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Movimento Indignação
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19 juillet 2016

Considerações sobre a nota do Tribunal acerca do pagamento do retroativo dos 8,13%%

Ao recomendar que trabalhemos com "denodo" para fazer jus ao fantástico reajuste recebido e à benemerência de receber o salário em dia, a administração do Tribunal de Justiça parece esquecer que o que mais fazemos, nós servidores, é nos esfalfarmos, há décadas, trabalhando cada um por uns quantos e em contínuo empobrecimento, enquanto os senhores magistrados contam com equipes enormes, em seus gabinetes, para emitir o menor despacho e consideráveis e injustificáveis "auxílios" para complementar suas nada desprezíveis remunerações.

O massacre financeiro a que estão submetidos os servidores do Executivo, em nome da administração de uma "crise" criada por aqueles mesmos que se alimentam do trabalho inglório do povo há séculos, e que, agora, a pretexto desta mesma crise, pretendem revogar os mais básicos direitos trabalhistas, como a jornada máxima de 8 horas e a estabilidade do servidor público, não importa, de forma alguma, que tenhamos uma pretensa gratidão pela concessão, mínima e conquistada a duras penas, de um reajuste cujos valores atrasados mal amenizariam a situação falimentar da maioria. E não é racional, humana, nem justificável a precarização contínua e permanente de nossas vidas.

Nós servidores temos família para criar e sustentar, o que, por nossa própria condição sócio-econômica humilde, embora não miserável, já é naturalmente sofrido e difícil, e não temos como permanecer calmos, indiferentes e aferrados, gratamente, ao trabalho em prol do povo gaúcho, quando nossas expectativas mínimas de amenização da situação se vêem surpreendentemente frustradas.

Por mais necessária e lógica que possa ter sido a aplicação dos recursos orçamentários destinados ao pagamento dos 8,13% em outras rubricas, nada , nem ninguém remediará as dificuldades maiores que nos advirão do parcelamento das quantias atrasadas.

Nada, nem ninguém conseguirá preencher o imenso vazio e a frustração daqueles que têm doado ingloriamente suas vidas ao serviço público, mesmo na mais precária situação salarial (71% de perdas) e funcional (cerca de 2000 vagas de há muito não preenchidas).

Nada nem ninguém conseguirá explicar aos nossos filhos como é possível se trabalhar tanto, e se lutar tanto por um reajuste tão pequeno, para, depois da angústia de um ano inteiro, não se saber quando nem como esta pífia "recompensa" se tornará realidade em nossos bolsos e em nossas mesas.

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15 juillet 2016

Tribunal divulga pagamento do retroativo de forma parcelada e Sindjus reage de forma balbuciante!

Há mais de duas décadas amargamos perdas salariais inflacionárias que, presentemente, já ultrapassaram os 71%! No mesmo período, o quadro de pessoal se manteve com vagas improvidas de cerca de 2.000 servidores. 

O resultado é uma situação financeira cada vez mais difícil, que beira à falência, e de um desgaste absurdo e sem perspectivas no exercício do trabalho, frente a uma demanda que só aumenta, sem que ocorram as nomeações necessárias.

Buscando remediar um mínimo esta situação, os servidores foram à luta em 2015 e após 20 dias de uma greve forte e sem quartéis obtiveram a promessa da reposição da inflação do ano de 2014, cujos recursos já se encontravam devidamente orçados E INCORPORADOS nos cofres do Judiciário Gaúcho desde o ano passado.

Surpreendidos, nas semanas seguintes ao fim do movimento paredista, viram a realidade da reposição mínima ofertada se transformar numa lenta agonia, perpassada pelos mais imprevistos e absurdos golpes, desde a contrariedade explícita do governo do Estado à falta notória de combatividade das lideranças sindicais.

Quando finalmente vêem aprovado o percentual esperado (cujo valor já não representa mais nada, corroído que foi, após um ano inteiro de espera), recebem a infeliz notícia de que o patrão Judiciário pretende pagar, SE FOR POSSÍVEL, apenas os meses de maio e junho (e o de julho, é claro) na próxima folha. Os demais da retroatividade capenga (janeiro a abril) somente QUANDO HOUVER RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS!

E o Sindjus, PASMEM, se limita a reproduzir a notícia, COMO SE NADA DEMAIS ESTIVESSE OCORRENDO. Somente após dar por conta da gritaria indignada de centenas de servidores Estado afora, se preocupa em se posicionar, mas ao invés de protestar e exigir o justo, emite uma nota recomendando que não se trabalhe daqui pra frente além do horário... Coisa que não deveria nem se imaginar devesse estar ocorrendo.

Quando pensávamos que havia acabado a novela tragicômica, que finalmente poderíamos receber, em uma mais do que merecida folha suplementar única, a diferença atrasada da reposição (que já nada repõe, mas colaboraria para minorar um pouco pelo menos a insolvência sem remédio) descobrimos que, ao que parece - contra todas as regras da lógica, do bom senso e da racionalidade - a ópera bufa apenas começou! Um ano atrás a confiança e a esperança na luta. Hoje, a traição inexplicável nos apunhala de surpresa.

A pergunta que não quer calar, atravessada na garganta dos servidores é: onde está o dinheiro recebido no duodécimo desde janeiro para pagar o parco reajuste de 8,13%, que o Tribunal não pode repassá-lo de imediato aos seus legítimos destinatários?

E onde está o Sindjus-RS que, diante do absurdo do pagamento parcelado do retroativo, se limitou a noticiar as declarações do patrão e agora vem propor que ninguém trabalhe além do horário sem pagamento (o que deveria ser a regra) como a única forma de protesto/pressão diante dos fatos. Se a direção sindical reeleita é incapaz de corresponder à indignação que tomou conta dos servidores, é chegado o momento de repensarmos se ela nos representa. Para procurador que abusa dos poderes concedidos, a saída racional é a revogação do mandato. Pensemos nisto, companheiros!

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Um blog para lutar em defesa dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul. Os autores propugnam pelos princípios republicanos; almejam uma sociedade justa

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