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Movimento Indignação

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14 octobre 2008

Espaço interativo

Só uma rapidinha, gente...

Sem querer atrapalhar o Valdir, que já está chegando com novidades, quero apenas alertar as pessoas para que abram os olhos diante das falácias que são ardilosamente criadas para tentar encobrir o óbvio. Comecemos com o meu exemplo preferido, o nepotismo. Hoje soube que a Ministra negou seguimento à ação popular que ajuizei no STF. Desconheço o teor do despacho, mas, assim que for publicado, obviamente que vou recorrer.

O nepotismo está na cara, quem trabalha no Tribunal sabe, e a falácia que estão criando é que, se não há troca de parentes entre os Poderes, ele não existe. Está na cara que existe, sim! A Súmula 13 vedou o nepotismo, INCLUSIVE O CRUZADO, e o que estão tentando fazer parecer é que só o nepotismo cruzado que foi proibido. Pura falácia. Não se deixem enganar!

Vamos citar o exemplo de duas irmãs que trabalham no Tribunal, são secretárias de desembargador e têm o mesmo nome: Luciana e Vívian Pacheco dos Santos. Alguém diria que isso não é nepotismo? E as gêmeas Viviane e Cristiane Sleimon? Não é nepotismo? E os filhos do conselheiro Mileski, Aline e Hélio? E a secretária comissionada Maria Teresa Nedel Duarte? Não é nepotismo? Ah, tá, vão enganar outro... aqui, comigo, não pega! E é bom que os colegas abram os olhos para isso.

Saindo do nepotismo e entrando no descaramento puro, alguém me diga o que significa o irmão do Des. Armínio ser o dono da empresa vencedora da licitação para manutenção nos aparelhos de ar. Vamos lá, estou aguardando os comentários dos leitores: como classificar tal aberração???

Nota: o autor do comentário mais criativo vai ganhar um espaço no blog para desabafar!!! rsrs

(vai que é tua, Valdir!)

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13 octobre 2008

LA FAMIGLIA

         Buenas, hoje estou caindo de sono, e já estaria dormindo meu sono tranqüilo não fosse a necessidade premente que tenho de contar algo que me caiu por acaso às mãos hoje, além, é claro, da carinhosa cobrança que tenho sofrido pelos corredores do TJ, leitores ávidos e curiosos por um novo episódio da novela O Favorecido. Todos querem que o Rosa seja desmascarado, afinal, e que a Dona Simone seja inocentada. Vamos ao capítulo:

         Pois bem, depois de denunciar que o prédio da Borges não tem habite-se, e que em caso de incêndio os servidores seriam literalmente assados devido à pequena largura das escadas, agora ficamos sabendo que existe uma empresa terceirizada (mais uma!) operando no Foro Central, na manutenção dos equipamentos do ar condicionado. Tal empresa chama-se ARSELF e já fez a manutenção dos equipamentos do Tribunal, até o ano de 2006. Hoje, entretanto, a empresa está cuidando apenas do Foro Central.

        Tudo bem, não fosse a existência de um pequeno detalhe: querem saber? Querem mesmo saber? Têm certeza? Têm certeza de que têm certeza? Ok !!! Vamos lá... um dos donos da Arself, o diretor técnico, chama-se - como é mesmo o nome? Hummm... ah, aqui está! Um dos três donos da empresa que presta serviços ao Judiciário Gaúcho chama-se MARCOS ANTÔNIO ABREU LIMA DA ROSA.

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        Gente, esse nome não lhes soa familiar? A mim parece muito com o de um certo senhor que disse que não existia nepotismo no Judiciário Gaúcho. E favorecimento aos irmãos, pode, Des. Armínio?

        Explique o Eng. Marcos Antônio Abreu Lima da Rosa, por favor, se não foi obrigado a assinar uma declaração, ao contratar com o Poder Judiciário, afirmando não ter nenhum parentesco com pessoas ligadas à Administração do Tribunal, consoante orientação do Conselho Nacional de Justiça!

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        E depois sou eu, Simone, classificada como "irresponsável", "infame" e "denuncista"; sou eu, Simone, que atento contra "a grandeza daqueles que compõem o Poder Judiciário"... tsc tsc tsc`

Por favor, respeitem meus neurônios, OK?

Uahhhhhhh... já contei, agora eu vou nanar. A seguir, cenas dos próximos capítulos: na seqüência, Donatella  bota a boca no mundo e Flora fica com cara de boba na frente de todos...

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13 octobre 2008

Sem pão, mas com circo

Vem aí o Baile do Sindjus! Um baile em que todas as máscaras, finalmente, vão cair! Pode esquecer paralisação, companheiro, reajuste, greve, novo horário, desrespeito, nepotismo e assédio moral. Vem cantar, dançar, brincar e rir até o sol raiar, afinal, o palhaço é tu mesmo, servidor otário, que achou que o sindicato ia fazer alguma coisa por ti...

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Oh... mas quanta injustiça! É claro que eles vão fazer alguma coisa! Imagina só o trabalhão pra organizar um baile, conjunto de música ao vivo, comes e bebes, garçons, balões, sorteio de prêmios e beija-mão de juízes! Como dá um trabalhão danado organizar uma festa dessas, pára de te queixar da vida e de dizer que o teu sindicato não faz nada por ti, seu mal-agradecido!

Vem comemorar, vem celebrar tua miséria, que a miséria é nossa e une os povos sofridos! Se já estamos dançando há quatro anos nas mãos do Tribunal, continuemos dançando no baile do Sindjus! Como diria Tim Maia, “quem não dança segura a criança” e “está valendo tudo”. Vamos brindar ao subsídio dos juízes, vamos brindar às ordens de serviço despóticas, ilegais, vamos tilintar nossos copos de vidro de geléia e beber à saúde de Sua Excrescência, o Exterminador do Judiciário.

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Vem, companheiro, pega um ônibus e anda trocentos quilômetros até aqui, tu, que tantas vezes já fizeste isso e acabaste sendo feito  de bobo nas Assembléias de faz-de-conta! Pega aquele teu nariz de palhaço e vem pro Baile do Sindjus!

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A direção informou que haverá sorteios de pacotes de fraldas, casacos de peles, ponchos com gola de lã e máquinas de tosa para a oposição. Quanto às máscaras, já foram abolidas, afinal, Sindjus e seu parceiro de baile Simpe já não enganam mais ninguém. O conjunto musical já fica intimado, desde já, a tocar a valsa do adeus, em homenagem à despedida da atual direção, que, doravante, não haverá de arrecadar voto nem pra quermesse da igreja ali da esquina...

E segue o baile!

Por Simone Nejar

9 octobre 2008

Notícias do dia (2)

SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA

          Como tem muita gente me perguntando pelos corredores do Tribunal o que deve fazer para gozar os dois dias de licença previstos na legislação eleitoral, resolvi postar aqui a Resolução que outorga este direito àquele que trabalhou nas Eleições:

Resolução TSE nº 22.747, de 27 de março de 2008 - DJU de 06.05.2008

Aprova instruções para aplicação do art. 98 da Lei nº 9.504/97, que dispõe sobre dispensa do serviço pelo dobro dos dias prestados à Justiça Eleitoral nos eventos relacionados à realização das eleições.

PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 19.801 - CLASSE 19ª - BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS.

Relator: Ministro Cezar Peluso.

Interessado: Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais.

O Tribunal Superior Eleitoral, no uso das suas atribuições, tendo em vista o disposto no parágrafo único do art. 1º da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965, e no art. 98 da Lei nº 9.504/97, resolve:

Art. 1º Os eleitores nomeados para compor Mesas Receptoras ou Juntas Eleitorais e os requisitados para auxiliar seus trabalhos serão dispensados do serviço, mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de convocação. (Art. 98 da Lei nº 9.504, de 30.9.1997).

§ 1º O direito ao gozo em dobro pelos dias trabalhados alcança instituições públicas e privadas;

§ 2º A expressão dias de convocação abrange quaisquer eventos que a Justiça Eleitoral repute necessários à realização do pleito, inclusive as hipóteses de treinamentos e de preparação ou montagem de locais de votação (Res. TSE nº 22.424, de 26 de setembro de 2006);

§ 3º Compreendem-se como vantagens, para efeitos de aplicação deste artigo, todas as parcelas de natureza remuneratória, ou não, que decorram da relação de trabalho;

§ 4º Os dias de compensação pela prestação de serviço à Justiça Eleitoral não podem ser convertidos em retribuição pecuniária;

§ 5º A concessão do benefício previsto no artigo 98 da Lei nº 9.504/97 será adequada à respectiva jornada do beneficiário, inclusive daquele que labora em regime de plantão, não podendo ser considerados para este fim os dias não trabalhados em decorrência da escala de trabalho.

Art. 2º O direito de gozo do benefício previsto no caput do artigo anterior pressupõe a existência de vínculo laboral à época da convocação e, como tal, é oponível à parte com a qual o eleitor mantinha relação de trabalho ao tempo da aquisição do benefício e limita-se à vigência do vínculo.

Parágrafo único. Nos casos em que ocorra suspensão ou interrupção do contrato de trabalho ou do vínculo, a fruição do benefício deve ser acordada entre as partes a fim de não impedir o exercício do direito.

Art. 3º Na hipótese de ausência de acordo entre as partes quanto à compensação, caberá ao Juiz Eleitoral aplicar as normas previstas na legislação; não as havendo, resolverá a controvérsia com base nos princípios que garantem a supremacia do serviço eleitoral, observado especialmente seguinte:

I - O serviço eleitoral prefere a qualquer outro, é obrigatório e não interrompe o interstício de promoção dos funcionários para ele requisitados (art. 365 do Código Eleitoral);

II - A relevância da contribuição social prestada por aqueles que servem à Justiça Eleitoral;

III - O direito assegurado por lei ao eleitor que prestou serviço à Justiça Eleitoral é personalíssimo, só podendo ser pleiteado e exercido pelo titular.

Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 27 de março de 2008.

MARCO AURÉLIO

Presidente

         Portanto, sugiro aos colegas que exerceram e exercerão tais atividades, que PROTOCOLEM seus pedidos com fundamento nesta Resolução. De boca não vale, gente. Ligar pro DRH e tomar informações também não vale. O negócio é protocolar o pedido e aguardar o deferimento (obrigatório por Lei) para usufruir a merecida folga. Em caso de indeferimento, o que se admite apenas pelo amor ao debate, como se diz no Direito, a Justiça Eleitoral deve ser imediatamente acionada. Afinal, a Lei existe para ser cumprida, mormente dentro de um Tribunal de Justiça!

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9 octobre 2008

notícias do dia (1)

          É com imensa alegria que venho anunciar que as exonerações continuam no pampa gaúcho! Hoje foi a vez da Assembléia exonerar um punhado de parentes. Só do gabinete da deputada Kelly Moraes saíram as assessoras Sabrina Machado e Sônia Machado Bittencourt. Coincidência machadiana?

         Ah, não me venham com esses olhos de ressaca. Sei lá se a Capitu traiu ou não, o que eu sei é que agora tem um punhado de Bentinhos a menos na Assembléia. Só hoje, no Diário Oficial, contei nove pessoas exoneradas dos gabinetes dos deputados. Vão lá, confiram! www.al.rs.gov.br  (afinal, me chamaram de mentirosa...)

         Mazaaaaa... não posso deixar de tirar uma onda com um certo colega meu que pretendia denunciar o nepotismo na Comissão de Serviços Públicos da Assembléia... qua qua qua

donald

        Já vou avisando que sentir raiva faz muito mal - ao raivoso. Não adianta ficar verde, porque ninguém aqui vai virar o Incrível Hulk e sair dando porrada em meio mundo, muito menos em mim, até porque eu sou grande! Sinto muito, gente, vocês podem esverdear, mas o cabide de emprego amarelou...

hulk

       Presidente Armínio, mande a criançada pra casa e abra logo concurso público! Está cheio de estagiário competente querendo virar servidor. E cheio de gente querendo deixar tudo como está, MAS NÓS NÃO DEIXAREMOS! Dura lex, sed lex !

catifunda 

(só mais uma alfinetadinha: eu, que sou sobrinha de Imortal, nunca pedi nada ao meu tio...)

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8 octobre 2008

Cuidado... madeiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

           Boa noite, olha eu aqui de novo...

           Meus leitores que me desculpem, mas, depois de ser chamada de "denuncista", "demagoga" e "infame" pelo Des. Arminóquio, perdão, Armínio, agora mesmo é que eu vou noticiar tudo o que diga respeito ao Egrégio e Transparente Tribunal de Justiça. Vamos lá?

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           Hoje fui à SMOV - Secretaria Municipal de Obras e Viação - aferir se realmente é verídico um boato que circula segundo o qual o prédio da Borges não tem habite-se da Prefeitura. E não é que não tem mesmo? Atenção, pessoal: trabalhamos num prédio inabitável, que não foi vistoriado, nem pelos bombeiros, nem pela Prefeitura. Talvez isso explique as rachaduras que existem por todo o prédio, além daquela viga no Pleno que rachou há pouco tempo atrás... e nem vou lembrar do episódio de 1998, quando caiu um pedação do teto lá em cima... cala-te boca! 

           É isso mesmo... vocês já pararam para pensar quantos processos já foram julgados, envolvendo questões habitacionais, habite-se, condições de salubridade, lá dentro? Inacreditável... parece que a vida imita a arte... enquanto na novela o deputado Romildo Rosa constrói prédios de areia, na vida real o prédio do Judiciário sequer foi vistoriado pelo órgão competente... a vida imita a arte, ou a arte imita a vida?

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           Agora não vou mais me queixar de trabalhar no térreo... quando a casa, literalmente, cair, eu pulo pela janela! Menina vai, com jeito vai, senão um dia, a casa cai...

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           E mudando de saco de cimento pra mala sem alça, parece que o MP já começou a exonerar seus parentes. Da semana passada pra cá, foram quatro embora. E, para provar que eu não sou mentirosa como me chamou o Des. Armínio, vou transcrever o ato exoneratório citado.

BOLETIM Nº 411/2008
O SENHOR PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA,
NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕES LEGAIS, RESOLVE:
EXONERAR
- a pedido, a contar de 08 de outubro de 2008, a servidora DENISE MALABARBA FERREIRA, matrícula 1496 0710, do cargo em comissão de Assessor Superior II, CC-10, acrescido da gratificação de representação de 35% (trinta e cinco por cento), deste Órgão (Port.2958/08).
PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA,
em Porto Alegre, 08 de outubro de 2008.
JORGE ANTONIO GONÇALVES MACHADO,
Diretor-Geral.

(em tempo: Denise é irmã do Major Luís Fernando Malabarba, coordenador da assessoria de segurança institucional do MP). Só pra alfinetar, lembro que temos gente da nossa segurança, CC, com a mulher trabalhando no outro prédio...

          A pergunta que não quer calar é: quando o nosso presidente vai mandar a turma pra casa?

          Estamos controlando, Des. Armínio. Aguardamos suas providências.

          Hora de nanar, gente. Minha cabecinha é leve, durmo um sono tranqüilo, sonharei com o Anjo que me protege.

          Boa noite!

8 octobre 2008

Bandidos e mocinhos

Bom dia!

            Vamos aproveitar este sol primaveril, esta manhã maravilhosa, para um pequeno questionamento: por que, afinal, os nossos administradores esquecem a lição da escola, esquecem a própria Ética, esquecem qualquer coisa, quando o assunto é o emprego de parentes? Por que tanta proteção, emanada através de pareceres ridículos à luz do Direito e da Moral, quando o assunto é nepotismo? Por que o julgamento feito para o outro não vale para si mesmo? Por que a Prefeitura de Diaboperdeubotas não pode empregar parentes, e o Tribunal de Justiça pode?

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            Leiam o site do jornalista Vítor Vieira - www.videversus.com.br - sobre o pedido de demissão do presidente da Procergs, primo deste, amigo daquele, protegido pelo Procurador Fulano, e vão entender o que eu digo; cotejem com a manifestação risível do Dr. Armínio, negando a existência de nepotismo no Tribunal, e me compreenderão.

            Há uns doze anos atrás, fui aluna de um Desembargador na Faculdade de Direito da PUC; ele lecionava Direito Agrário, e como era um excelente professor, ainda deu umas aulas extras de Direito Administrativo, pois a turma pediu uma força; eu ouvia, embevecida, as palavras daquele homem, que indicava o nepotismo como uma imoralidade administrativa (embora à época não houvesse proibição legal); todavia, pouco tempo depois, aquele mesmo professor passou a empregar parentes em seu gabinete. Onde ficou o discurso bonito? Onde se escondeu o meu herói?

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            À época da faculdade, eu achava graça quando os colegas chegavam vestidos com a camiseta do time: secretamente, me parecia uma grande bobagem idolatrar jogadores de futebol, até porque, quando abriam a boca, eu sentia vontade de rir (lembram daquele que agradeceu à Antarctica pelas "brahminhas" que tinha mandado?)

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            Não, meus heróis eram outros! Eu sentia orgulho dos desembargadores e juízes que interpretavam as Leis e construíam o Direito; tive professores tão maravilhosos, como aquele que citei acima, que poderia passar horas escutando suas palavras, extasiada com tanta sabedoria. Hoje, porém, entendo que eram heróis de faz-de-conta, assim como o Superman, que por ironia do destino acabou seus dias numa cadeira de rodas. Talvez um sutil recado, do Criador, para a Humanidade.

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           Hoje eu mudei a minha concepção sobre heróis e vilões. Não vou chamar Suas Excelências de vilões agora, mas de fracos, obtusos, oportunistas, pois são capazes de ignorar qualquer princípio ético, jurídico ou filosófico para colocar seus rebentos a sugar vigorosamente o Erário. E isso prova o que uma vez me disse um professor, "a parte mais sensível do ser humano é o bolso".

           À medida que vou amadurecendo como pessoa, reconheço os verdadeiros heróis: são aqueles que têm que fazer malabarismo com o orçamento, todo santo mês, para sobreviver: herói é aquele pai que trabalha, ainda faz bico, paga impostos e compara preços no supermercado, pois sabe que o dinheiro não vai chegar para alimentar a criançada em casa. Herói pode ser o jogador de futebol, sim, que faz esse povo sofrido vibrar. Herói não é aquele que se esconde atrás da toga e da prepotência para julgar o pequeno, mas o pequeno que segue lutando pela própria sobrevivência inobstante o descaso das autoridades.

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          Talvez eu tenha julgado mal os meus heróis: sei que existem magistrados que orgulham a sua classe, que vêm denunciando irregularidades (vide o caso dos cartórios privatizados, denunciado por um juiz, para o qual eu tiro o chapéu); sei que existem Procuradores excelentes, dignos de aplauso. Sei que, inobstante o silêncio sistemático de várias emissoras em publicar qualquer coisa contra o Tribunal, existe o Vítor Vieira e existe o Jornal do Comércio, imparciais. Estes sim, que lutam contra a correnteza, e que são responsáveis pelas mudanças que virão, são os meus novos heróis. Esses não são de faz-de-conta. Para vocês, o meu aplauso. Para os nepotistas, as minhas denúncias!

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(Professor, aprendi direitinho a sua lição!) 

7 octobre 2008

Ministério Público gaúcho promete combater nepotismo

(Com o intuito de dar a devida importância ao tema, que foi motivo de Ação Popular no STF por parte de nossa Companheira Simone Nejar, reproduzimos, abaixo, matéria postada, hoje, no site do MP-RS, cujo link recomendamos ao pé do texto)

Nepotismo: súmula deve ser cumprida
Por: Jorn. Marco Aurélio Nunes 

Procurador-Geral de Justiça recomenda Promotores expedirem ofícios aos chefes de poderes orientando para observação do teor da Súmula Vinculante 13

Embora ainda gerando polêmica acerca de seu alcance e aplicação, o Ministério Público gaúcho considera pacífica a interpretação da Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal, conhecida como a norma-guia para o fim do nepotismo no Brasil. Aprovada em agosto deste ano, ela veda a contratação de parentes em até 3º grau, incluindo cônjuges, para cargos da administração pública direta e indireta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. As chamadas contratações cruzadas entre diversos poderes também estão vedadas.

Neste sentido, com o intuito de minimizar conflitos interpretativos sobre o texto e definir uma atuação uniforme por parte de todos os Promotores de Justiça com atribuições na defesa do patrimônio público e da probidade administrativa, o Chefe do Ministério Público do Rio Grande do Sul está recomendando que sejam expedidos ofícios ao Prefeito Municipal e ao Presidente da Câmara de Vereadores dos municípios que integram a esfera de atuação dessa Promotoria de Justiça. A orientação é para que seja observado o teor da Súmula do STF, que é detalhado na recomendação, mediante a adoção das medidas administrativas cabíveis à adequação e cumprimento da norma antinepotismo.

O procurador-geral de Justiça, Mauro Henrique Renner, tomou esta iniciativa após estudo e análise da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais e Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, cujos resultados foram comunicados à Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul – Famurs, que também vinha analisando a questão e chegou a conclusões harmônicas com a posição do Ministério Público, inclusive após reuniões conjuntas, pelo que estará incitando as autoridades municipais a cumprir a Súmula.

Assim, ofícios serão remetidos através dos Promotores de Justiça aos chefes dos Poderes para adoção das medidas necessárias, priorizando, sempre, o diálogo e medidas extrajudiciais e voluntárias de regularização. Instauração de procedimentos investigativos deve ocorrer a partir do recebimento, pelas Promotorias de Justiça, de notícias ou representações que apontem casos concretos de prática de nepotismo ou de resistência ao devido saneamento de situações localizadas.

Mauro Renner revelou-se satisfeito com a iniciativa: “além de atender aos anseios da cidadania por moralidade administrativa, o Ministério Público está atuando de acordo com o seu mapa estratégico, em parceria e priorizando a via extrajudicial, gerando impactos positivos na democracia ao garantir o cumprimento da ordem constitucional”.

http://www.mp.rs.gov.br/noticias/id15817.htm

7 octobre 2008

Jornal do Comércio continua a repercutir denúncia de nepotismo no TJ-RS

(Abaixo, reproduzimos matéria veiculada na pág. 7 do Jornal do Comércio de Porto Alegre, edição de hoje)

 

Presidente do TJ-RS nega existência de casos de nepotismo

O presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul(TJ-RS), desembargador Armínio José Abreu Lima da Rosa, veio à público na semana passada rebater as denúncias de que há casos de nepotismo no Poder Judiciário Estadual. “ Todas as situações que pudessem envolver nepotismo foram devidamente examinadas e têm sido devidamente resguardadas por este Tribunal, por mais rigorosa que a coisa seja, por mais que derive para a demagogia barata.”

A servidora concursada do TJ Simone Nejar ajuizou uma ação no Supremo Tribunal Federal por improbidade administrativa . “O que não dá é permanecer essa imoralidade aqui dentro”, afirma. Simone alega que há ao menos trinta pessoas trabalhando no Tribunal em situação que contraria a súmula nº 13 do STF, que proíbe o nepotismo nos órgãos públicos. “Sou bacharel, concursada, fiz a escola do Ministério Público e me colocam para empacotar teclados porque as vagas boas têm que ir para “queridinhos”, desabafa a servidora.

Segundo o desembargador, a maioria dos casos já foram examinados e deferidos pelo Conselho Nacional de Justiça. “Em relação ao Poder Judiciário do Rio Grande do Sul, sempre tenho afirmado que ninguém tem que se negar a integrá-lo, pois é um dos mais limpos, mais honestos, mais dignos do Brasil”, defende. Ele disse que já esperava esse tipo de “denuncismo” e completou, “sempre há aqueles que não se conformam com a lisura das instituições, com a grandeza dos seres humanos que as integram”.

2 octobre 2008

Um singelo agradecimento

Bom dia, Senhoras e Senhores, queridos colegas, amigos, simpatizantes em geral, leitores curiosos e inimigos do serviço público de qualidade

             Gostaria de agradecer profundamente pelo apoio que venho recebendo pelas minhas denúncias públicas contra o nepotismo no Tribunal de Justiça. Eu me sinto plenamente recompensada quando circulo pelos corredores e recebo enormes sorrisos dos colegas, de orelha a orelha; fico feliz quando me param para conversar, apertam a minha mão, me abraçam e dizem que eu falei o que todos pensavam. Obrigada, gente, estou muito feliz com tudo isso, apesar da "cabeça à prêmio". Eu não tenho medo de capangas me seguindo, nem de cara feia no corredor, muito menos de grampo telefônico. Graças a Deus, minha vida é absolutamente normal, sou uma pessoa vocacionada para o bem e para a consecução da Justiça. Geniosa, cabeça dura, cheia de defeitos, mas a covardia, felizmente, não está entre eles. Nada tenho a esconder, além, é claro, de alguma celulite inoportuna à beira da praia... porém, sem reajuste, sem praia, sem celulite. Viva o arrocho salarial!

              Tenho certeza de que, em breve, esse vício de pensar que se é dono da Coisa Pública, essa hierarquia feudal, despótica e ridícula vai ter um fim. E não será só no Tribunal de Justiça, nem no Ministério Público, nem na Assembléia: será em todo o país, gente! Vocês vão ver, as pessoas vão despertando, começam a denunciar, começam a ver a força que têm enquanto cidadãos, e a imoralidade administrativa chegará ao fim.

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              A partir de agora, haverá uma grande mudança de paradigma dentro do Tribunal: em vez de desfilar com seus tamanquinhos barulhentos, nariz em pé, arrotando que são filhas do Des. Fulano, as patricinhas comissionadas começarão a se esconder, isso se não forem denunciadas antes. Sugiro que aproveitem então o "paitrocínio" para estudar, comprar bons livros, preparar-se para um concurso público e aí, sim, entrando pela porta da frente, mesmo que sem a bolsinha Victor Hugo, possam andar de cabeça erguida, porque a minha, senhores, só se curva diante de Deus.

Um bom dia a todos, e muito obrigada pelo apoio!

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Um blog para lutar em defesa dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul. Os autores propugnam pelos princípios republicanos; almejam uma sociedade justa

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