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Movimento Indignação
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17 juin 2012

Nasceu morto o "bebê de Rosemary"

Após meses de expectativa, de muito sofrimento e esperança ingênua, finalmente, você, companheiro trabalhador da justiça gaúcha que nos lê, pôde, no início da noite da última sexta-feira, receber a tão esperada e estrondosa notícia do ano. Diante dos paralisados (até pelo susto) dirigentes do Sindjus e das entidades beneficientes de classe da categoria, o pai da criança, a administração superior do Tribunal de Justiça, com toda pompa e solene ar de sarcástica gravidade que o momento merecia, revelou o que nos reserva de reajuste salarial para este apocalíptico ano de 2012. Nada mais, nada menos que "ZERO POR CENTO". Exatamente, Zero!! Porque o índice de 2,25% parcelado em 2 vezes, ainda por cima, é exatamente igual ao aumento do desconto do Ipergs em nossos contracheques, espelhando fielmente o nível de preocupação e valorização que o patrão tem para com os servidores mais dedicados e mais sofridos (vide os diversos incidentes de mortes e graves acidentes de saúde ocorridos em pleno cartório desde o ano passado) dos judiciários do Brasil, que é nenhum!

É isto mesmo! Enquanto o companheiro rala, com uma perda salarial de mais de 46%, que não é recuperada integralmente desde março de 1990, há 22 anos, e com a sobrecarga absurda de trabalho resultante da falta de mais de 1800 vagas não providas, tudo o que o Tribunal tem para te recompensar é o desprezo e o deboche sem nome!

Ainda mais que, conforme pudemos constatar (e divulgar neste blog), recentemente, há condições de sobra, nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, de recuperar JÁ integralmente as nossas perdas, sem comprometê-lo. A única justificativa para o oferecimento da microscópica reposição, só pode ser, portanto, a necessidade de fazer poupança nos cofres do Judiciário para poder implementar outros privilégios sem nome como a famigerada "Parcela Autônoma de Equivalência", cujo verdadeiro nome é Auxílio-Moradia retroativo!

Diante disto, não há, nem mesmo para os mais conformados e acomodados servidores, qualquer outra atitude a tomar, senão a greve por tempo indeterminado, até que nos seja concedido um reajuste decente e garantida em lei, daqui pra diante, a recuperação anual, automática e integral, da desvalorização inflacionária dos nossos salários!

E reajuste decente, diante dos números constatados, e da nossa necessidade premente, não é outro senão  A INTEGRALIDADE IMEDIATA DAS PERDAS TOTAIS existentes (de mais de 46%)! Porque é evidente que, para nos acomodar, depois de oferecer a pior reposição possível de todos os tempos, o patrão Judiciário, virá, na reunião com o Sindjus e demais entidades, na próxima quinta-feira, com qualquer 6% ou  7%, igualmente incapazes de sequer fechar um mílimetro no enorme rombo dos nossos bolsos, mas que poderia ser interpretado como um grande avanço e um benefício aceitável!

Não podemos, entretanto, cair no golpe do bode (aquele que consiste em botar o bicho fedorento num ônibus lotado de gente para que os passageiros se sintam aliviados e confortáveis após a retirada do inconveniente chifrudo)! A única resposta para o radical deboche e desprezo manifestado pelo patrão é a  radicalização proporcional, com a deflagração, sem qualquer medo e com toda a tranquilidade e organização, da greve por tempo indeterminado até o atendimento pleno de todas nossas reivindicações mais candentes e a anistia e anulação total e irrestrita das possíveis "punições" retaliatórias, como o corte do ponto e o desconto do salário dos dias parados!

Cruzemos os braços, conscientes, altivos e de cabeça erguida, até a vitória. Como dizia o hino farroupilha, na sua versão original:

Avante, ó povo brioso,
Nunca mais retrogradar,
Porque atrás mora o inferno
Que vos há de sepultar.

movimento indignação

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Commentaires
S
O sindicato não é moroso, o sindicato é safado, é pelego, e age nos interesses do patrão em troca de favores para seus membros. Os servidores se acovardam e quanto mais se acomodam, pior. Vejam o exemplo da Justiça Federal: só servidores concursados, com plano de carreira, bons salários, trabalhando satisfeitos. Aprenderam a se fazer respeitar pelos juízes. E vocês, meus caros, o que fazem? Fica apenas o pessoal do Indignação denunciando e batendo pé, sofrendo tipo tipo de represália possível e imaginável pela administração do Mausoléu da Injustiça. Até quando vocês se comportarão como cabritos? Chega de covardia, por favor, acordem, cruzem os braços!
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A
VERGONHA, APELIDO.. ficamos a mercê da Presidência do TJ e um Sindicado moroso em suas atitides.... e qto a nós, pobres serviçais desta sobrecarga deshumana, de pulso firma continuamos entre a cruz e a espada... isso, algum dia, tem que terminar....
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A
Gostaria de salientar que o reajuste recebido no ano de 2011 foi referente ao ano 2010. No ano de 2011 não houve nenhum encaminhamento de reposição salarial, menos ainda em 2012. <br /> <br /> A serviço de quem esta o nosso tribunal? não é por falta de verbas que nosso poder judiciário não esta cumprindo a lei de reposição salarial.<br /> <br /> Para quem é necessário sobrar? e nossa administração financeira esta nas mãos de quem? são muitas perguntas sem resposta... mas o desrrespeito com os trabalhadores que estão dando seu sangue e sua alma realizando trabalho de duas ou mais pessoas pela falta de funcionários esta acima do limite aceitável.<br /> <br /> O que fazer????
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K
Colegas, hoje sinto VERGONHA de ser servidor do Judiciário Gaúcho. Vergonha de depender hoje, depois de 22 ano de serviço, deste judiciário governado contra os interesses dos servidores, contra o meu interesse. <br /> <br /> Vergonha por não ter percebido logo no início, quando vim trabalhar no Judiciário/RS, que este é um péssimo patrão, que só tem interesse pelas prerrogativas e vantagens dos Juízes. Mais parece uma empresa privada no interesse do patrão.<br /> <br /> Tenho a impressão que pelas assacadilhas do nosso patrão, perdi a força para lutar. E sinto isso em toda a categoria. Mas posso me indignar e posso cruzar os braços. <br /> <br /> Se sou tão insignificante quanto o patrão diz que sou, pois só a uma pessoa insignificante seria oferecido a reposição que propós (2.25%), com certeza não se importará quando eu cruzar os braços, e ficar com os braços cruzados por 30, 60, 90 dias, ou quiça para sempre.<br /> <br /> Aos que agora ingressam no Judiciário, não sejam como eu que me envergonho de mim mesmo, não façam o mesmo erro que eu fiz, de ficar trabalhando para um patrão que tanto te desmereça. O quanto mais cedo sairem do Judiciário/RS, o quanto mais cedo serão felizes e não-frustrados.<br /> <br /> Não tenham esperanças, pois esperança é uma coisa que sempre morre. Tenham sonhos, mas no Judiciário/RS os sonhos não se realizam. Podem se realizar fora daqui, não aqui.
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R
Esqueci de dizer que enquanto uns pensam, outros penam com isso... Vamos dar uma lição a Tarso Genro, a seus agentes em nossa direção sindical e, acima de tudo, a esses desembargadores arrogantes, com o único remédio eficaz: VAMOS À GREVE!!
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Um blog para lutar em defesa dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul. Os autores propugnam pelos princípios republicanos; almejam uma sociedade justa

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