Como anda a coisa...
Finalmente hoje, dois dias após o previsto, o Sindjus montou a tal barraca defronte ao TJ. Do outro lado da rua, por medida de segurança, uma viatura policial espreitava os baderneiros. Já os colegas da segurança do TJ, apesar das ordens que receberam, faziam de dentro do prédio gestos afirmativos, apoiando a nossa luta, que também é deles. Afinal, todos têm família para sustentar, e ninguém mais está conseguindo conviver com o brutal arrocho, em época de subsídio à Magistratura e aumento de 143% à sra. Yeda Crusius. Tudo tem limite!
Hoje descobri que a edição de sábado da Zero Hora, na página 40, teve duas versões: uma, para assinantes, trazia a notícia da nossa Assembléia, com as decisões pertinentes. A outra edição, que podia ser comprada nas bancas de jornais e que também circulou pelo interior do Estado, tinha uma chamada boba no espaço da matéria. Seria curioso, não fosse o fato de que a RBS tem se mostrado subserviente à Presidência do Tribunal. A colunista Rosane de Oliveira, por exemplo, nem procura disfarçar que só publica o que lhe mandam. O que ela não sabe, ou finge não saber, é que os leitores não são imbecis, e já notaram a lamentável manobra.
Hoje fui entrevistada pela Ulbra TV. Aproveitei a oportunidade para denunciar o número exorbitante de cargos comissionados dentro da Casa, muito superior ao número de concursados. Denunciei a criação de quinze novos cargos de Desembargador (cada qual com seus três polpudos comissionados a tiracolo), enquanto o quadro funcional sofre com o aumento brutal, não de subsídio ou de salário, mas de trabalho mesmo, pilhas e pilhas de processos, conseqüência dos 1800 cargos vagos; falei na exploração dos estagiários, que já são um terço da mão-de-obra do Tribunal; enfim, contei coisas que a sociedade precisa saber, a fim de que criaturas como a dona Rosane e companhia não distorçam os fatos. Contei quem, efetivamente, são os vagabundos... mas, para a minha surpresa, a pusilanimidade continua em alta. A Ulbra não colocou a entrevista no ar, preferiu transmitir uns trinta segundos da fala do diretor do Sindjus, e, ainda, com o devido corte... Ainda não encontramos um jornalista “macho” pelo caminho, disposto a arrancar a máscara (ou seria o avental?) do Egrégio... ainda não achamos uma única emissora de rádio ou de televisão que não distorça os fatos a favor da Presidência. Já tentamos ser recebidos pela Zero Hora, Correio do Povo, O Sul, e ninguém foi corajoso o suficiente para publicar a verdade. Afinal, quem não tem um processinho aguardando julgamento por aí, não é verdade? Vai encarar? Mas nós, que não somos pelegos, e lutamos pela nossa categoria, não vamos desistir!
Mas, para não dizer que não falei de flores, vamos falar um pouco de Amor... ah, este sentimento lindo, a proximidade da primavera, a juventude, tudo colabora para um bucólico cenário nos altos da Av. Borges de Medeiros! A novidade é que a contratação de tantos estagiários acabou por transformar o terraço do 12° andar do Tribunal num “ninho de amor”... tanto estagiário, tanta estagiária, tantos hormônios, e a gurizada logo encontrou um cantinho pra transar... é isso mesmo, já dispomos de um transódromo na Casa! Já temos, inclusive, uma Ordem de Serviço, mandando rescindir o contrato do estagiário que for pego transando... calma, calma, esclareço que no terraço... nos outros andares, a portas fechadas, ainda não foi proibido, ok? Fiquem tranqüilos, senhores! Não estou aqui para acabar com os despachos de ninguém!
Buenas, agora vou me despachar pra cama, porque amanhã a luta continua, e “não ta morto quem luta e quem peleia”! Boa noite