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6 mai 2013

Data-base não será implantada este ano; se depender do Tribunal e dos membros da chapa 1!

Efusivamente comemorada na Assembléia Geral de março, a “data-base” para os servidores da justiça gaúcha está tomando o “rumo certo” de mais um primeiro de abril nas nossas prementes e sofridas necessidades financeiras.

Tecnicamente ela se define apenas como um dia fixo obrigatório, a cada ano, para se negociar com o patrão, não se confundindo com a política salarial de reposição anual obrigatória e automática e a recuperação necessária e determinada das perdas históricas- como, propositalmente, nossos audaciosos diretores executivos do Sindjus-RS tem feito, para nos enrolar e não ter de exigir, de maneira firme e decidida, o cumprimento da reposição anual plena da inflação (e de toda a perda vintenária decorrente da sua falta).

Mesmo assim, constituiria um avanço, se consagrada em lei. Entretanto, o patrão Judiciário, dando toques de finesse inglesa ao deboche, faz questão de brincar, de forma inconsequente, com a nossa miséria material, prometendo,e retirando a promessa de sua implantação, como se fôssemos um bando de pobres moleques para cujas exigências não se deve dar muita importância.

E, neste pérfido jogo de faz de conta com coisa séria (afinal já podemos nos considerar tecnicamente pobres, pois a renda máxima para auferir o vale-cultura assegurado aos brasileiros “carentes”, 5 salários mínimos é superior ao básico de um escrevente de entrância intermediária), se faz acompanhar justamente da atual direção do Sindjus.

Num espetacular lance circense, nossos destemidos líderes sindicais institucionais, anunciaram, para todos ouvirem e, boquiabertos, acreditarem, na assembléia de 8 de março passado, que o patrão havia telefonado, altas horas da noite, declarando dramaticamente a decisão de implantar ainda em 2013 a tão mal entendida e desejada “data-base”. O número de mágica arrancou aplausos e sôfregos brados da platéia.

Passados quase dois meses, porém, não só a “conquista” desapareceu de pauta, como acabou sendo desmentida, com a alegação sofisticadíssima de inexistir como instituto para qualquer funcionário público no país, por um órgão do próprio Tribunal de Justiça (a Corregedoria) em reunião com os servidores da comarca de Santana do Livramento.

Não se sabe ao certo, e a nossa cara direção sindical não deixou claro em suas manifestações e publicações, o que teria gerado o desmentido e se a contradição  entre a informação dos corregedores e o anúncio feito pela vice-presidência do Tribunal foi resultado de falta de comunicação entre as instituições patronais ou corresponde a uma mudança de decisão da alta administração do Judiciário gaúcho.

Mas, seja como for, parece que a dúvida quanto aos fatos finalmente se encerrou, na última semana.

Perdida em meio a uma prolixa listagem de “conquistas” da atual administração do sindicato, a chapa 1 (que representa a diretoria vigente) faz constar de forma surpreendente e absurda, em seus últimos materiais de propaganda, a “implantação da data-base em 1º de maio de 2014”! (clique aqui e verifique a matéria publicada na página 5 do último Lutar é Preciso – a menção à data se encontra no 2º item das “conquistas” )

O que era algo já certo e irrevogável quando da abertura da primeira Assembléia geral do ano, nas mãos dos mágicos pré-eleitorais da diretoria, agora simplesmente desapareceu na cartola e ressurgiu nos bolsos da platéia como uma infeliz piada, não de primeiro de abril, como antes, mas na modalidade desconhecida e modernosa do engodo do primeiro de maio!

Como diz o velho adágio: não fosse trágico, seria cômico. E não envolvesse a vontade irredutível do Tribunal de Justiça em continuar a nos sonegar, novamente este ano, não só a inflação dos últimos doze meses, mas a implantação da própria política salarial de recuperação anual automática e obrigatória da inflação (e de todas as perdas históricas no mais curto prazo), seria apenas mais uma das tantas vezes em que nós, servidores miserabilizados e massacrados por um trabalho árduo e sem fim, fomos feitos de bobos!

Mas a coisa é mais séria e, o que é pior, conta com o apoio aparentemente abobalhado (mas efetivamente astucioso e traiçoeiro) dos diretores do Sindjus que, vendo se esfumaçar seu grande cavalo de batalha pré-eleitoral, não tiveram a ombridade de se colocar no mesmo nível de mobilização e exigência dos trabalhadores que representam, exigindo do patrão o cumprimento sério da promessa e o avanço rumo à política salarial.

Mas simplesmente, corroboraram o adiamento de toda discussão sobre salário para as vésperas da copa do mundo e, numa cartada digna do prefeito Odorico Paraguaçu da mítica cidade baiana de Sucupira, ainda apresentam a desgraça dos trabalhadores da justiça (o adiamento da implantação da data-base para um incerto primeiro de maio do próximo ano) como uma “conquista”, tentando resgatar o prêmio que lhes garantiria, supunham, a admiração e o voto dos servidores da justiça.

Diante desta atitude bufa, não nos resta, a nós servidores, outra resposta que prosseguir na irresignação, que fatalmente desembocará na greve, mas, sobretudo, aproveitar a oportunidade histórica das eleições de sexta-feira, 10 de maio, para mandar para o circo os nossos mambembes líderes sindicais institucionais, e colocar a frente do nosso sindicato quem realmente tem acompanhado e liderado, mesmo sem a logística material de um mandato, a categoria, na grande mobilização de 2011 e na greve de 2012: o Movimento Indignação.

Por isto, companheiro trabalhador da justiça filiado ao Sindjus-RS, não se esqueça! Em 10 de maio

Movimento Indignação ADESIVO

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Um blog para lutar em defesa dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul. Os autores propugnam pelos princípios republicanos; almejam uma sociedade justa

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