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24 juillet 2007

DIREÇÃO PELEGA DO SINDJUS FOI AO TRIBUNAL COM OS BRAÇOS ESTENDIDOS E VOLTOU DE MÃOS VAZIAS!

Como eu já havia previsto no último comentário (e qualquer moleque que recém aprendeu o be-a-bá concluiria) o resultado da audiência dos intimoratos pelegos da direção do Sindjus-RS com o Presidente do Tribunal de Justiça foi nenhum!

Conforme notícia divulgada no site do sindicato, no final do expediente (e que parece ter sido redatada pelo fedelho que estuda o be-a-bá), “os dirigentes da entidade entregaram ao Desembargador Leal um ofício com as perdas salariais da categoria e colocaram a necessidade de um reajuste” (grifo nosso). Ao que o Marcão respondeu que “mandará um projeto à Assembléia Legislativa depois que o Conselho de Política Salarial do órgão fizer um estudo a cerca do índice de reposição para os servidores do judiciário“, e que “mandará o projeto ainda este ano para o Legislativo estadual.”

*Dinheiro, pra que dinheiro?
Ou seja, a nossa cordada diretoria foi devidamente enrolada e tem a cara de pau de assumir o fato publicamente. Cabe perguntar: que estudo pretende a administração do Judiciário fazer a respeito das perdas? Por acaso investigará se estas realmente montam a 44%? quem sabe são inferiores a este índice? (o mais provável em se tratando de uma gestão que privilegia os interesses da refinada magistratura, em detrimento da peonada de bolsos furados que sua nos cartórios e na entrega de mandados) Ou são bem maiores? (esta hipótese só é plausível se Cristo aparecer nos céus amanhã, em horário nobre)

Não é preciso pensar muito (coisa que poderá lesar os cérebros dos nossos dirigentes pelegos, devido ao esforço repetitivo) para concluir que os tais estudos prévios se resumem a inventariar os cofres do Judiciário para se ver se, contemplado o projeto que vincula os salários dos juízes gaúchos aos “subsídios” dos ministros do Supremo Tribunal Federal (propiciando aumentos de até 60% nos vencimentos dos nossos pobres magistrados) e a política de arrocho da governadora Yeda Crusius, sobrará algumas moedinhas para a diversão dos servidores da justiça. E nada mais vago do que a promessa de que o reajuste será enviado “ainda este ano” (de que já decorram quase sete meses), enquanto a inflação corrói, como camundongos, o poder aquisitivo dos servidores. Que não vêem um centavo de reposição há mais de três anos! Mas os nossos dirigentes sindicais apresentam este resultado como uma façanha e comemoram a conquista que foi a “quebra do isolamento” do sindicato, com a realização da produtiva audiência.

Qualquer direção sindical que se preze teria, no mínimo, diante desta resposta, exposto a indignação dos servidores com a desvalorização cada vez maior e progressiva de seus salários e estaria convocando a categoria a exercer pressão pública e forte pelo envio imediato de reposição que contemple a inflação decorrida desde 2004. Mas os ilustres pelegos cutistas não tecem o menor comentário a respeito da posição do TJ, mantendo-se educadamente neutros, o que corrobora os argumentos patronais.

Chegaram mesmo (e ainda admitem!), segundo a notícia, a utilizar como argumento para solicitar o reajuste o fato de que “mais de 50% da categoria não está recebendo mais a URV, o que rebaixa ainda mais os salários”. Ou seja, admitem que a indenização de direitos impagos (e legalmente incontestáveis) há mais de uma década, que deveriam ser ressarcidos de uma única (ou, no máximo algumas) parcela, seja utilizada como forma de tapar o rombo orçamentário (decorrente da inexistência de reposição) dos servidores e respectivas viúvas e viúvos (que muito companheiro morreu desde 1994, o ano em que ocorreu o expurgo na conversão dos salários para Real, sem ver a cor do dinheiro), em troca de reajuste!

*Ei, você, aí, me dá uma promoção aí!
O restante da reunião é de uma monotonia e imprecisão de dar dó! Conforme a notícia, “Além da questão salarial, os dirigentes falaram do plano de Carreira” e “Leal disse que o órgão está estudando o tema” (o que chega a ser deboche, pois, nos últimos treze anos, duas comissões oficiais, uma das quais eu fui membro - representando o Sindjus, em 1994 -, e um especialista da UFRGS elaboraram três versões diferentes de plano, todas engavetadas pelo TJ) e “reconheceu (sic) a defasagem de 1.612 cargos nas primeira e segunda instâncias do Judiciário” (sem apresentar, evidentemente, nenhuma solução para o descalabro de processos acumulados e servidores esgualepados ao tentarem acabar com as pilhas).

Sobre estes temas (que parecem constar da matéria somente como resposta à crítica deste blog à falta de objetividade da diretoria ao mencionar que iria “apresentar a pauta de reivindicações” ao presidente do TJ), novamente não se vê a menor crítica. Simplesmente citam as afirmações de Barbosa Leal, de forma textual e ingênua, de maneira a suscitar alguma vaga esperança de atendimento das reivindicações pela arbitrária boa vontade de sua excelência (sem qualquer mobilização dos diretores ou da categoria, que isto de fazer passeata e discursar nas ruas cansa muito, além de ser coisa de gente sem educação!). Os audaciosos sindicalistas parecem mesmo estar “emocionados” com o “reconhecimento” do Marcão da falta de mais de 1600 servidores na justiça. O Presidente do TJ sequer pensou em falar a palavra “concurso” (a única solução para o massacre diário que a categoria vive diante das montanhas invencíveis de processos atrasados e das reclamações da população que vai ao foro), mas, uma vez que “reconheceu” o problema, tudo está solucionado. Aquele trabalhador da justiça que está à beira de um ataque de nervos e já se estropiou na tendinite, de tanto trabalhar como um louco furioso, pode dormir tranqüilo. Vai continuar se esfalfando até ir pro hospício ou perder os braços, mas o excelentíssimo chefe-maior reconhece o seu sacrifício. E os pelegos diretores do sindicato vertem lágrimas pela preocupação de sua excelência!

* Alguém disse que os diretores são pelegos?
Mas a maior peróla é o final da matéria, que dá conta de que “o Sindjus afirmou a intenção de manter um diálogo institucional” com o Tribunal de Justiça, enfatizando a autonomia da entidade”. Coisa muito estranha para um órgão da natureza de um sindicato, que deve ser um movimento “vivo” e combativo da massa de trabalhadores e não uma entidade “oficial” (ou será que os nossos diretores receberam seus mandatos do Estado e não têm qualquer relação de representação com a categoria?).

Aliás, esta coisa de “enfatizar a autonomia” da entidade é uma gracinha. Do sindicato a coisa mais óbvia e pueril que se pode esperar é que seja independente do patrão, que não esteja subordinado ou atrelado a ele, caso contrário perde sua própria razão de ser. E isto é um fato que, se corresponde à realidade, deve ser tão natural como respirar. Não é preciso que seus dirigentes saiam gritando por aí, aos quatro ventos, que o “Sindjus é autonômo” do patrão! Ao menos, é claro, que haja alguma dúvida. E, neste caso, tanto empenho e ênfase em afirmar a autonomia é preocupante! Se ninguém perguntou para aquela dondoca namoradeira sobre sua conduta sexual, por que ela insiste tanto em afirmar que é virgem?

A coisa me faz lembrar um velho pelego candidato a presidente do Sindjus, que, financiado por uma empresa de seguros que pretendia obter o rico filão de contribuições, via convênio obscuro, da categoria, repetiu, “peremptoriamente”, em uma reunião em uma mesa de bar, há uns seis anos, três vezes a frase: “eu sou honesto”.

Mas, seja como for, se algum servidor ingênuo ainda acreditava que os “irmãos mais velhos” (a direção do Sindjus) iriam obter algum avanço de salário e condições de trabalho, suplicando, educada e humildemente ao “grande pai” (a administração do TJ) por seus “irmãos menores” (a categoria), pode tirar o cavalo manco da chuva. O encontro pode ser resumido da seguinte forma: nele os sindicalistas cutistas fingiram reivindicar (sem falar muito alto, para não machucar os augustos ouvidos presidenciais) e o Tribunal de Justiça, em recompensa a tão comportada gurizada, prometeu que vai pensar se é possível estudar alguma solução para encaminhar, quem sabe, não se sabe quando, para tão graves e complexos problemas (em tailandês a tradução da última frase é: blá-blá-blá-blá). Hasta la vista!

Ubirajara Passos

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17 juillet 2007

DIRETORES PELEGOS DO SINDJUS-RS VÃO TOMAR CAFEZINHO COM MARCÃO!

Este será, com certeza, o único fato concreto e efetivo da audiência com o Presidente do Tribunal de Justiça obtida pela gestão “Pra Somar”, que deverá se realizar, conforme noticiado hoje no site do sindicato, na próxima terça-feira, 24 de julho, às 14h 30 min.

Embora festejada como uma grande conquista pela mídia sindical (afinal, há mais de dois anos o Sindjus não era recebido pelo patrão) a grande verdade é que as simples reuniões com o chefe do poder Judiciário jamais resultaram em avanço salarial ou de condições de trabalho para a categoria. Nem mesmo as reuniões com o pretensamente esquerdista Osvaldo Stefanello (nas quais, ao contrário da atual, a diretoria anterior não comparecia sozinha, mas acompanhada de comissão de trabalhadores das comarcas do interior) renderam qualquer avanço nas reivindicações.

É um fato histórico e inegável que só a mobilização da massa dos trabalhadores do Judiciário (e muitas vezes a greve, como em 1995, quando tínhamos perdas de 77%, o TJ oferecia 46% e o governador Antônio Britto rechava qualquer reajuste) foi capaz de forçar a recuperação (sempre atrasada e parcial) de nossas perdas salariais.

E, como jamais tivemos uma maioria convicta de que só a pressão radical dos próprios trabalhadores surte efeito sobre a postura propositadamente surda e autoritária da administração do Poder (cujo único compromisso é com os privilégios da casta chamada magistratura), e portanto, nunca fomos, nos últimos dez anos, capazes de sustentar um dia inteiro de paralisação na maioria absoluta das comarcas do Estado, jamais conseguimos impor ao patrão a recuperação total, ainda que a médio prazo das perdas inflacionárias, ou o avanço na alteração e diminuição da carga horária (as “sete horas sem parar”), por exemplo.

Mas, para manter a expectativa da parcela amedrontada, subserviente e paternalista que a elegeu, a nova diretoria apresenta como um grande feito o que deveria ser um fato corriqueiro (reuniões com o patrão - a Presidência doTribunal) e, dada a postura refratária de Marco Antônio Barbosa Leal ao diálogo com a combativa gestão anterior, apenas confirma o caráter pelego da nova liderança, cujas atitudes “bem comportadas” e alheias aos interesses dos servidores são muito confortáveis e benéficas para o Judiciário Estadual, onde grassa o nepotismo, a priorização dos cargos de confiança em detrimento do concurso para os cargos cartorários necessários, entre outras mazelas (que sempre denunciamos na gestão anterior, e contra as quais, até o momento, os “combativos” diretores que vieram “Pra Somar” não emitiram um pio).

Não é casual que os ilustres líderes pelegos tenham se esmerado na política de boa vizinhança com o patrão e distanciamento dos servidores, ao solicitarem uma audiência, sem qualquer participação da base sindical, nem a convocação dos representantes de comarca para discutirem e organizarem a pressão a ser exercida na reunião, para obter pelo menos a negociação de nossas reivindicações com o TJ. Afinal, levar trabalhadores comuns da justiça ao pomposo palácio poderia ser inconveniente, além de “radical” - o patrão poderia ter um ataque de asma com o cheiro de povo empesteando o olímpico recinto.

E, para ter certeza de que continuarão a merecer a estima da chefia do Poder (a que muito convém a presença de tão pacíficas e compreensivas ovelhas na direção do Sindjus), a programação prevista para a audiência não poderia ser mais vaga e inócua. Nela, segundo a notícia, a Diretoria pretende apresentar ao Tribunal a “pauta de reivindicações” da categoria. Tenham dó! Quando amargamos perdas de mais de 43% (que estendem há mais de uma década) nos nossos bolsos furados, quando tivemos frustrada até mesmo a recuperação de metade da inflação de 2004 (três anos de atraso), com a manutenção do veto de Yeda ao projeto de reajuste de 6,09%, pela Assembléia Legislativa, em março passado, o mínimo que se esperaria da diretoria mais pelega possível seria, numa ocasião destas, a exigência concreta do envio de novo projeto de lei ao legislativo, que não só recupere a defasagem salarial dos últimos anos de imediato, mas também a perda histórica, no médio prazo, e garanta uma política salarial de reposição integral da perda a cada ano!

Mas os nossos ilustres pelegos pretendem, infatilmente, apresentar ao Presidente do Tribunal uma lista de reivindicações que o patrão está careca de conhecer há mais de quinze anos, que já foram exaustivamente discutidas e exigidas desde 1992, como o Plano de Carreira, a Isonomia de salários entre os cargos de diferentes entrâncias (que apenas extinguiria uma discriminação inconstitucional), e outras questões que o TJ jamais atendeu por má vontade, interesse em privilegiar os salários e as condições de trabalho da magistratura, e por nossa falta de coragem em levar a luta à maior radicalização necessária (a grande maioria dos servidores tem verdadeiro pavor da palavra “greve”). E que não será uma mera conversinha, regada a muito cafezinho (cuidado com a hipertensão, pelegada!), que garantirá o atendimento.

Não quero ser desmancha-prazeres, nem sou profeta, mas a tal audiência (em que o Presidente do Tribunal, como diz a própria palavra, faz o óbvio: ouve quem a ele se dirige), já tem um resultado previsto. Nela, Barbosa Leal dirá aos diretores do Sindjus que tem dificuldades políticas e orçamentárias para encaminhar novo reajuste ou atender a qualquer item da “pauta”, mas reconhece - simplesmente reconhece (nada pode fazer) a situação financeira e a preocupação dos servidores. E os nossos pelegos, com cara de bundão, responderão em coro: “Sim senhor, sim senhor!”

Ubirajara Passos

11 juillet 2007

PELEGADA CUTISTA TRANSFORMA O “LUTAR PRECISO” NO ALMANAQUE DO BIOTÔNICO FONTOURA

Na verdade a comparação é até lisonjeira, e esculhamba o próprio almanaque, pois o primeiro jornal do Sindjus-RS publicado pela gestão “Pra Somar” deixa a desejar até para as velhas cartilhas do Mobral (o “movimento brasileiro de alfabetização”, criado na fase mais cruenta da ditadura fascista inaugurada no primeiro de abril de 1964, lembram?).

Pois, como os velhos almanaques de farmácia, o que não falta são coloridíssimas e enormes fotos (que, quando não dos pelegos dirigentes, nada tem a ver com a categoria, de que não aparece nem sombra de imagem). Seções como o “Espaço Aberto” (que permitiam a manifestação livre da base) e as tiras de charge foram simplesmente extintas, e o jornal se transformou num panfletão que, além de repetir, na capa, as balelas sobre o endividamento da entidade e as falsas denúncias de pretensa alienação do patrimônio social (frases ridículas como “Encontramos o sindicato endividado” - depois se descobre na página 6 que a dívida abissal é de apenas R$ 23,3 mil frente a uma arrecadação mensal de mais de R$ 80.000,00! - e “Isso sem contar com os processos indenizatórios ajuizados que poderão onerar nossa entidade”) utilizadas na campanha eleitoral, simplesmente nada diz!

Na página 2 se estampa uma enorme foto colorida com quatro braços entrelaçados , que ocupa todo o espaço, numa óbvia alusão ao nome da chapa, que se repete no título e na matéria da página 3, sobre a posse da nova diretoria, decorada por óbvia foto dos pelegos e pela lista dos novos diretores executivos, e onde se fica sabendo que o coordenador-geral da entidade fez um discurso que se resume a repetir pretensos feitos passados das gestões petistas (”saneamento das finanças” - a gestão anterior a tal feito era da mesma turma: então roubaram e depois consertaram? -, “compra da sede própria” - feita com chamada extra no bolso dos sindicalizados -, e “a vitoriosa campanha da URV” - na verdade ocorrida na gestão “sindicato é pra lutar”, tudo o que os pelegos fizeram foi gastar rios de dinheiro com uma camiseta publicitária para beneficiar seus parceiros da empresa de propaganda “Interlig”, a mesma que agora edita o jornal), e que “Agora, ao retornarmos ao sindicato, ao invés de dividir a categoria, queremos continuar somando vitórias”. Como, não se sabe, nem se diz.

O mesmo tom vago percorre as matérias da página 4, onde se menciona uma reunião do Sindjus com a pelega Abojeris e o pelego Simpe, cujo máximo detalhe está estampado na frase “Nos encontros as entidades debateram diversos temas, avaliaram as campanhas de interesse das categorias e definiram trabalhar em conjunto em todas as demandas que forem possíveis”. Notícia mais vazia e inespecífica, só mesmo a informação logo abaixo, sob o título “Mudança nas Assessorias”, que é tão longa e circunstanciada que reproduzo na íntegra: “As assessorias Jurídica e de Comunicação e o serviço de Psicologia serão as primeiras mudanças pelas quais passará a estrutura do Sindicato. As mudanças já estão em andamento e a previsão é de que, em breve, já possamos informá-las e passar a atender à categoria de forma qualificada, atendendo as necessidades e expectativas de todos os servidores”. Até previsão de baralho de falsa cigana esmiuça mais. E a velha notícia poderia ser resumida assim: as assessorias competentes já estão sendo demitidas para assegurar o loteamento de suas verbas entre os companheiros do PT”.

A página encerra com a notícia da primeira reunião de planejamento do Conselho Geral, na qual se fica sabendo que “o encontro serviu para discutir e elaborar o planejamento da atual gestão” (Pedro Bó, o retardado afilhado do sertanejo Pantaleão, no velho programa “Chico City”, seria capaz de exclamar surpreso e boquiaberto, diante deste texto: “a reunião de planejamento serviu, então pra planejar, padinho?!” e receberia a óbvia resposta; “Não! Foi pra cagar, Pedro Bó!”). Mas, no último trecho o jornalista “aprofunda” sua reportagem ao dar conta de que “durante a reunião, também foi avaliado o processo de transição do mandato anterior para o atual e feito um diagnóstico minucioso (grifo nosso) da herança deixada. O objetivo é construir um modelo de administração que, de fato, represente os trabalhadores do Judiciário do RS.” A impressão que temos é de que planejaram tanto que até esqueceram os planos.

Mas não sejamos injustos! Nem só de conversa fiada e oca, destinada a encher páginas de papel como murcilha e render lucros para seus aliados cutistas da “Interlig Propaganda Solidária” (de que era sócio, nos anos noventa, o marido de uma diretora petista do antigo Sindjustra-RS, responsável por um escândalo financeiro no referido sindicato, envolvendo a empresa), o falido (tão falido que se permite gastar com um informativo para nada dizer) Sindjus vive em seu jornal. Também há as matérias revolucionárias e de “estrito interesse dos servidores” (que muito agradarão aos que detestavam ler matérias “sobre o Iraque e o Haiti” na gestão anterior).

Na página 7, por exemplo, ocupando menos espaço que uma enorme foto de terra rachada, se encontra texto sobre o “Aquecimento Global”, na contra-capa (no mesmo estilo gráfico), matéria sobre “A Questão Racial”, na página 6 um resumo comportado e inócuo sobre a questão do “Aumento dos deputados”, e finalmente, na página 5, a matéria doutrinária: “Lei de greve - Sindjus participa dos debates”.

Em que, como convém a todo pelego apoiador de Lula, a máxima crítica que a direção permite fazer é a exigência da presença de dois terços da “categoria” e não dos “sindicalizados” na Assembléia Geral que deflagrar uma greve. Os “ingênuos” diretores do sindicato afirmam “apavorados” que, “por este critério, os servidores do judiciário estadual só poderiam realizar uma greve geral (sic) se aproximadamente seis mil trabalhadores participassem da assembléia, já que a categoria chega a dez mil servidores”.

Esqueceram de avisar aos ilustres e combativos pelegos que a maior greve do judiciário contava com no máximo um terço dos sindicalizados (1.000 trabalhadores) na Assembléia Geral que a deflagrou, em 1995! E que o problema não está na base de cálculo (total de sindicalizados ou total de trabalhadores da categoria abrangida pelo sindicato), mas no quorum de dois terços (que é absurdo, irreal e tem por fim impedir a legalidade da greve), seja qual for o universo do seu cômputo.

Encerrando a discussão, para não destoar do peleguismo envergonhado dos seguidores do Inácio, ao invés de rechaçar o projeto da “Lei de Greve”, os nossos amigos informam que “o movimento sindical, que reúne os servidores públicos, está tentando conseguir mudanças na proposta antes que ela seja apresentada ao Congresso”, pois desafiar o projeto de Lula no parlamento (e, que horror, nas ruas), isto é que não podem os nossos caros cutistas!

Em resumo, a pelegada do PT está mostrando, no seu primeiro informativo, a que veio: para nada! E ninguém se admire, supondo que isto é preguiça ou incompetência. Esta é a sua missão real (manter o Sindjus quieto, mudo e comportado como totó de madame), senão como é que o patrão e a classe burguesa em geral vão poder nos explorar tranqüilamente?

Ubirajara Passos

7 juillet 2007

DIREÇÃO DO SINDJUS FAZ “CAMPANHA SALARIAL” ATRÁS DE SEUS BIRÔS, ENQUANTO DORME!

Ao menos é o que se compreende de matéria publicada no site do SIMPE-RS - o pelego sindicato dos servidores do ministério público estadual, que não consegue levar sua categoria sequer para o plenário do legislativo em dia de votação de reajuste, nem com liberação de ponto do Procurador-Geral do Estado, porque simplesmente não existe para os servidores, sendo apenas mais um sindicato de aluguel da CUT e do PT.

Pois, conforme se pode ler em notícia publicada no referido site, há mais de nove dias (28 dejunho) os “aguerridos” aliados da nova direção do Sindjus afirmam, textualmente: “SIMPE-RS e Sindjus/RS começam a organizar nova campanha salarial” (título da matéria). E, após referir que “a aprovação, nesta última terça-feira, do reajuste de 21,22% para os deputados estaduais significou a gota d´água de ações políticas incoerentes em nosso estado neste ano” e que “é inadmissível que os servidores do Judiciário e do Ministério Público continuem amargando um arrocho salarial superior a 43%” arrematam com a fantástica conclusão: “Em virtude deste contexto, o SIMPE-RS e o Sindjus/RS iniciaram” (?) “, a partir de ontem (vejam bem: a matéria é de 28 de junho!) , uma luta conjunta em busca de nosso reajuste. Nas próximas semanas estaremos nas ruas com uma nova campanha salarial – o veto da governadora Yeda ao nosso reajuste de 6,09% já estava entalado em nossas gargantas. Agora nos deram mais um grande motivo para não engoli-lo!”

Tudo muito bonito e muito valente! Só se esqueceram de avisar os trabalhadores da justiça! Desde a posse, a atual direção do Sindjus retirou, virtualmente, o site da entidade fora do ar e se limitou a emitir um simples boletim, enviado por fax, na mesma data em que a matéria reproduzida afirmava já estar em campanha salarial desde o dia anterior, em que se limitava a criticar o auto-reajuste dos parlamentares, não fazendo o menor chamamento à categoria para a mobilização, nem mencionando campanha nenhuma!

Nem o Conselho Geral, nem os representantes de comarca do Sindjus foram convocados para discutir e organizar a fantasmagórica “campanha” e a categoria não tem a menor idéia do que seus novos “líderes” sindicais andam fazendo! Foi por acaso, a partir de pesquisa no google, que dei com a matéria reproduzida (que pode ser conferida no site www.simpe-rs.com.br), que, pasmem!, é adornada com uma foto colorida de reunião entre ambas as diretorias sindicais pelegas (ministério e judiciário), realizada (pelo que se observa do cenário ) na sede do Sindjus!

Mas para consumo interno dos pobres funcionários do Ministério Público não há problema: eles têm ao seu lado os trabalhadores da justiça (que nem ouviram falar de nada!). A coisa seria cômica senão trágica! Ou nossos diretores da gestão “Pra Somar” (não se sabe se com os servidores ou o patrão) caíram no sono, de tanto tédio e falta de atividade, e sonharam que lideravam numerosa paralisação de servidores, marchando pelas ruas da capital, ou adotaram o mesmo modelo de ação de seus colegas do MP: a mobilização “virtual”.

Se é que não se tornaram adeptos da hipnose à distância, se reunindo todos em sessão de telepatia coletiva, nas madrugadas, enquanto os servidores dormem, e influenciando as mentes dos sindicalizados, em profundo transe sugestivo! Assim, logo, logo vamos ter a maior greve do judiciário gaúcho (que desbancará a de 1995)… só que na ficção medíocre e envergonhada dos diretores petistas!

Ubirajara Passos

5 juillet 2007

NOVA DIREÇÃO DO SINDJUS-RS EMPUNHA VASSOURA E PREPARA CAMPO PARA OS CABIDES DE EMPREGO

Se os trabalhadores do judiciário estadual gaúcho continuam há semanas (desde a posse da “audaz” gestão que veio “pra somar“) estupefatos com a moleza dos novos dirigentes do sindicato, que não emitem sequer um espirro (pois estão medicados pelos próprios remédios - lembram do vidro de drágeas de sua campanha eleitoral?) e transformaram o site da entidade numa monótona página em branco, onde se lê “estamos elaborando um novo site”, aí vai uma notícia bombástica, fornecida por fonte fidedigna, que, por óbvio, não revelarei!

No seu primeiro e único ato administrativo concreto, a pelega executiva cutista acaba de promover uma verdadeira revolução! Não, não se assanhem os eternos adeptos da “diplomacia” e do sindicalismo de cúpula! A diretoria não obteve nenhuma audiência, regada a muito cafezinho e pouco resultado, com o “Marcão” e não conquistou a garantia de pagamento total dos atrasados da URV devida… até a próxima geração! Mas, num feito pautado pela ideologia patronal da “qualidade total”, acaba de desbancar o próprio Einstein de seu pedestal científico e de provar, na prática, que a teoria da relatividade envolvia muito mais do que propôs o ilustre gênio da Física. Com a gestão “Pra Somar tem que Mudar” ficou provado que 3 + 11 = 0!

O fato é que, numa atitude inédita entre as próprias gestões petistas que anteriormente comandaram o Sindjus-RS, foi promovida, após a posse, uma verdadeira degola entre funcionários e assessorias do sindicato.

Além de demitir os advogados, que prestavam plantão semanal, com atendimento ágil aos sindicalizados, toda sexta-feira, na própria sede da entidade, sem nenhum custo adicional além da mensalidade (coisa nunca ocorrida até a gestão que se encerrou em 12 de junho), a foice ceifou jornalistas que prestavam um serviço inestimável à categoria há mais de 12 anos (responsáveis pelo projeto de comunicação que criou, na gestão “Sindicato é pra Lutar”, o site dinâmico que tínhamos, onde o debate sobre a desfiliação da CUT , por exemplo, foi feito ao vivo pela categoria, sem qualquer censura), como Moah, Edson Silva Coelho (o “Urso”) e Augusto Franke Bier (o chargista que criou a marca registrada do jornal da categoria, o “Lutar é Preciso”, com as tiras do “Alemão Blaun”).

Mas, indo muito além do normalmente esperado da mais desumana das correntes que já passaram pela direção do sindicato, de todos os funcionários que nele trabalhavam restou apenas um! (demitindo-se todos os demais) e a vassoura chegou a enxotar, de forma humilhante, pessoas como a “Denise” (quem não lembra da Dedê, que, por muitos anos era a primeira voz que ouvíamos ao telefone, quando ligávamos para o Sindjus), a primeira funcionária da entidade, que nela prestava seu competente e honesto serviço desde que o Sindjus-RS foi fundado pela pelegada da ASJ e cia. ltda., há mais de dezoito anos e que, por seu reconhecido desempenho, jamais foi tocada por qualquer das diferentes administrações sindicais, ligadas às mais diversas orientações políticas, partidárias, filósoficas e ideológicas desde então!

E a desculpa para a varredura é das mais pífias: não havia dinheiro para manter os funcionários e assessores existentes. Numa entidade sindical que fatura, com a suada mensalidade de cada servidor sindicalizado, a bagatela mensal de R$ 80.000,00 - e cuja última gestão encerrou com uma dívida mínima de R$ 60.000,00 - demitir praticamente toda assessoria e todos funcionários (que, mal ou bem, prestavam um serviço “sem preço” à entidade e seus sindicalizados) sob o pretexto de crise financeira é mais que piada de mau gosto! Além de revelar o nível de sensibilidade social de nossos sindicalistas…

Mas, como dinheiro há nos cofres sindicais, e a campanha eleitoral da atual diretoria foi generosamente regada por recursos da pelega e governista CUT (denunciamos durante a campanha que o valor ultrapassava mais de R$ 50.000,00, num universo de 3.000 eleitores, o que nunca foi desmentido pela vitoriosa chapa 3), se pode imaginar, num exercício de futurologia dos mais elementares, o que ocorrerá com o enorme vazio criado pelas demissões em massa (ato digno do mais feroz patrão, praticado justamente por sindicalistas que pretendem representar os trabalhadores da justiça): é bem possível que venha a ser preenchido por ilustres e necessitados apadrinhados da central e do partido (o PT), transformando o sindicato num paraíso de chapéus - cabide é que não vai faltar pros amigos locais do Lulinha e seus companheiros!

Ubirajara Passos

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Um blog para lutar em defesa dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul. Os autores propugnam pelos princípios republicanos; almejam uma sociedade justa

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