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24 mai 2011

Tribunal de justiça gaúcho faz pouco caso da rejeição dos servidores e anuncia o encaminhamento da esmola de 12% ao Legislativo

Com o claro objetivo de dissuadir a mobilização que vem tomando conta de milhares de companheiros desde abril, o patrão judiciário partiu para a política do terror psicológico e  para a tentativa de imposição do "fato consumado", anunciando nas notícias internas da intranet, ontem de tardinha, o envio da esmola de 12% à Assembléia Legislativa, como se não tivesse ocorrido sua rejeição na última Assembléia Geral, como se a voz de mais de 2.000 servidores nela presentes (um terço da categoria, número inédito nos 22 anos de existência do Sindjus) não significassem nada e como se a exclusiva vontade do presidente do Judiciário fosse maior que a revolta, a completa insolvência e falta de condições dignas de vida de mais de 6.000 trabalhadores dedicados, honrados, mas explorados e oprimidos, e, agora, definitivamente desconsiderados e desrespeitados em sua dignidade e condição de pessoas adultas e sérias que carregam nas costas o "melhor judiciário do país" sem que este mesmo patrão debochado e truculento lhes dê a menor condição para isto.

A um ato desta natureza não podemos responder com outra atitude que a intensificação radical da mobilização, paralisando completamente os serviços na próxima quarta-feira, conforme deliberado na última Assembléia Geral, e forçando a direção do Sindjus-RS a antecipar a Assembléia programada para 17 de junho, para a próxima sexta-feira, a fim de deflagrar a greve de imediato. Não há mais o que esperar! A atitude patronal revela a completa má vontade do Tribunal de Justiça em relação às nossas justas reivindicações (que é totalmente diferente quando se trata de fazer transbordar os bolsos privilegiados da magistratura com penduricalhos imorais e injustificáveis como o "auxílio-moradia retroativo" de uma década e meia e propor a triplicação dos vencimentos dos assessores CCs dos juízes de primeiro grau) e sedimenta a realidade de que não será parcelando a reivindicação de 27%, como foi infelizmente decidido na última assembléia geral, nem postergando indefinidamente a greve que obteremos qualquer vitória.

Este é um momento crucial da luta em que, se cedermos à chantagem deslavada do envio dos 12%, teremos colocado na lata do lixo todo o esforço feito até agora e poderemos, realmente, voltar cabisbaixos de rabo entre as pernas para o serviço cruel e desumano em que nos esfalfamos sem qualquer perspectiva digna por mais vinte de anos.

Chamar a direção Sindjus-RS à responsabilidade - é digno de nota a infeliz omissão e moleza da direção do Sindjus, que, em nota publicada, nesta noite, após a notícia do Tribunal, se diz surpresa com o envio dos 12%, pois, "casualmente" tentava, no mesmo momento em que ocorreu seu anúncio, protocolar o ofício que dava conta das decisões da Assembléia Geral do último dia 20.

Deve-se questionar antes de mais nada como é que somente na tarde de ontem os nossos ágeis e combativos diretores sindicais foram comunicar ao patrão as deliberações, quando ainda na própria sexta-feira se realizava o ato da categoria em frente ao Tribunal. Aliás, a atitude adulta e coerente que se espera de dirigentes sindicais que estão (ou deviam estar) a frente da luta renhida e entusiasmada de uma categoria de 6.000 servidores é sempre comunicar e negociar diretamente, pessoalmente com o patrão e jamais se esconder atrás do papel, o que sabidamente não surte nenhum efeito, colaborando, isto sim para o enfraquecimento da pressão e o endurecimento proposital do outro lado.

Como aliás colaborou (e o Tribunal, em off, deve ter agradecido muito, quem sabe prometido recompensar) a atitude manobrista e anti-democrática da direção sindical na última Assembléia Geral, levando a votação de pontos cruciais, como a proposta de greve e o parcelamento da reivindicação de 27%, sem dar direito de defesa (garantido no próprio regimento por ela proposta e aprovado pela plenária), bem como a limitação injustificável das inscrições a apenas 10 (eliminando 4 companheiros) no ponto principal do evento, a questão salarial. Do que resultou a postergação da greve e a perplexidade dos companheiros pelo Estado afora, do que o Tribunal tenta agora se aproveitar, tentando lançar uma pá de cal na pauta reivindicatória e impor a triste emola dos 12%.

De resto, o texto do ofício divulgado pelo Sindjus é de um tom burocrático e inofensivo que cheira a relatório de aluno auxiliar da disciplina em colégio interno. Limitando-se a enumerar de forma seca e inodora algumas das deliberações tomadas pela categoria, não argumenta, nem demonstra em nenhum momento a indignação e o drama que todos vivemos, omitindo inclusive a exigência da adoção imediata da adoção de uma política salarial de recuperação integral da inflação (pelo IGPM), em cumprimento ao artigo 37, X da Constituição, com a recuperação do restante das perdas a médio prazo. O texto se restringe a falar simplesmente em "data-base" sem mais nada especificar, o que deixa margem suficiente para que o patrão, se o quisesse (e nem isto quis, tentando nos atropelar com o envio de sua proposta à Assembléia Legislativa), forme um compromisso verbal de todo ano, em dado dia, discutir as perdas salariais, sem nenhuma garantia no texto da lei, como deve ser, de que pelo menos a inflação do ano deve nos ser alcançado. É digno de nota, também, aliás que nem o fundamento legal da Constituição Federal é mencionado.

Com tanta combatividade, coragem e esforço, portanto, a direção do Sindjus não tem condições de continuar a representar a categoria consciente e mobilizada, da qual está em total descompasso. Assim, para que o sindicato não seja apropriado injustamente por um grupo que rema contra a maré de nossa luta e indignação, a próxima Assembléia Geral deve ser dirigida por uma mesa composta de um representante de cada região do Estado, eleitos dentre os presentes. E deve se instaurar de imediato o processo de responsabilidade coletiva da diretoria. Que faria melhor se renunciasse logo, para não botar a perder de vez a sofrida luta de seus representados!

movimento indignação

 

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R
Ingênuos, esses??? Nem pra clube de futebol, Gil!!!! Coabitam, com desenvoltura subalterna, os três palácios da Praça da Matriz. Vivem aqui no Palácio, esses safados. Já viste a matriz de gastos deles??? A suplementação salarial que eles mamam?? Bobos somos nós!
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G
Nesta reunião "cilada" o Sindjus sucumbiu!<br /> Afinal, houve "avanço" em relação a proposta anteriormente apresentada e, com seu ingênuo comparecimento, o Sindjus deu o aval necessário prá que o TJ enviasse à AL<br /> <br /> http://www.sindjus.com.br/site/noticias.php?id=1568
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Um blog para lutar em defesa dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul. Os autores propugnam pelos princípios republicanos; almejam uma sociedade justa

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