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21 décembre 2011

PLANO DE CARREIRA: a visão dos servidores do interior

Reproduzimos abaixo matéria que nos foi encaminhada para publicação pelo companheiro Régis Pavani, do DRH:

"Recebi recentemente, do pessoal do 1º Grau, 'e-mails' com manifestações em viés histórico da categoria. Mesmo correndo o risco de parecer fora de moda, selecionei as reflexões sobre o PCS que mais me chamaram a atenção pela importância dada à questão da ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO e da ORIENTAÇÃO PELO INTERESSE PÚBLICO, que deve presidir toda nossa ação. Cabe lembrar do colega Sadao Makino, mais antigo representante sindical em atividade do prédio do TJ, que sempre se pautou por tais princípios e agora se encontra em desvio de função, atuando do outro lado da cidade, em situação de constrangimento inadmissível dele e de todos nós. Resumindo o que trazem os companheiros, que transcrevo a seguir, é que nem sempre os administradores de plantão se movem por aqueles valores, mas não só é possível, como necessário, é obrigação de cada coletivo de servidores nunca perder de vista a ética e o interesse público. Chefia que assim age, lidera e protege seus liderados, caso contrário, não passa de preposto interventor. Leiam!

Régis Pavani, Analista de Sistema, DRH-REGPESS" 

 

"Caros colegas"

 Bem colocadas e oportunas as palavras do colega e amigo, brioso Distribuidor-Contador, Adalberto Paulo Klock que, muito embora mais novo na idade e na carreira, muito bem encarna a alma de uns poucos companheiros que vivenciaram grandes momentos de coesão dessa classe, hoje, em sua esmagadora maioria, dispersa e sem qualquer norte, absolutamente incapaz de reagir a qualquer desmando ou pressão.

O Adalberto, não sei, mas talvez tenha vivido os estertores de uma velha era no Judiciário; tempo do qual eu, como outros tantos companheiros e colegas haverão, saudosos, de recordar como uma fase de fraternidade, respeito,valorização profissional e pessoal.

As amizades sobreviviam aos galões, às promoções e às glórias pessoais. Os problemas de alguns, eram os problemas de todos. Não era praxe simplesmente atirar as broncas no colo do primeiro que aparecesse, dar as costas e ir embora. O Escrivão não chefiava só no nome - assumia a responsabilidade e fazia com que seu Oficial Ajudante e seus oficiais escreventes soubessem que sempre poderiam contar com ele. Havia divisão de responsabilidades e respeito aos limites de cada um.

Juiz e escrivão discutiam em gabinete, batiam boca, discordavam, debatiam. Nem por isso deixava de haver mútuo respeito e admiração.

Já estive várias vezes nesse tipo de situação. O trabalho nunca saiu perdendo com isso. Ao contrário, se fortaleceu, assim como a nossa amizade, que dura até hoje, muitos anos depois de termos trabalhado juntos. O trabalho só teria perdido se eu, desanimado e envergonhado pela minha própria sabujice, me submetesse a ser um mero capacho, o que hoje, nos moldes do que se pretende implantar, um debilóide aterrorizado pela idéia de perder uma FG.

A vingar tudo o que está no horizonte, que me arranquem do cargo, me encostem em qualquer canto, mas a esse perfil nunca me prestei e nunca vou me prestar!

O ser humano é um ser pensante, um realizador. Tornem-lhe um autômato e lhe roubarão a essência de viver!

 

Marco Aurelio Ricciardi Weber, Escrivão - Comarca de São Gabriel - Segunda Vara Cível / Juizado da Infância e Juventude

 

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Eu já muitas vezes tenho dito que a desvalorização dos servidores é oriunda dos próprios servidores, por vários motivos. O primeiro deles é a alienação. Ou seja, a não-percepção do que ocorre à sua volta. Acredito, inocentemente, que isso se deva ao excesso de serviço e a pressão imprimida em nossas funções - sem tempo para respirar, quanto mais para pensar. A segundo deles é a omissão. Os servidores do Judiciário ficam sempre esperando que os outros façam por eles.

[...] o projeto terminará com as chefias por concurso, virando tudo CCs e FGs dos Magistrados. Talvez até isso seja bom, pois já dizia Trotski, as vezes as pessoas precisam mais de um pé na bunda, do que um afago nas costas. Quem sabe se perdemos muito, talvez venhamos a pensar em mudar tudo.

Poderia entretanto arrolar muitos outros: medo, covardia, preguiça, servilismo etc.

O projeto de PCS proposto é um achaque contra a sociedade e especialmente contra os servidores, é um retorno ao mais retrógrado dos centrismos de poder, coisa que desde o Dec. 200/67 já se combatia e na CF/88 se pôs a pá-da-cal.

Colega, aceitar esse PCS é aceitar que nós, servidores, realmente perdemos totalmente nossa autonomia, mas especialmente perdemos nossa finalidade na sociedade. E de agora em diante ficaremos totalmente vassalos dos juízes, sem qualquer possibilidade de fazer ou cumprir com a missão que a sociedade credita a nós, que é servir ao público, pois serviremos aos juízes, não ao público - o centralismo de poder foi uma das doenças que apodreceu a sociedade pré constituição de 1988. 

Será, também, o fim dos direitos dos servidores, pois se há um medo atroz de paralisar ou exigir direitos hoje, imagina como será quando os juízes puderem remover de plano, transferir, tirar vantagens e direitos. Quando isso estiver em vigor, realmente nós não poderemos mais pretender nenhuma conquista - só o retrocesso existirá para o geral da categoria.

[...] Para aqueles que gostam do servilismo, e aqueles que têm dobradiça na coluna e nenhum respeito próprio, eu acredito que o PCS proposto pelo presidente Léo Lima seja muito bom, pois conquistarão espaço e vantagens que os "não queridos" nunca terão. Porém, esse tipo de administração não é administração pública, é justamente o tipo de administração que a CF/88 tentou terminar, apagar da história, mas pelo que se vê do PCS há muitos que são saudosistas do ancião regime do Brasil. E o pior, há inclusive muitos incautos ou desprovidos das lições da história que ainda os defendam.

 

Adalberto Klock - Foro de Três de Maio, Cartório da Distribuição e Contadoria

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J
"A APROJUS encaminhou hoje, dia 20 de dezembro de 2011, a Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Administrativos, o ofício n.º 342/2011 solicitando o reajuste do auxílio-refeição.<br /> <br /> Anualmente, o auxílio-refeição é reajustado, a pedido da APROJUS, com base no IGPM (conforme dispõe a Lei Estadual n.º 11.250/98).<br /> <br /> Até o mês de novembro de 2011, o IGPM acumulado estava em torno de 5,22%."<br /> <br /> http://www.aprojus.org.br/index.php?go=news&uid=757<br /> <br /> E nós, vamos ficar esperando passivamente até março a iniciativa do Tribunal, correndo o risco de não termos nenhum reajuste, como já aconteceu, ou nosso Sindicato vai lutar desde já pela equiparação com o auxílio-refeição do MP?
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Um blog para lutar em defesa dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul. Os autores propugnam pelos princípios republicanos; almejam uma sociedade justa

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