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Movimento Indignação
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10 décembre 2008

Música nos tempos de cólera

          Ouvindo atentamente a palestra de anteontem do Dr. Dallari, a expressão independência da Magistratura não me saía do pensamento... sim, é claro que os juízes precisam ser independentes... mas, e os servidores? Por que ninguém fala na necessária independência dos servidores da Justiça?

          O que me ocorre é que somos vistos como massa de manobra, meros carimbadores e cumpridores de ordens; não temos direito a pensar nem a criticar coisa nenhuma – isso é prerrogativa dos juízes, os donos da verdade. Nós apenas cumprimos as ordens deles. Não somos cidadãos, mas, tão-somente, uma peça na engrenagem de um grande engodo chamado Qualidade Total, uma espécie de kardecismo masoquista, cujo único objetivo é fazer o servidor sorrir enquanto é chicoteado, achando que assim cumpre a sua parte para o progresso da Humanidade.

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         Parafraseando o Chico Buarque, eu cantaria: “eles não têm medo ou vontade, nem defeito nem qualidade: têm medo apenas”. Gostaram? Então vamos de Zé Ramalho: “eeeeeeeee vida de gado, povo marcado, povo feliz”. Mais uma? “Créu, créu...” ops

         Sob a óptica do Tribunal de Justiça, todos os serventuários (passei a sentir nojo desta palavra depois que o Des. Sudbrack referiu-se a mim na palestra, de forma pejorativa, como “aquela serventuária” (joga pedra na Geni!) deveriam ser detentores de cargos em comissão, e isso faz muito sentido, querem saber por quê?

        O servidor concursado, que precisa provar capacidade para entrar, contrariamente ao comissionado, que só prova que quem tem padrinho não morre pagão, é muito mais preparado para o desempenho de suas tarefas; paradoxalmente, só lhes são cometidos trabalhos estúpidos, fato esse que gera uma revolta muito grande. E como o concursado tem estabilidade, apesar das sindicâncias de encomenda e processos ilegais, ele é a pessoa indicada para denunciar atos lesivos ao patrimônio público.

corajoso

        “Amigo é coisa pra se guardar, no lado esquerdo do peito, dentro do coração” – e não sentado na cadeira de quem faz jus ao cargo, Sua Excelência, o Servidor Concursado, independente e livre para criticar e manifestar sua opinião.

        E mudando um pouco de assunto, por falar nos bons ventos que sopram do Espírito Santo, ao que parece meio santo-do-pau-oco, espero que possam varrer toda a improbidade do pampa gaúcho, carregando para bem longe dos nossos olhos os parentes, os amigos, os queridos... “vento, ventania, me leve sem destino...”

       Como diria Ana Terra, “dia de vento, dia dos mortos...”

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Até quando o Tribunal Traz-Parente postergará o enterro dos seus mortos, que vagam pelos corredores?

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9 décembre 2008

BREVE ESCLARECIMENTO SOBRE OS FATOS DO DIA DE HOJE

ESCLARECIMENTO AOS LEITORES DO BLOG

         Hoje à tarde, assistindo à palestra do jurista Dalmo de Abreu Dallari, um dos nomes de maior relevo no direito constitucional pátrio, pedi a palavra e indaguei ao palestrante sobre a constitucionalidade de dispositivos de leis que tentam amordaçar o servidor público, caso da Lei 10.098, que, embora posterior à Constituição, traz o seu toque de arbitrariedade. Contei, inclusive, que o Bira e eu sofremos processos administrativos justamente por um suposto crime de opinião. É proibido pensar no Tribunal !

         Gentilmente, o Dr. Dallari reafirmou o princípio da liberdade de expressão, superior a qualquer lei que tente calar a voz do servidor público. Foi muito enfático neste ponto, e sugeriu que andemos até o STF, se necessário. Com certeza, Dr. Dallari! Não achamos nosso emprego na lata do lixo, embora sejamos tratados como tal...

         A seguir, viu-se algo inusitado: o Des. Sudbrack, tomando a palavra, disse que se eu sofro algum processo administrativo é porque eu, em conluio com um "jornalistazinho" (referindo-se ao Vitor Vieira) chamei a mãe do presidente Armínio de prostituta!!! Disse que este blog é um antro de fofocas, entre outras coisas... gente, fiquei tão pasmada que nem esbocei reação...

          Em primeiro lugar, eu não conheço, nunca vi e nem ouvi falar da mãe do Presidente. Pra ser sincera, eu nem sabia se ele tinha ainda mãe ou não. Nunca me preocupei em bisbilhotar a vida pessoal de ninguém, até porque as minhas críticas são ao Armínio-Presidente, nunca ao Armínio-cidadão. Totalmente infundada a acusação, portanto. E nem sei por que o Vitor Vieira foi citado nisso!

         Também não entendi a tentativa de aditar o meu processo administrativo com mais uma acusação inverídica. Ainda que eu tivesse xingado a vó do irmão do vizinho do primo da tia, tal fato não foi capitulado na portaria que originou o processo. O que não está no processo, não está no mundo. Lição da escola, Desembargador! Ou será que o senhor matou aquela aula???

          Mas, com certeza, o senhor foi mais esperto, afinal, é o senhor o desembargador, e eu, a servidora. Então, use toda essa sua nobreza para colocar sempre o jurídico acima do político, como bem orientou o Dr. Dallari. Não permita que essa reles servidora venha puxar as suas orelhas!

         Ah, mais uma coisa: não ofenda o Vitor, que é JORNALISTA com letras maiúsculas, porque não se curva à ditadura do Judiciário neste Estado. Respeite, se quiser ser respeitado.

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8 décembre 2008

DIA DA (IN) JUSTIÇA

Mas o que há de tão alarmante em relação ao riso?” pergunta Guilherme. 

“O riso mata o temor”, responde o venerável Jorge. “E sem o temor, não pode haver fé. Pois, sem temer o demônio, não há necessidade de Deus.”

“Mas não eliminarás o riso eliminando esse livro.”

“Certamente que não. O riso continuará sendo a recreação do homem comum. Mas o que acontecerá se, graças a esse livro, homens cultos admitirem ser permissível rir de tudo? Podemos rir de Deus?”

                                                                          Humberto Eco – O Nome da Rosa

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          Hoje, 8 de dezembro de 2008, nós, servidores do Judiciário Gaúcho, nada temos a comemorar: um aceno com uma esmola de 15,73% , em três suaves prestações, como proposta de reajuste a ser encaminhada à Assembléia; mudança de horário para janeiro de 2009 (exceto para os feudos, digo, gabinetes); desrespeito total para com os servidores concursados, perseguições à solta e caça às bruxas.

         Yeda e Armínio, muito amigos, agora unidos também contra os professores. Pobres professores! Terão seus dias de greve descontados, agora com o exclusivo respaldo do Poder Judiciário... Yeda com seus 143% de aumento, Judiciário com seu gordo subsídio, e os professores... meu Deus, que vergonha!

          Neste ano de 2008 saiu até curso pra jornalista dentro do Tribunal- parte de uma estratégia maior que serve à implementação da ditadura do judiciário. O curso teve um único objetivo: amordaçar os profissionais da mídia.

         Acorda, Themis! Tira essa tua venda de imparcialidade porque nós sabemos que tu estás só te fingindo de cega. E o pior cego, querida, é aquele que não quer ver. A Themis do Tribunal Gaúcho é surda, cega e muda. Em resumo, uma incapaz, uma omissa, que não faz nada para não se incomodar.

        Que Justiça é esta, que usa dois pesos e duas medidas? Por que a Magistratura recebeu de uma vez só tudo o que lhe era devido de URV, e os servidores amargam há anos o recebimento da sua como se fosse um guisadinho, uma esmola que mal dá pra fazer um supermercado? Por que Suas Excelências têm direito ao subsídio e nós não recebemos nada? Por que o direito deles está explícito na Constituição, e o nosso depende de regulamentação?

       Quer saber, gente? Pra mim, aquela medusa horrenda grudada no prédio do Palácio diz muita coisa...

medusa

        Os valores foram completamente invertidos neste país: pessoas que metem o dedo na cara dos outros e denunciam, como o Bira, o delegado Tubino e eu, acabam sendo discriminadas e marginalizadas: o denunciante de ontem vira o meliante da hora. O que devia ser feito por um simples dever de cidadania vira um fato inusitado no país dos petralhas.

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         O Tribunal que argúi a Resolução 7 do CNJ e cala sobre a Súmula 13 do STF, posterior e vinculante, na verdade está dando o seguinte recado: os parentes só sairão por decisão do STF. Pois enquanto eles estão lá, usufruindo das benesses proporcionadas pelo crachá roxo, eu, que entrei pela porta da frente, estou suspensa. Meu processo é baseado num suposto crime de opinião, totalmente banido pela Constituição Federal. A suposta honra que eu estou maculando nada mais é do que um prédio de concreto. Paredes têm honra???

         Ouvidos eu sei que têm... mas honra... isso é novidade pra mim! Na Faculdade de Direito, me ensinaram que os crimes contra a honra dependem da representação do ofendido. Se eu ofendi o prédio inabitável (sem habite-se), quem vai representá-lo, afinal? Quem é o espírito do concreto? Será a famosa flor do DEAM? E, falando em concreto, será ele armado? Guardará relação com as encomendas de Viagra que continuam em alta?

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         A  par de tudo isso, escândalo estourando de tudo quanto é lado, surge Armínio, o Grande Moralizador do Judiciário, fazendo com que os servidores preencham declarações de parentesco, quando ele mesmo se recusa a exonerar os parentes empregados. Como - dizem - está de olho na verba do Tribunal Militar (acaso seja extinto) para o Justiça, então chegou a hora de avisar a imprensa para que noticie que é lá no TJM que tem nepotismo... a estratégia parece ser a de tentar reverter tudo quanto é escândalo em seu próprio benefício. Fazendo do limão uma limonada, hein?

          O processo administrativo que eu sofro tem dois ou três ofícios, assinados pelo araponga-e-laranja Ivan, e de resto são as páginas deste blog impressas, numeradas e rubricadas. Fico feliz que estejam gostando de ler! Imagina se fossem novenas ou o terço do Padre Marcelo Rossi (cem vezes, repetindo “obrigado, Senhor!”)

           O processo do Bira fala em textos obscenos, porque ele larga um que outro palavrão. Acredito que se existe alguém que foi profundamente ofendido, foi ele, o Bira, pois a arapongagem foi fuçar no blog pessoal dele para dizer que o cara é obsceno. Obscenos são vocês, arapongas fajutos!

           Temos aqui no RS uma Themis bifronte, à semelhança do deus Jano: quando se mostra para a sociedade, vem com aquela história da moralização, do fim das regalias, do Tribunal transparente; todavia, quando fala com os servidores, que convivem diariamente com a sua TPM, a tal da Themis mostra realmente quem  é: hostil, truculenta, perseguidora e despótica.

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           Denior e Sadao respondem a sindicâncias porque ousaram fazer uma reunião no local de trabalho, representantes sindicais eleitos que são, assim como o Bira e eu. O marionete-e-almofadinha do Diretor não gostou, melhor, disseram pra ele que não era pra gostar. Pois os guris tiveram a prepotência de passar um abaixo-assinado solicitando uma audiência com o Armínio. Quanta petulância, meninos! Pois tomem lá essa sindicância, fiquem bem quietinhos na Corregedoria, que a turma do avental vai lhes aplicar umas boas palmadas! Vocês vão ganhar uma vara de marmelo, digo, arminelo, neste Natal.

palmadas

          A caça às bruxas, portanto, continua dentro do Tribunal.. mas será inútil... tal e qual o corcunda Salvatore, do filme O Nome da Rosa – lembram? – tentando apagar a fogueira assoprando-a, os ímprobos, nepotes e demais excrementos é que arderão no mármore do inferno por conta das perseguições ridículas que estão promovendo contra mim e contra os colegas. O tempo do Feudalismo, do nepotismo, do favoritismo e de outros ismos está chegando ao fim.

         Tomara que exatamente daqui a um ano eu possa escrever aqui neste blog um “viu só? Valeu a pena!” – e possa, então, comemorar o Dia da Justiça. Por enquanto, infelizmente, o Dia da Justiça é só uma pilhéria...

Boa semana a todos

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8 décembre 2008

Tô vendo tudo!

O meu país

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo

Um país que crianças elimina
Que não ouve o clamor dos esquecidos
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem deus é quem domina
Que permite um estupro em cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram - se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país

Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo incomum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é com certeza o meu país

Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à global vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diz
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do carnaval
Mas não é com certeza o meu país

Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde escola não ensina
E hospital não dispõe de raio - x
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é com certeza o meu país

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo

Um país que é doente e não se cura
Quer ficar sempre no terceiro mundo
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura
Um país que engoliu a compostura
Atendendo a políticos sutis
Que dividem o brasil em mil brasis
Pra melhor assaltar de ponta a ponta
Pode ser o país do faz-de-conta
Mas não é com certeza o meu país

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo

Zé Ramalho

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4 décembre 2008

Ainda o Quarto Setor - SÊ JUQUINHA, meu filho!

Boa tarde!

         Parece que alguns dos nossos ilustres representantes do Quarto Setor, tão bem definidos no artigo que reproduzi aqui ontem, estão preocupados com a divulgação da verdade no blog. Já ajuizaram até um mandado de segurança , tentando impedir a veiculação das informações. No site do CEJUS, segue a menção à minha conduta  - "a grande maioria de nossos sócios já conhece a funcionária Simone Janson Nejar pelas suas recentes críticas ao nosso Tribunal de Justiça" - ai, tadinho do Tribunal inocente, não é mesmo? Como eu sou malvada! Olhem só a minha cara de preocupação:

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        Só Omo dá o branco que a Família Cejus (segundo escalão maçônico) merece!

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       A minha conduta, que certamente não serve ao Quarto Setor, bem serve à sociedade e à divulgação de toda e qualquer irregularidade de que eu tome conhecimento. Eu não vou compactuar nunca com tanta imoralidade. Sou honesta mas sou limpinha, viu, CEJUS?

       Quem está com raiva de mim, porque eu falo a verdade, faz o seguinte: tira uma senha e vai lá pro fim da fila, que não é pequena, ok? Leva uma cadeira de praia, também, daquelas de abrir, uma galinha com farofa e um ki-suco (Red Bull, pra quem tem FG)

       Aqui, eu conto todos os podres mesmo! E se não contei ainda todos os que eu sei, é porque estou arrecadando as provas. O blog do Indignação não faz de bobo o cidadão!

       E por falar em fazer de bobo, vamos reproduzir o despacho exarado nos autos do mandado de segurança impetrado pelo CEJUS, tentando privatizar um processo criminal PÚBLICO, cuja denúncia foi aqui publicada. Despacha a Desª Genacéia Alberton, nos autos do mandado de segurança 70027660380:

      "AS CÓPIAS CORRESPONDENTES À DENÚNCIA SÃO DO 1º GRAU. COM RELAÇÃO A QUALQUER INFORMAÇÃO DE TRAMITAÇÃO DO MS CONSTA NA INTRANET. PORTANTO, NADA A ACRESCENTAR À DECISÃO DE FLS. AGUARDEM-SE AS INFORMAÇÕES E MANIFESTAÇÃO MINISTERIAL PARA EXAME DO MÉRITO. INT-SE. EM 02.12.2008. GSA"

       Portanto, não tente tapar o sol com a peneira, CEJUS. É CLARO que não vai colar! Vamos lembrar que o processo criminal lá do primeiro grau está fulcrado na Lei 9613/98, popularmente conhecida como a lei da lavagem de dinheiro. Dinheiro seu, associado cara-pálida.

        Te liga, meu!!!

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3 décembre 2008

O QUARTO SETOR - vale a pena ler!!!

Prezados leitores, achei por bem retirar o artigo de Rogério Guimarães Oliveira, em virtude de não ter havido prévia autorização dele. Grata pela compreensão.

3 décembre 2008

MEIN KAMPF

Boa noite!

         Finalmente descoberto o maior depósito vivo de ex-chefias do Tribunal de Justiça!

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         Sim, o maior repositório vivo de ex-diretores, ex-chefes, ex-assessoras, ex-amantes e ex-túpidos (já que não existem ex-parentes, não é mesmo?) está no Departamento Processual!

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         É de lá que saem, também, as FGs itinerantes, que acompanham seus donos tal qual um cãozinho fiel. Afinal, o acessório segue o principal, e onde os parentes vão, as FGs vão atrás! Isso sem falar no cordão dos puxa-sacos, que cada vez aumenta mais...

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         É lá que o espírito e as idéias de Joseph Mengele redivivem, com abundantes cobaias na tortura cotidiana. O laboratório, perfeitamente aparelhado, produz paradigmas para o pérfido uso de todo o Tribunal. O abastecimento é diário e ininterrupto.

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        Ilustres puxa-sacos, caídos na desgraça de seus amos, são lançados ao mármore do inferno processual, também chamado de casa de máquinas do Titanic, ou mesmo Senzala Jurisdicional. O comando é atribuído a descendentes diretos do 3º Reich, encarregados de fazer a dosimetria das penas. E, com a ajuda da Gestapo local, planejam o aniquilamento de todo e qualquer crachá verde que cometa o crime de pensar por si próprio e apedrejar o Mausoléu (sem habite-se) da Injustiça.

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3 décembre 2008

Apenas um rapaz latino-americano sem parentes importantes...

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Triste sina de uma Oficiala Superior Judiciária lotada num Departamento Processual de um Tribunal Traz-Parente qualquer de uma província no Sul do Brasil...

Estou morrendo nesta cadeira.

Parece que foi ontem que me sentei aqui, e num piscar de olhos trinta anos se passaram.

Trinta longos anos de azar, e eu não me lembro de ter quebrado espelho nenhum.

Aliás, agora deveria, pois o rosto que vejo está carcomido por longos e inúteis anos, jogados ao lixo.

  Parece que adormeci aqui, e de repente me vi velha, abatida pelo tempo, gasta, enrugada, e ainda presa.

Não me foi dado o direito de fugir, nem mesmo de trocar de assento aqui dentro.

Já não sei mais onde termina a cadeira e começo eu.

Estamos simbioticamente fundidas numa coisa só, a cadeira e eu.

O tombamento há de ser o meu epitáfio.

Morrerei e hei de virar outra cadeira, e então me prenderei, vitoriosa, a outro servidor público.

Pura vingança mesquinha.

Mas toda vingança é mesquinha, entretanto, foi isso que aprendi aqui nesses longos trinta anos

3 décembre 2008

QUEM PODERÁ NOS SALVAR?

          Boa noite! Depois da malfadada aprovação da proposta indecente do Extermínio, "15,73%" em três suaves penetrações, digo, prestações, para não falar putrefações (desculpem, é o avançado da hora), nem o Chapolin Colorado!!!

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          Aliás, por falar em Chapolin, como o companheiro servidor pretende pagar o aluguel ao senhor Barriga com o mágico acréscimo que a douta e responsável direção sindical acaba de atolar na buzanfa da categoria, já totalmente atoladinha com os costumeiros supositórios (assédio moral, mudança de horário, desrespeito e repressão)?

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          Ora, fazer cara de maconheiro chapado (rectius, dependente químico) como o seu Madruga, berrar como a assessora Chiquinha ou suplicar ao Professor Girafales para que demita os seus parentes da escola, não vai pagar o aluguel ao Barriga. Esclarecemos, outrossim, que aceitar a proposta do saco da Bruxa do 71, para que pague o que nos é devido em dois e não em três feitiços, não te permitirá sequer comprar aquele pirulito para o Quico Bochechudo, que, depois que foi trabalhar no Sindjus, ficou viciado em gazear aula e nos pirulitões de chocolate que o Luizinho anda vendendo.

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         A gente sabe que foi sem querer querendo, Sindjus! Pois o Chaves, aquele cara de paisagem, deu um jeitinho de vender pra gurizada a loló da mobilização. E o resultado é que os moleques mais mal-criados e entusiasmados acabaram exatamente como um velho personagem nosso conhecido. Ficaram todos embaixo da ponte dormindo como uma cinzenta e tediosa múmia maçônica.

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         Na brincadeira de Assembléia só compareceu a turma que faz béééé e muuuuuuuu em shopping center da capitalzinha da província, desde que os outros adormecidos paguem a diária! Afinal, com escolinha de corrida planejada (coisa que o professor Girafales disse que, em linguagem pudica e respeitosa de moleque comportado, atende  por "plano de carreira"), fica tudo mais fácil e divertido! Principalmente quando a dona Florinda, desvairada, tira a roupa em pleno palco e sai gritando, aos prantos, que "é tudo falta de respeito... é preciso aceitar os 15%, melhor do que nada!"

florinda_pedrassani

         O único problema é que, passado o porre, quando a maioria ausente acordar e der por conta do estrago (que a meia-dúzia de ovelhas saltitantes aceitou com aquele sorriso de "Chucky" - lembram do boneco assassino?), será tarde demais pra reclamar, e muito menos subornar o Nhonho, que acredita eternamente na palavra do mestre querido, o tal de Girafales (cujo mentor é  Fankestein, O Maestro)

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         Gentalha, gentalha, gentalha! Vamos abrir bem os nossos olhos, porque o resultado do infeliz circo da última sexta-feira vai ser exatamente deixar o nosso bolso mais furado do que as contas dum tal sindicato! "Isso, isso, isso".

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Escrito na noite  pela dupla rebelde Bira, o Tarado, e Simone, a Incontinente, com algum uísque e (me perdoe, mestre Sartre) muita "Náusea"!

1 décembre 2008

DO SUL DA ITÁLIA PARA O SUL DO BRASIL

La famiglia II

           Buonasera!

          Já entro pedindo scusi por chegar assim tão tarde aqui em nostra Casa , mas meu fim de semana acabou faz pouco...  foi filho expondo em Salão Náutico, o outro pra levar e buscar na casa da avó, meu desfile para uma loja (sim, agora eu sou modelo de loja pra quem não usa manequim 38... ) e muita festa depois. Desculpem o atraso, espero conseguir compensar a minha culpa, minha tão grande culpa...

           Mamma mia! Pensei em algo italiano hoje... muita pizza, muita máfia, muita família...

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           La famiglia, madonna mia! Estou aqui escutando o Funiculi Funicula e lembrando das nossas queridas famílias tribunalícias: Família Cejus, Família Nedel, Família Arself da Rosa, Família Wagner, Família Araponga... hummm...o TJ está cheio de famílias! Tribunal de Justiça, tutto per la famiglia! Será que Dom Corleone também não arrumou um empreguinho pra algum filho dele lá?

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            Pena que a Família Concursada não esteja contemplada, não é verdade?

familiaconcursada

            Pois é, recebi na sexta a resposta ao meu requerimento administrativo solicitando gentilmente a retirada dos nepotes da Casa. Sabe o que me responderam, em 22 páginas? (Lembram da letra do Legião? "Quem fala demais por não ter nada a dizer...") Vieram com o Enunciado 7 do CNJ, falando que não existe subordinação hierárquica entre eles. Agora vou deixar que o meu advogado-e-herói, o STF e o CNJ cuidem disso. Puxa, tô cansada!

            Então tá, Senhores. Alguém poderia avisar a Presidência que a Súmula 13 do STF, modificando tudo isso, já foi publicada??? Eu não vou mais ensinar esse padreco a rezar missa porque ele já se mandou com os balõezinhos. Mas será que era um padre mesmo agarrado nos balões? Há controvérsias! Parece que já encontraram os balões... o homem ta caindo, gente!

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          Quem mandou fazer tanta bobagem? Padre que persegue concursado vai pro inferno, sim!

           Ei, alguém já parou pra pensar se o diabo tá a fim de uma concorrência? Não, acho que não vai a tanto... pior se fosse o padreco da música... aquele sim é tenebroso...  por isso que o cara fica por aqui tocando seu rap do servidor feliz. Nem o diabo quer saber dele!

diablo

           Mas não vamos deixar que tudo acabe em pizza, mesmo que seja aquela pizza mafiosa italiana, capisci?

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           Perché anch’io sono italiana !!!

           Bacci per tutti

           Arrivederci !

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Um blog para lutar em defesa dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul. Os autores propugnam pelos princípios republicanos; almejam uma sociedade justa

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