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Movimento Indignação
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Movimento Indignação
20 janvier 2009

Para os lacaios de luxo, privilégios; aos que falam a verdade o banimento!

Não se preocupem os leitores, porque o título deste post não é reprodução de versos de nenhum poema épico moralista, nem epígrafe de discurso de deputado de oposição às vésperas de ser contemplado com aquele mensalãozinho módico.

Neste texto, que, como podem constatar os leitores pela assinatura, é de responsabilidade coletiva dos membros do Movimento Indignação, não pretendemos arrepiar os seus cabelos com os últimos lances da truculência ditatorial dos que administram uma seção estadual do poder destinado a ser o guardião das leis, da consitutição, e dos direitos mínimos da dignidade humana. Nem exaltar os freqüentadores deste blog com a discussão política altissonante das mazelas e benesses dos "usuários" privados poderosos do serviço público.

O título "provocativo" tem por objetivo, antes de tudo, chamar a atenção não para os absurdos do mundo abstrato do direito e da política. Mas dar uma pausa no furacão das polêmicas e lamentar a profunda desumanidade, a falta completa de tolerância e empatia pela vida humana, da perseguição movida contra os companheiros Bira e Simone, que, seja qual for o mérito das denúncias e acusações de privilégios como o nepotismo, não cometeram nenhum dos crimes ou irregularidades que possam justificar, perante o senso mais comum e racional, a demissão de um funcionário público.

A companheira Simone, já demitida e aguardando a decisão de seu recurso, e o companheiro Bira, cuja demissão poderá ocorrer nos próximos dias, não roubaram, não se apropriaram de qualquer bem público, não favoreceram, na execução de seus serviços ou usando de sua possível "influência", a nenhuma parte ou advogado, não lesaram as receitas públicas, nem se utilizaram de seus cargos para o exercício da vadiagem ou do enriquecimento ilícito às custas dos impostos suados pagos pelos contribuintes gaúchos.

Em todos estes anos que trabalham no Judiciário do Rio Grande do Sul (20 anos o Bira, e 10 anos a Simone) tudo o que fizeram foi trabalhar, dia a dia, por cansativas oito ou sete horas, enfrentando todos os entraves que a falta de servidores e de condições objetivas de serviço propiciada pelas decisões da administração do Poder e do Estado cria, para servir, com toda dignidade e atenção possíveis à população que paga seus parcos salários. Jamais fizeram de seus cargos um meio de financiar a gandaia de uma vida agitada e glamurosa a custa das finanças e dos privilégios do Estado e do desatendimento das necessidades dos que recorrem ao judiciário na esperança de fazer valer seus legítimos direitos pisoteados, de fazer valer a verdade e a justiça.

Mas, porque não se conformaram em trabalhar sem reclamar , porque falaram a verdade, porque reivindicaram melhores condições de vida e de trabalho, com um mínimo de dignidade, para si e para a população usuária da justiça, estão sendo demitidos, vale dizer "banidos" do serviço público e da sociedade empregada. Num país absurdo e infeliz como o Brasil, em que o abismo entre os mais privilegiados e a massa de trabalhadores sem direito só tem paralelo nas piores ditaduras e republiquetas africanas, estão sendo jogados na sarjeta para engrossarem a massa de desempregados, sem direito a sequer estar no mundo e respirar, ao menos que se voltem para o crime ou para a mendicância.

A "punição" que estão sofrendo por expressar livremente suas opiniões, por defender a decência e a dignidade, não se trata de um simples castigo burocrático, ou do exemplar afastamento de servidores "faltosos" e "imprestáveis" do serviço público, mas de real e cruel banimento. Como justificar, sem ter cometido nenhuma infração grave, destas que interessa ao grosso da população seja punida com a maior severidade, que mães e pais de família, com dois ou três filhos e mulher para sustentar, sejam jogados, de um dia para o outro, no atroz desemprego, depois de uma década ou duas servindo, com o diário sacrifício de qualquer trabalhador brasileiro, ao judiciário, para viver uma vida de sobressalto e perspectivas nenhuma de novo emprego, já próximos da década dos quarenta (ou em seu meio, no caso do companheiro Bira), condição que lhes renderá o pré-requisito de não estar habilitado sequer para um contrato de faxineiro, na preconceituosa, exploratória e cruel sociedade brasileira?

"Casualmente" os companheiros são sindicalistas, e como tais, sua demissão se reveste de um refinamento torpe e perigoso, pois sinaliza para quem quer conteste verbalmente os privilegiados e poderosos deste país o expurgo descarado e inumano. A execução, lenta e a longo prazo, por uma vida de sub-emprego ou nenhum trabalho, de permanente carência financeira e humilhação. "Melhor" que isto só tronco ou a chibata!

Mas a ênfase e a ferocidade furibunda de seus inquisidores deixa entrever, no espumamente ímpeto punitivo, uma preocupante e perigosa disposição em abafar não somente os discursos polêmicos e de repercussão de militantes, mas em submeter ao mais cruel constrangimento todo e qualquer trabalhador ou simples cidadão que não se acumplicie, pelo mutismo  e a omissão, com o privilégio, a real "imoralidade" ou "indecência", a locupletação e a apropriação indébita de uns poucos sobre o serviço que deveria estar à disposição do bem-estar e dos anseios de justiça de toda a população que dele necessita e o mantém com seus impostos.

Se episódios como este passarem em branco, se a prática da retalição feroz à simples liberdade de expressão  e à crítica se tornar quotidiana no serviço público gaúcho e nacional, como vem ocorrendo nos mais diversos estados nos últimos meses, sem qualquer denúncia ou oposição concretas, corremos o risco, claro, de ver se estabelecer novamente neste país a censura e a própria ditadura, ainda que acobertada pelos limpos e brancos colarinhos de uma pretensa democracia formal e de um glamuroso e vaidoso "Direito", que repousa inerte e mudo na letra fria da lei sem fazer qualquer movimento rumo à vida concreta!

Por isto conclamamos todos aqueles que ainda acreditam na verdade, na dignidade, na validade da luta por uma vida digna de gente para todo ser humano decente e trabalhador, que não se deixem iludir e se somem ao nosso protesto! Coloque aqui o seu comentário e divulgue ao máximo possível, onde puder e nos meios que freqüenta os absurdos que estão ocorrendo no Poder Judiciário do Rio Grande do Sul!

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Commentaires
A
Toda imundice e bandidagem maçônica será castigada!
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Um blog para lutar em defesa dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul. Os autores propugnam pelos princípios republicanos; almejam uma sociedade justa

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