta-feira o Ato nº 040/2008-P que regulamenta na Justiça gaúcha a aplicação da Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal, a qual ratifica a vedação à prática de nepotismo no Poder Judiciário introduzida anteriormente pelo Conselho Nacional de Justiça pela Resolução nº 7/2005. Para o chefe do Poder Judiciário, “trata-se do início do cumprimento da promessa de extinção de cargos de confiança, e se pretende extinguir outras, dentro do princípio de que a via de acesso é a competição aberta a todos, sem distinção”.

Os servidores indicados para cargo em comissão ou detentores de função gratificada deverão indicar em Declaração a existência ou a inexistência de relação familiar ou de parentesco com magistrado ou servidor investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento no âmbito: do Poder Judiciário Federal, do Estado do Rio Grande do Sul, de outros Estados e do Distrito Federal, ou, ainda, com agente político ou servidor investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento integrante da Administração Pública direta ou indireta dos Poderes Legislativo e Executivo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive Ministério Público e Tribunais de Contas. O Ato do Presidente do Tribunal de Justiça atualiza o texto das declarações já realizadas pelos servidores desde 2000. As declarações deverão ser renovadas sempre que houver alteração da função ou do Cargo em Comissão, ou, ainda, da lotação. Para conhecer a íntegra do Ato, clique no link a seguir. http://www.tj.rs.gov.br/site_php/noticias/mostranoticia.php?assunto=1&categoria=1&item=73462 . Reina uma tensa curiosidade no Tribunal de Justiça gaúcho para saber como preencherá a declaração a secretário do desembargador presidente Armínio José Abreu Lima da Rosa, chamada Ester Lopes Peixoto.

(Nota minha: perguntem à Paula Louca, ela que contava pra todo mundo essa história! E pensar que foi o Presidente que arrumou a FG pra ela. Bah, que feio, Paula, cuspir no prato que comeu! Sempre me pareceu pouco ético de sua parte, mas, enfim, seu apelido não nasceu por acaso, né?)

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Um blog para lutar em defesa dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul. Os autores propugnam pelos princípios republicanos; almejam uma sociedade justa

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