Na tarde da última quarta-feira, 10 de abril, apresentamos, para registro, perante a Comissão Eleitoral do Sindjus a nominata do Movimento Indignação.
Composta por servidores ocupantes dos mais vários cargos e lotados nas mais diversas regiões do Estado, ela foi o resultado natural do encontro entre a nossa militância tradicional e a multidão dos servidores que, a partir de março de 2011, se rebeleram espontaneamente contra a realidade insuportável que vivemos todos em cada cartório, câmara ou setor do Rio Grande do Sul - oprimidos pela falta absoluta de quadros e condições de trabalho e, sobretudo, pela injustiça vintenária da inexistência, sequer, da reposição integral da inflação ocorrida desde o século passado em nossos salários.
Seus candidatos conhecem na carne o inferno diário que todos enfrentamos na tentativa de sobreviver dignamente e dar cabo de uma demanda de trabalho invencível, sem que o patrão Judiciário (absorvido em outras prioridades diferentes do bem-estar de seus trabalhadores e de uma prestação jurisdicional efetiva à população) atenda às nossas necessidades mais básicas de ter uma vida digna de gente. E, nesta condição, eles representam a consciência e a inconformidade de milhares de companheiros, que desaguou na greve do ano passado. Realizada contra a vontade da própria atual direção do Sindjus (que pouco colaborou para seu sucesso e a sabotou a cada instante possível) e pela exclusiva capacidade de luta e resistência dos grevistas, que foram capazes de sustentá-la até garantir um mínimo de reajuste e a anistia completa dos dias parados.
Diferentemente dos demais concorrentes, nossa chapa não se apresenta como uma elite apartada do restante da categoria, que pretenda obter conquistas pelos próprios méritos, sem a participação entusiasmada e radical da massa dos trabalhadores da justiça. Nem procuramos, sob o disfarce de uma rebeldia estranhamente comportada, as soluções para os problemas dos servidores através da aproximação, de duvidosos e obscuros resultados, com o próprio patrão.
Isto porque, da forma como se constituiu, sua vitória não será simplesmente a entronização de mais um grupo político ou sindical no sobrado da rua Quatro Jacós, mas a própria retomada do Sindicato pelos servidores da Justiça, após anos de usurpação, em que o Sindjus se transformou num mero instrumento da vontade de uns poucos, completamente dessintonizado com as necessidades e a luta dos servidores a que deve representar.
Temos plena consciência de que, se a greve de 2012 não avançou em termos de conquistas salariais e funcionais até um patamar mínimo de dignidade, foi porque a liderança institucional do Sindicato, através de seus diretores eleitos, deixou muito a desejar e pouco cumpriu a missão de apoio à mobilização espontânea dos grevistas, com os vastos recursos logísticos de que dispunha e poderia se utilizar, bem como se mostrou tímida e titubeante no momento de incentivar e transformar em ato concreto a enorme disposição de luta de nossos companheiros pelo Rio Grande afora.
Conscientes do nosso papel, pretendemos ser antes mais de nada o instrumento da efetivação desta consciência e desta rebeldia dos milhares que não suportam mais uma vida de gado justamente no Poder público que deveria zelar pela lei e pelos direitos básicos e fazer cumpri-los. E será através da postura de completa independência de quaisquer interesses que não os dos servidores, da combatividade e, sobretudo, da busca permanente e incessante da participação da categoria na definição e na execução das deliberações do Sindjus que conquistaremos a dignidade tão sonhada para todos nós.
A partir de hoje, exporemos diariamente neste site as nossas propostas específicas, bem como continuaremos a noticiar e refletir sobre as questões de maior interesse dos trabalhadores da justiça - especialmente a questão salarial, que se arrasta, neste 2013, mais uma vez sem qualquer definição (já ultrapassado o retumbante e vazio primeiro de abril tão esperado pelos diretores do Sindjus - em que a pretensa benevolência patronal deveria extinguir de vez o nosso drama salarial) e não se resolverá novamente senão com muita inconformidade e luta !
Mas desde já alertamos. Não se espere de nossa chapa soluções mágicas, bombásticas e mirabolantes de quem surge do nada para tudo resolver. O nosso programa já é bem conhecido e se retrata na nossa prática e nas nossas manifestações, ano após ano, e é antes de mais nada o espelho da disposição de jamais baixar a cabeça à injustiça e estar sempre pronto a se lançar à luta que tem animado a multidão dos nossos companheiros nos últimos anos. A mesma disposição que fez uma greve contra tudo e contra todos e que, dignamente representada na instituição sindical, por uma direção que efetivamente cumpra o seu papel, haverá de conquistar definitivamente uma vida digna de ser humano para os trabalhadores da justiça e garantir, pelo menos, a reposição integral e automática da inflação, a cada ano, em nossos salários, bem como a recuperação total das perdas salariais vintenárias no mais curto prazo possível.
Segue abaixo, para conhecimento geral, a lista dos nossos candidatos:
Coordenador Geral:
Ubirajara Passos (oficial escrevente de Gravataí) ;
Secretários Gerais:
MariaAlbertina Nolasco (auxiliar de serviços gerais de Caxias do Sul)
Mara Rosane Munareto (oficial escrevente de Santo Ângelo)
Diretores de Finanças e Patrimônio:
Valdir Antônio Bergmann (distribuidor-contador aposentado de Giruá)
Carlos Augusto de Oliveira Soares(Oficial Escrevente de Garibaldi);
Diretores de Política e Formação Sindical:
Jorge Correa Dantas (operador auxiliar de terminal do Foro Central de Porto Alegre);
Marco Aurélio Velleda (atendente celetista do Foro Regional da Tristeza)
Diretores de Imprensa e Divulgação:
Mílton Antunes Dorneles (oficial escrevente de Caxias do Sul)
Paulo Roberto Soares de Lima (escrivão aposentado de São Sebastião do Caí)
Diretores de Relações de Trabalho e Assuntos Jurídicos:
Rosângela Bittencourt Tavares(oficial de justuiça de Gravataí)
Rute Cekaitis de Oliveira (escrivã aposentada de Gravataí);
Suplentes da Diretoria Executiva:
Pedro Paz (oficial de justiça aposentado de Pelotas);
Gustavo Souza dos Santos (oficial escrevente de Canoas);
Adriana Rocha Batimanza Salvati (auxiliar de serviços gerais de Gravataí);
Vanderlei da Silva Horz (oficial escrevente de Santo Ângelo);
José Carlos Silveira Gomes (escrivão aposentado de Gravataí)
Conselheiros Fiscais:
Luiz Mauro Castro de Souza (oficial de justiça de São Gabriel);
Dario Arsênio da Rosa Cândido (oficial de justiça aposentado de Rosário do Sul);
Roberto Freitas Silveira (oficial escrevente de Farroupilha);
Erasmo Manoel Corrêa Furtado (oficial escrevente de Gravataí);
Arno Rogério Fava (oficial escrevente do Foro Regional do Sarandi)
Suplentes do Conselho Fiscal:
Rosani Terezinha Menezes dos Santos (escrivã aposentada de Esteio);
Zaira Terezinha Dorneles (serviçal celetista de Gravataí);
Anne Filomena da Silveira Bissigo do Amaral (oficial escrevente de Giruá);
Maria Inês Slomp (escrivã de Caxias do Sul)
Leonice Oliveira do Nascimento (auxiliar de serviços gerais de Caxias do Sul).
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movimento indignação